Fotógrafo é o foco das atenções

O Clube de Fotografia Gerson Bullos, membro da Confederação Brasileira de Fotografia, através do seu presidente José Angelo Leite Pinto, está parabenizando todos os fotógrafos amadores e profissionais pelo seu dia, afinal neste sábado, 8 de janeiro, comemora-se o Dia Nacional do Fotógrafo.

No Brasil, segundo Angelo Pinto, apesar de existir um dia para a comemoração desta profissão e ser uma atividade onde o resultado do seu trabalho pode ser visto em revistas, jornais, cartazes, livros, outdoors, álbuns de casamento, formatura e muitas vezes até em canais de televisão, somente agora, 177 anos depois, a profissão de fotógrafo foi reconhecida por lei.

A partir de 2002, cursos superiores de fotografia foram criados no Brasil, todos no Estado de São Paulo: Faculdade de Fotografia do Senac, Faculdade de Fotografia da PUC e Faculdade de Fotografia do Mackenzie. Porém, nenhum desses cursos são reconhecidos no país até hoje.
A fotografia surgiu no Brasil com o trabalho do francês radicado em Campinas-SP Hercules Florence e do brasileiro Joaquim Correia de Mello, que após diversas pesquisas conseguiram em março de 1833 fixar a imagem com sais de cloreto de sódio, tendo como primeiro fotógrafo brasileiro o imperador D. Pedro II.

Em quase todo o mundo a profissão de fotógrafo é reconhecida e regulamentada, a exemplo dos Estados Unidos, que em 1978 já possuia mais de quatro mil cursos de graduação e 918 de pós-graduação na área, e o Peru, cuja Academia de Fotografia completou 70 anos.

Agora quem atua no ramo da fotografia no Brasil poderá ter garantias dos direitos trabalhistas, pois a Câmara dos Deputados aprovou no dia 8 de dezembro de 2010 o Projeto de Lei número 5187/09, de autoria do deputado federal Severiano Alves (PMDB-BA), que regulamenta a profissão de fotógrafo, definindo a profissão e determinando quem estará qualificado para exercê-la, discriminando as atividades que se enquadram no campo de atuação do fotógrafo profissional.
"A descoberta da fotografia em 1826 e sua evolução nos aproximou das pessoas, culturas e lugares. As fotos nos revelam hábitos, registram momentos de violência, amor, amizade, alegria e solidariedade. Elas ajudam cada povo a criar sua identidade e nos revelam momentos e épocas passadas. Cada foto conta e guarda um pedaço da nossa história. E seu valor não se limita ao que ela nos mostra, mas as perguntas que ela nos estimula a fazer", conta Angelo Pinto, que parabeniza "a todos aqueles que com uma foto transmitem centenas de palavras!".