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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Caso Battisti e a diplomacia companheira

Editorial do jornal "O Globo"
O lulopetismo patrocinou profunda reciclagem em quadros da administração pública. Pela primeira vez depois da redemocratização, desembarcaram em Brasília corporações sindicais e diversos agrupamentos de esquerda com chance real de tomar conta de espaços importantes no aparelho de Estado. Foi o que aconteceu.
Os chamados cargos de confiança - quadro ampliado nos últimos oito anos para 22 mil postos, população de muita cidade brasileira - permitiram uma farra, pois podem ser preenchidos numa canetada, sem qualquer exigência, a não ser o compadrio político, ideológico ou pessoal.
Áreas da máquina pública foram "doadas" a aliados, casos do Incra e do Ministério do Desenvolvimento Agrário, privatizados por organizações sem terra. Desvio que o novo ministro, Afonso Florence, parece querer corrigir. A ver.
Mas, ao lado da ocupação de gabinetes e da invasão de folhas de salários, houve a captura de políticas que devem ser de Estado pela ideologia nacional-estatista e terceiro-mundista carregada como andor pelo lulopetismo.
A crise em torno do exilado italiano Cesare Battisti, centro de séria rusga diplomática entre Roma e Brasília, deriva da brusca mudança de eixo executada nestes últimos dois governos na política externa brasileira. De multilateralista e equilibrada, ela se tornou terceiro-mundista e antiamericanista à moda dos anos 60 e, na América Latina, em consequência, alinhou-se na defesa ativa do regime cubano e da nova onda de nacional-populismo iniciada com a chegada de Hugo Chávez ao governo da Venezuela.

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