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sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Emoção na reabertura do Teatro Municipal Margarida Ribeiro




























































































1. Platéia assiste ao primeiro espetáculo encenado no novo espaço, "Graxeira, Graças a Deus"
2. Todos 258 poltronas do Teatro foram ocupadas pelos convidados
3. Prefeito José Ronaldo e primeira dama Ivanette de Carvalho com familiares na primeira fila
4. Secretário do Planejamento Carlos Brito e esposa Vera Lúcia na platéia
5. Platéia atenta à apresentação
6. José Ronaldo: Muito mais do que foi pensado
7. Luciano Ribeiro: Gesto da homenagem engrandece
8. Dimas Oliveira atuou como mestre de cerimônia do ato de inauguração
9. Foyer do Teatro Municipal com plotagem de imagem de Margarida Ribeiro
10. Fachada do novo espaço cultural
Fotos: Sílvio Tito/Secom

A noite de quinta-feira, 25, foi realmente um dia marcante para a cultura de Feira de Santana, com a re-inauguração do Teatro Municipal Margarida Ribeiro, pelo prefeito José Ronaldo de Carvalho. "É realmente gratificante que este espaço esteja sendo reaberto", era o sentimento comum dos presentes.
O fato foi marcante porque mantém a denominação de Margarida Ribeiro, tão cara à comunidade artística de Feira de Santana, que sempre lutou por um espaço digno para apresentações cênicas. Também porque a propósito, foi marcada a data de aniversário de Egberto Tavares Costa, que se estivesse vivo completaria 63 anos. Ele nomina a Fundação Cultural Municipal que administra o espaço.
Depois do descerramento de placa pelo prefeito José Ronaldo de Carvalho e pelo professor Luciano Ribeiro, irmão da homenageada, os convidados se dirigiram para a platéia.
O jornalista Dimas Oliveira fez a apresentação da solenidade e contou sobre Margarida Ribeiro, que "foi atriz e ativista política em Feira de Santana, tendo participado do célebre XXX Congresso da UNE, realizado clandestinamente num sitio, em Ibiúna, em São Paulo, quando acabou sendo presa por policiais do Dops".
Ele narrou que ela "atuou em várias peças encenadas nos anos 60 em Feira de Santana, incluindo 'Uma Véspera de Reis', 'Natal em Gothan City' e 'Pinóquio'. Estudava na Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia (Ufba), quando faleceu tragicamente em acidente automobilístico, em um domingo, 9 de maio de 1970, Dia das Mães".
Também lembrou que "no início dos anos 70, outro espaço público levou o nome de Teatro Margarida Ribeiro, na rua Carlos Gomes, onde antes funcionou um boliche", bem como que "este espaço foi aberto em novembro de 1982, com um concerto da Orquestra Sinfônica da Bahia, depois de intervenção do então prefeito José Raimundo de Azevêdo, que transformou o auditório do Colégio Monteiro Lobato no Teatro Municipal Margarida Ribeiro, que em outubro de 1976, há quase 32 anos, abrigou o I Festival de Teatro Amador e Universitário do Nordeste, realizado por Antônio Barreto".
Mais lembranças históricas foram contadas pelo apresentador, que passou a falar da intervenção feita pelo Governo Municipal no equipamento, "investir em cultura como faz a administração do prefeito José Ronaldo é investir em seres humanos, no seu desenvolvimento intelectual", colocou, ressaltando ainda: "Eis um homem que apóia o teatro. José Ronaldo sempre foi e sempre será um homem que apóia o teatro. Quem é capaz de dedicar o seu governo à humanidade e à paixão existentes nestes metros de tablado, este é um homem que apóia o teatro", fazendo analogia ao texto de "Liberdade, Liberdade", interpretado por Paulo Autran.
"GESTO ENGRANDECE"
Além de Luciano Ribeiro e Valdna, a presença de outros familiares da homenageada em memória: João Antônio Ribeiro, José Ribeiro e Renilda, Francisco Ribeiro e Nelma, e Dalva Ribeiro, e filhos, além do amigo da família César Brito e Ângela. O professor Luciano Ribeiro foi quem falou em nome da família, em tom emocionado e emocionante.
Dirigindo-se à José Ronaldo, ele disse que "o gesto da homenagem engrandece às duas partes: a quem homenageia e a quem é homenageado. O gesto de quem homenageia dignifica o seu autor, pois o coloca na capacidade de entender, e assim agir, de que pessoas, homens e mulheres são capazes de construir suas vidas, marcando-as por momentos que tornam inesquecíveis a sua presença na comunidade. Quem recebe a homenagem sente-se de que suas ações foram tão significativas que provocaram o devido reconhecimento. Por tanto, são parabenizados uns e outros".
Luciano também falou da convivência com Margarida Ribeiro. "À época em que viveu, Margarida soube marcar presença nos atos e gestos de sua geração. Soube ser feminista sem perder a beleza e o encanto da mulher; soube ser militante política sem perder a ternura, mesmo com aqueles que não compreenderam seus ideais; soube representar nos palcos a realidade da vida sem fugir da realidade concreta do viver; soube ser independente sem perder o respeito e o carinho que formam o relacionamento da família. Enfim, Margarida foi tudo isso e seria muito mais se sua vida não fosse ceifada tão precocemente. Dizemos hoje aqui, o que temos dito nesses longos anos de ausência: Margarida foi presença significativa no momento em que viveu; foi e é o nosso carinho e o nosso amor; é a mais angustiante das ausências".
- Agradecemos a renovação dessa homenagem e a entendemos como uma forma do Governo Municipal querer homenagear também aquela geração dos anos 60 que, significativamente, marcou época em todo o mundo. Foi uma época que, deixando saudades, rearrumou os caminhos das novas gerações que se sucederam àqueles anos - disse mais.
Por fim, Luciano Ribeiro agredeceu à José Ronaldo: "obrigado ao prefeito e a todos que contribuíram para a reconstrução dessa casa e pelo ato que agora ocorre".
"MUITO MAIS"
Em seu pronunciamento, o prefeito José Ronaldo lembrou ser conterrâneo da família Ribeiro (são naturais de Paripiranga), assim como do início dos anos 70 e do movimento cultural de Feira de Santana, concentrado na rua Carlos Gomes, com o Teatro Margarida Ribeiro, e o agito nas imediações, incluindo o Feira Tênis Clube. Falou dos apelos de pessoas como Luluda Barreto e Márcio Sherrer pela necessidade de intervenção no espaço. Ele revelou que o espaço que estava sendo entregue naquele momento era muito mais do que se pensou inicialmente.
José Ronaldo afirmou que a entrega do Teatro à comunidade artística era mais um compromisso cumprido pelo seu governo.
Depois do ato, as cortinas se abriram e a distinta platéia ficou com Adriano Lima, José Guedes e Márcio Sherrer, que foram os primeiros atores a encenarem no novo palco do Teatro Municipal Margarida Ribeiro. Com “Graxeira, Graças a Deus”, eles marcam a reabertura deste espaço, considerando como "um grande privilégio dos atores feirenses". Ao final do espetáculo, ainda com emoção, o elenco da peça homenageou o prefeito José Ronaldo e a diretora do Departamento de Atividades Culturais Luluda Barreto.
Marcaram presença os secretários: Artur Andrade (Cultura), Ana Rita de Almeida Neves (Educação), Carlos Brito (Planejamento), João Batista Cruz (Comunicação Social), Arcênio Oliveira (Habitação), Lúcia Miranda (Desenvolvimento Social), Joaquim Bahia (Fazenda), Denise Mascarenhas (Saúde) e Luiz Araújo (Serviços Públicos), diretor administrativo Jairo Carneiro Filho representando o presidente da Fundação Cultural Egberto Costa Augusto Cézar Orrico, além de diretores de departamentos e chefes de divisões. Também presente o pessoal de teatro local, em atividade ou não, como Alvaceli Silva e Gildarte Ramos, Antônia Veloso, Celi Rodrigues, Edson Porto e Susana Vega, Elizete D'Estefani, Gilberto Rios, Giovane Mascarenhas, Henrique Motté, Luciano Freire, Luiz Gomes, Luluda Barreto, Marcus Moraes, Miguel Maier, Roberval Barreto e Tacira Coelho.

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