Dois momentos da nova democracia baiana: Feira de fora do Pronasci

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Interessantes pois; pois e reveladores de que tudo continua como "antes no quartel de Abrantes", dito popular que reza na linguagem do povo. Mudam-se os regimes e os homens do poder, mas, as velhas práticas continuam.

Momento 1: Sabe-se que, depois de Salvador, o município mais violento do Estado é Feira de Santana, também centro regional mais importante para onde convergem pessoas de 50 a 70 municípios circunvizinhos. Algo em torno de 1 milhão de pessoas transita em Feira, diariamente, contando-se a população local.

Feira é administrado pelo prefeito José Ronaldo, Democratas. Na última quinta-feira, 4, o ministro da Justiça, Tarso Genro, notório petista veio a Salvador lançar o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) e foram selecionados três municípios para aplicação de recursos do programa (R$20 milhões) na Bahia: Salvador, Camaçari e Lauro de Freitas.Salvador, administrado pelo PMDB, do ministro Vieira Lima: Camaçari e Lauro de Freitas pelo PT.

O Ministério da Justiça atesta que estudos apurados definiram essas áreas para a aplicação do Pronasci. Pode até ser uma coincidência, mas, deixar Feira de Santana de fora soa como algo mui estranho.

Momento 2: A divulgação em papel timbrado da Secretaria de Infra-Estrutura do Estado da comemoração do aniversário do secretário Batista Neves, sob responsabilidade da Assessoria de Comunicação Social, vide Tempo Presente, A Tarde, hoy.

Festa para 300 convidados com depoimentos de "Arquivo Confidencial", comes e bebes à mancheia, vivas, parabéns e outras coisitas más.

Não é fantástico!

Aliás, não é a primeira vez que ocorreu no âmbito do poder público estadual acepipes desse quilate. Já teve um karaokê dessa natureza para o secretário Jorge Solla, da Saúde.