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segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Estado de calamidade da Bahia denunciado

“Quando o candidato do PT Jaques Wagner se tornou governador do Estado da Bahia afirmou que a educação, a saúde e a segurança iriam experimentar um salto de qualidade em sua administração que os baianos nunca mais esqueceriam seu governo. Quase um ano depois o Governo do Estado da Bahia continua a patinar”. A afirmativa é do deputado Fernando de Fabinho (DEM), que usou a Tribuna da Câmara Federal para denunciar o estado de calamidade em que a Bahia se encontra.
Fernando de Fabinho afirmou que ao contrário do que prometera Jaques Wagner, a educação não melhorou. "As condições dadas aos alunos e professores são piores do que as do governo anterior. A saúde está uma lástima, com os hospitais sem pessoal suficiente para atender ao público de forma adequada, além de faltar medicamentos, máquinas e equipamentos que permitam aos profissionais de saúde atender os pacientes a contento. E a segurança? Está falida!".
Fernando de Fabinho disse em seu discurso que a saúde e a educação, estão em situação muito difícil, mas, o seu alvo mesmo é a segurança pública da Bahia, que está falida e não consegue exercer seu papel de proteger a população baiana. “Ao contrário, a Bahia se transformou em um dos estados mais violentos e inseguros do País, o que chamou, sobremaneira, a atenção das mídias nacional e internacional, que hoje têm a Bahia como referência de notícias sobre violência, notadamente os homicídios”.
Epidemia
“Os crimes de morte na Bahia, como afirmam, de forma acertada, as manchetes dos jornais, virou epidemia – continua Fernando de Fabinho, que acrescenta: “Essa epidemia poderia ser combatida através de diagnósticos corretos, como a prevenção e o combate direto ao crime. A prevenção seria por meio de investimentos nos setores de inteligência das polícias e o combate aos criminosos através da compra de equipamentos, de viaturas, de armas e de treinamento dos servidores da Secretaria de Segurança”.
O número de assassinatos na região metropolitana de Salvador cresceu este ano 35% em comparação aos registrados entre janeiro e agosto de 2006. Um dos vários motivos para esses acontecimentos, de acordo com o próprio Governo do Estado, é que o efetivo de policiais não é suficiente para cobrir a grande Salvador. “O argumento não convence, até porque sabemos que muitos policiais estão lotados em outros órgãos do Estado, no Legislativo, no Judiciário, e até mesmo desviados de função em âmbito federal, o que é um grande absurdo e uma falta de senso completa”, afirmou o deputado.
Fernando de Fabinho defende a abertura de concurso público pelo Governo de Estado para aumentar o efetivo policial. “Não se pode brincar com vidas humanas em nome dos gastos públicos”, sentencia ele, que acrescenta: “Se a Secretaria de Segurança Pública da Bahia não tem condições de administrar com competência as suas responsabilidades, sugiro aos que têm cargo de mando e de liderança que se demitam e dêem a vez àqueles que querem realmente trabalhar em prol do sossego da população baiana e da paz social. O governador Jaques Wagner precisa ter o controle da situação. A Bahia está prejudicada em todos os sentidos. Não dá mais para protelar”, concluiu.

2 comentários:

Anônimo disse...

Enquanto os políticos fazem asneiras sem fim, os educadores deste país fazem a diferença. Vejam:

Que nosso dia seja repleto de serenidade e paciência... enquanto isso:

AOS EDUCADORES

O ilustre escritor brasileiro Augusto Cury enumera em seu livro intitulado Pais brilhantes, professores fascinantes, o que ele considera os sete pecados capitais dos educadores.
O primeiro deles é corrigir o educando publicamente.
Um educador jamais deveria expor o defeito de uma pessoa, por pior que ele seja, diante dos outros.
Um educador deve valorizar mais a pessoa que erra do que o erro da pessoa.

O segundo é expressar autoridade com agressividade.
Os educadores que impõem sua autoridade são aqueles que têm receio das suas próprias fragilidades.
Para que se tenha êxito na educação, é preciso considerar que o diálogo é uma ferramenta educacional insubstituível.

O terceiro é ser excessivamente crítico: obstruir a infância da criança.
Os fracos condenam, os fortes compreendem, os fracos julgam, os fortes perdoam.
Os fracos impõem suas idéias à força, os fortes as expõem com afeto e segurança.

O quarto é punir quando estiver irado e colocar limites sem dar
explicações.
A maturidade de uma pessoa é revelada pela forma inteligente com que ela corrige alguém. Jamais coloque limites sem dar explicações.
Para educar, use primeiro o silêncio e depois as idéias.
Elogie o educando antes de corrigi-lo ou criticá-lo.
Diga o quanto ele é importante, antes de apontar-lhe o defeito.
Ele acolherá melhor suas observações e o amará para sempre.

Quinto: ser impaciente e desistir de educar.
É preciso compreender que por trás de cada educando arredio, de cada jovem agressivo, há uma criança que precisa de afeto.
Todos queremos educar jovens dóceis, mas são os que nos frustram
que testam nossa qualidade de educadores. São os filhos complicados que testam a grandeza do nosso amor.

O sexto, é não cumprir com a palavra.
As relações sociais são um contrato assinado no palco da vida.
Não o quebre.
Não dissimule suas reações.
Seja honesto com os educandos.
Cumpra o que prometer.
A confiança é um edifício difícil de ser construído, fácil de ser demolido e muito difícil de ser reconstruído.

Sétimo: destruir a esperança e os sonhos.
A maior falha que os educadores podem cometer é destruir a esperança e os sonhos dos jovens.
Sem esperança não há estradas, sem sonhos não há motivação para caminhar.
O mundo pode desabar sobre uma pessoa, ela pode ter perdido tudo na vida, mas, se tem esperança e sonhos, ela tem brilho nos olhos e alegria na alma.


Você que é pai, professor ou responsável pela educação de alguém, considere que há um mundo a ser descoberto dentro de cada criança e de cada jovem.
Só não consegue descobri-lo quem está encarcerado dentro do seu próprio mundo.
Lembre-se que a educação é a única ferramenta capaz de transformar o mundo para melhor, e que essa ferramenta está nas suas mãos.
Do seu uso adequado depende o presente e dependerá o futuro.
O jovem é o presente e a criança é a esperança do porvir.
Pense nisso e faça valer a pena o seu título de educador.
Eduque.
Construa um mundo melhor.
Plante no solo dos corações infanto-juvenis as flores da esperança.

Anônimo disse...

Save October 15TH, 2007!!


Congratulations for this special day, too !
Teachers are special people.


Happy Teacher´s Day !

God bless you all ever and ever....


Que nosso dia seja repleto de serenidade e paciência... enquanto isso:

AOS EDUCADORES

O ilustre escritor brasileiro Augusto Cury enumera em seu livro intitulado Pais brilhantes, professores fascinantes, o que ele considera os sete pecados capitais dos educadores.
O primeiro deles é corrigir o educando publicamente.
Um educador jamais deveria expor o defeito de uma pessoa, por pior que ele seja, diante dos outros.
Um educador deve valorizar mais a pessoa que erra do que o erro da pessoa.

O segundo é expressar autoridade com agressividade.
Os educadores que impõem sua autoridade são aqueles que têm receio das suas próprias fragilidades.
Para que se tenha êxito na educação, é preciso considerar que o diálogo é uma ferramenta educacional insubstituível.

O terceiro é ser excessivamente crítico: obstruir a infância da criança.
Os fracos condenam, os fortes compreendem, os fracos julgam, os fortes perdoam.
Os fracos impõem suas idéias à força, os fortes as expõem com afeto e segurança.

O quarto é punir quando estiver irado e colocar limites sem dar
explicações.
A maturidade de uma pessoa é revelada pela forma inteligente com que ela corrige alguém. Jamais coloque limites sem dar explicações.
Para educar, use primeiro o silêncio e depois as idéias.
Elogie o educando antes de corrigi-lo ou criticá-lo.
Diga o quanto ele é importante, antes de apontar-lhe o defeito.
Ele acolherá melhor suas observações e o amará para sempre.

Quinto: ser impaciente e desistir de educar.
É preciso compreender que por trás de cada educando arredio, de cada jovem agressivo, há uma criança que precisa de afeto.
Todos queremos educar jovens dóceis, mas são os que nos frustram
que testam nossa qualidade de educadores. São os filhos complicados que testam a grandeza do nosso amor.

O sexto, é não cumprir com a palavra.
As relações sociais são um contrato assinado no palco da vida.
Não o quebre.
Não dissimule suas reações.
Seja honesto com os educandos.
Cumpra o que prometer.
A confiança é um edifício difícil de ser construído, fácil de ser demolido e muito difícil de ser reconstruído.

Sétimo: destruir a esperança e os sonhos.
A maior falha que os educadores podem cometer é destruir a esperança e os sonhos dos jovens.
Sem esperança não há estradas, sem sonhos não há motivação para caminhar.
O mundo pode desabar sobre uma pessoa, ela pode ter perdido tudo na vida, mas, se tem esperança e sonhos, ela tem brilho nos olhos e alegria na alma.


Você que é pai, professor ou responsável pela educação de alguém, considere que há um mundo a ser descoberto dentro de cada criança e de cada jovem.
Só não consegue descobri-lo quem está encarcerado dentro do seu próprio mundo.
Lembre-se que a educação é a única ferramenta capaz de transformar o mundo para melhor, e que essa ferramenta está nas suas mãos.
Do seu uso adequado depende o presente e dependerá o futuro.
O jovem é o presente e a criança é a esperança do porvir.
Pense nisso e faça valer a pena o seu título de educador.
Eduque.
Construa um mundo melhor.
Plante no solo dos corações infanto-juvenis as flores da esperança.


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http://www.oliveiradimas.blogspot.com/


Anônimo disse...

Hoje, 15/10/2007, comemora-se o DIA DO PROFESSOR! Mas observem irmãos e condiscípulos feirenses, nenhuma nota, nenhuma homenagem é feita ao EDUCADOR BRASILEIRO. A inversão de valores é dantesca e repugnável.

Ainda que acreditemos no fruto doce não há mais árvores boas que de fato dêem bons frutos. Os mestres da atual Bahia/Brasil são comandandos, manipulados por políticas sujas, corrupções de toda ordem e jaez e por um "bando" de políticos da pior escória, sem preparo, sem visão de futuro, enfim... uma tristeza total.

Não, não há o que se comemorar no dia 15/10... há muito não se tem efetivamente o que se comemorar... mas este ano, o sabor amargo da desvalorização, o peso ignóbil de uma má administração, a decepção de termos um secretário de educação gaúcho, pasmem, e ineficiente pesa sobre os ombros dos "sofredores" baianos.

Já se foi, no tempo, uma linda e significativa data, o dia do Professor.



A poeira dos anos, a chuva dos interesses levou tudo de roldão para um fétido ralo, chamado politicalha brasileira.

É sofrível a atual situação dos educadores e dos educandos. Vamos permitir toda essa achincalhação com a classe que deveria ser a mais bem paga e reconhecida do mundo?

Para se refletir.

http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=796821

14/10/2007 (19:46) Professores têm pouco a comemorar

Lúcio Távora / Agência A Tarde

Maria Clara Lima, do A TARDE On Line

O fim de semana que começou mais cedo, com o feriado de Nossa Senhora Aparecida, nesta sexta-feira, ganha um prolongamento nesta segunda-feira, 15, Dia dos Professores. Em homenagem aos mestres, as escolas públicas e privadas de todo o Estado estão em recesso, mas a julgar pela situação da categoria, a data não inspira comemorações.

“O professor é submetido a péssimas condições de trabalho – jornada tripla, superlotação nas salas de aula, ambiente estressante, não tem assistência médica adequada e os salários são baixos. Das profissões de nível superior, essa é a pior em remuneração”, dispara o coordenador geral da APLB-Sindicato dos Trabalhadores em Educação, Rui Oliveira.
Professor há 25 anos, ele mostra em números, o tamanho do desprestígio que atinge a profissão. Segundo dados da APLB-Sindicato, mais de 16 mil dos 45.170 professores da rede estadual, ganham entre R$ 350 e R$ 600 reais. A jornada tripla, explica Oliveira, se deve aos três turnos assumidos pelo professor para completar uma renda mensal satisfatória devido, justamente, à questão salarial. Entre as conseqüências da árdua profissão, estão o estresse, calos nas cordas vocais e problemas na coluna.

Desvalorização

Foram essas as razões que levaram Josimeire Pitangueira, 35, a abandonar a profissão. Quando concluiu o magistério, ingressou e se formou em técnica em química pela Escola Técnica. A opção custou-lhe uma doença ocupacional que a afastou do trabalho há 13 anos. “Não me arrependo. Ensinar é uma profissão de muita dedicação, mas no nosso país o professor não é valorizado”, argumenta. Josimeire disse que se visse uma perspectiva de futuro, teria continuado como professora, em paralelo com a outra profissão escolhida.

Melhoria da qualidade de vida, para o professor, significa abdicar de uma boa condição financeira. Assim fez a professora Rita Lobo, 40. Há cinco anos, ela deixou de trabalhar nas escolas municipais e particulares para se dedicar somente ao ensino de biologia no Instituto Central de Educação Isaias Alves (Iceia).

Rita confessa que, apesar de gostar de sua profissão, se sente desestimulada por conta dos baixos salários. “Eu amo o que faço, o problema é a falta de incentivo e qualificação. Quando pego contra-cheque no final do mês me sinto desestimulada”. Professora de nível três, com especialização em biologia, Rita ganha pouco mais de mil reais por mês.

Déficit

Mesmo sem formação específica, Rita chegou a dar aula de química para cobrir o déficit de professores na disciplina. Segundo dados da Secretaria de Educação do Estado da Bahia (SEC), dos 19.958 professores da rede estadual de ensino médio do estado, 1.908 ensinam física e 1.902, química. Já história, disciplina de carga horária semelhante, tem 2.996 professores.

O superintendente de Recursos Humanos da SEC, José Carlos Sodré, admite a falta de professores nestas áreas, mas ressalta que ações estão sendo tomadas para resolver este problema. Segundo ele, sobre este assunto, salas superlotadas e outras esvaziadas são comuns.

“A rede estadual de ensino está passando por um processo de reestruturação. Primeiro, a Ação de Pesquisa Educacional que faz uma radiografia das necessidades do Estado e uma outra ação para envolver o município”.

Ele garante que até o final de novembro deste ano, estas duas ações, pré-requisitos para a reestruturação da rede, serão concluídas.

No seu entender, a falta de professores, assim como o desestímulo destes profissionais e as carências de estrutura e material das escolas, interferem na qualidade de ensino e, naturalmente, no aprendizado do aluno. O que falta? “Uma política pública voltada para isso no Estado”, diz.

Na opinião do coordenador da APLB, o que falta é vontade política. “O governo senta, discute muito, mais não age”.

Elo fraco

Segundo o professor de história do Brasil e diretor de organização e administração da Associação de Docentes da Universidade do Estado da Bahia (Aduneb), Carlos Zacarias, o investimento em educação é pequeno.

Em 2006, o governo federal pagou R$ 276 bilhões em juros e amortização da dívida pública, mas investiu somente R$ 36 bilhões na saúde e R$ 17 bilhões na educação.

Para Zacarias, o professor é o elo mais frágil dessa cadeia. “Muito dificilmente você encontra um adolescente que quer ser professor. Somos estigmatizados como sofredores”.

Gillene dos Santos Silva, 18, é uma das exceções. Dos três mil alunos do Instituto Central de Educação Isaias Alves (Iceia) - único colégio da rede estadual em Salvador com habilitação para formar professores - ela é uma entre os 452 estudantes que pretende seguir o magistério.

Ela confessa que, no início, não se sentia estimulada a seguir a profissão, mas a influência da família – ligada à educação – pesou na sua escolha. "As crianças acabam estimulando a gente. São elas que me impedem de jogar tudo para o alto".

15 de Outubro de 2007 13:59






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http://www.bahiaja.com.br/artigos_texto.php?idArtigo=131




15/10/2007 - 08:33
A PROVÍNCIA DA BAHIA

Tasso Franco

www.bahiaja.com.br






A Bahia é uma província, desde o tempo da República Velha. Na Nova República, assim chamada pós Tancredo Neves (1984) e mesmo na era das ditas práticas republicanas, continua a velha Província da Bahia. Exemplo mais sintomático desse ranço provinciano foi o epíteto criado pelo atual governo do Estado para definir o Centro Histórico de Salvador, conhecido assim há centúrias, para Centro Antigo, e o desmonte das atividades lúdicas, comerciais e culturais no Pelourinho.

Certo fez Dorival Caymmi, menestrel que colocou a província baiana no cenário da música nacional, o qual, se mandou da Bahia e foi embora sem dizer adeus. O governo do Estado na época de ACM ainda quis lhe dar uma casa em Salvador, mas ele recusou. Fez certo. Disse que a Bahia tinha virado um cocô depois da Rio/Bahia. Nunca mais veio em Salvador, salvo recentemente, quando recebeu uma homenagem no TCA e foi embora de novo sem visitar cenários que imortalizou.

Gilberto Gil também fez o mesmo. - A Bahia me deu, régua e compasso/ Quem sabe de mim sou eu/ Aquele abraço. Versou e se mandou também. Nos idos dos anos 1980, ainda tentou ser prefeito de Salvador, porém não conseguiu. Foi embora de malas e bagagens para o Rio de Janeiro e nos últimos cinco anos, eventualmente, vai a Brasília dirigir o Ministério da Cultura. Só vem a Bahia na época do Carnaval para ganhar um capilé a mais e/ou para assinar dois ou três convênios em sua área. Quando não, manda seu secretário Geral, Juca Ferreira.

Aquele Gil que um dia lutou para recolocar o afoxé na posição que sempre mereceu, desfilando no rés-do-chão tocando agogô e cantando ajariô; aquele bravo e militante Gil da cultura do povo baiano, do povo de santo recentemente ridicularizado com uma tal de "Ebó-Arte", desrespeito a preceito sagrado do candomblé patrocinado pelo poder estatal na capela do MAM, está aposentado. Paciência, ninguém é de ferro pra ficar o tempo todo dando murro em ponta de faca. Faz parte.

O "Ebó-Arte" patrocinado num dos templos das artes plásticas baianas, cenário de outros espetáculos e encenações teatrais e musicais, lançamentos de livros e outros, foi simplesmente ridículo, desproposital, como foram as brincadeiras de mau gosto com anãs e garrafas plásticas de Fanta. Não existiu na história dos últimos 50 anos de Bahia nada tão grotesco, tão absurdo, tão irracional, quanto o "Ebó-Arte", não só pela agressão ao preceito básico do povo de santo; mas também a arte em si.

Além de Caymmi e Gil, voltando ao fio da meada, deixaram a Bahia depois dos efervescentes anos da contra-cultura e da UFBA de Edgard Santos, Caetano Veloso, Moraes Moreira, João Ubaldo Ribeiro, João Carlos Teixeira Gomes, Maria Bethânia, Sônia Coutinho, Antonio Torres, Glauber Rocha, Dias Gomes, Lázaro Ramos e tantos outros. Se não fosse a turma de Jorge Amado que aqui ficou, ainda com poucos representantes em vida, um ou dois Antonio Risérios, um ou dois Fernando Conceição, adeus Bahia.

Quem é e quem faz a cultura baiana? A propósito, Antonio Risério escreveu recentemente em "Algumas Notas Baianas", revista Metrópole, que a Bahia vive "dias de radicalização do provincianismo e aprofundamento da mediocridade". E acrescenta: "Em todos os seus níveis, planos, instâncias, dimensões, na administração pública, na produção artística", pois, não há projetos para Salvador, nem para o Estado. Até o Domingueiras e o Chapéu de Palha (a observação é nossa), capitaneados pelo produtor Roberto Santana, dentro da proposta de modernização conservadora da era ACM foi riscado do mapa pela direção grupista da Secult.

A ameaça que se impôs a Fundação Casa de Jorge Amado, felizmente agora com a palavra do governador Wagner de que tudo está resolvido, é um desses atos típicos da Província. Melhor seria, com todo respeito que se tem a dedicação e ao esforço de Miriam Fraga, levar o acervo do notável escritor brasileiro para a Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, onde certamente teria um tratamento digno. Da maneira em que se encontra os prejuízos ao acervo serão inevitáveis.

Veja o seguinte: se o Estado brasileiro, tendo à frente um ministro de Cultura da Bahia, não consegue alocar R$3,5 milhões para se instalar um memorial a Jorge Amado, em sua Casa do Rio Vermelho, centro internacional da cultura literária nacional, pode-se advir o que acontecerá, em futuro próximo, a Fundação e ao projetado Memorial. Como disse João Ubaldo Ribeiro em recente entrevista, Jorge não foi uma personalidade qualquer para a Bahia e sim única.

Vejam outra historinha curiosa: tombaram a Igreja de Nossa Senhora da Vitória diante de uma briga judicial envolvendo a construção de um edifício de 36 andares na área da antiga Mansão Wildberger, como se a linha de ocupação do corredor da Vitória estivesse virgem. Uma coisa não tem nada a ver com a outra diante do valor patrimonial e artístico da igreja, um templo sem gabarito para tal, mas, o desejo provinciano de alta personalidade da cultura nacional, assim procedeu. Até o pároco do templo, Luis Simões, foi contra.

Como Dias Gomes já morreu e não tem mais condições de escrever o besteirol do provincianismo baiano, nem Glauber documentá-lo em cine, resta torcer para que as práticas republicanas em uso na Bahia nos dias atuais, sejam aperfeiçoadas e respeitem, quando nada, a memória do maior e mais traduzido escritor que este país já teve. Quanto ao Pelourinho, no embalo de desmonte em que se encontra, certamente voltará a ser palco dos velhos fantasmas que povoaram o local nos anos de 1970.


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Segunda-feira, 15 de Outubro de 2007
Estado de calamidade da Bahia denunciado
Deu no site www.bahiaja.com.br



“Quando o candidato do PT Jaques Wagner se tornou governador do Estado da Bahia afirmou que a educação, a saúde e a segurança iriam experimentar um salto de qualidade em sua administração que os baianos nunca mais esqueceriam seu governo. Quase um ano depois o Governo do Estado da Bahia continua a patinar”. A afirmativa é do deputado Fernando de Fabinho (DEM), que usou a Tribuna da Câmara Federal para denunciar o estado de calamidade em que a Bahia se encontra.
Fernando de Fabinho afirmou que ao contrário do que prometera Jaques Wagner, a educação não melhorou. "As condições dadas aos alunos e professores são piores do que as do governo anterior. A saúde está uma lástima, com os hospitais sem pessoal suficiente para atender ao público de forma adequada, além de faltar medicamentos, máquinas e equipamentos que permitam aos profissionais de saúde atender os pacientes a contento. E a segurança? Está falida!".
Fernando de Fabinho disse em seu discurso que a saúde e a educação, estão em situação muito difícil, mas, o seu alvo mesmo é a segurança pública da Bahia, que está falida e não consegue exercer seu papel de proteger a população baiana. “Ao contrário, a Bahia se transformou em um dos estados mais violentos e inseguros do País, o que chamou, sobremaneira, a atenção das mídias nacional e internacional, que hoje têm a Bahia como referência de notícias sobre violência, notadamente os homicídios”.
Epidemia
“Os crimes de morte na Bahia, como afirmam, de forma acertada, as manchetes dos jornais, virou epidemia – continua Fernando de Fabinho, que acrescenta: “Essa epidemia poderia ser combatida através de diagnósticos corretos, como a prevenção e o combate direto ao crime. A prevenção seria por meio de investimentos nos setores de inteligência das polícias e o combate aos criminosos através da compra de equipamentos, de viaturas, de armas e de treinamento dos servidores da Secretaria de Segurança”.
O número de assassinatos na região metropolitana de Salvador cresceu este ano 35% em comparação aos registrados entre janeiro e agosto de 2006. Um dos vários motivos para esses acontecimentos, de acordo com o próprio Governo do Estado, é que o efetivo de policiais não é suficiente para cobrir a grande Salvador. “O argumento não convence, até porque sabemos que muitos policiais estão lotados em outros órgãos do Estado, no Legislativo, no Judiciário, e até mesmo desviados de função em âmbito federal, o que é um grande absurdo e uma falta de senso completa”, afirmou o deputado.
Fernando de Fabinho defende a abertura de concurso público pelo Governo de Estado para aumentar o efetivo policial. “Não se pode brincar com vidas humanas em nome dos gastos públicos”, sentencia ele, que acrescenta: “Se a Secretaria de Segurança Pública da Bahia não tem condições de administrar com competência as suas responsabilidades, sugiro aos que têm cargo de mando e de liderança que se demitam e dêem a vez àqueles que querem realmente trabalhar em prol do sossego da população baiana e da paz social. O governador Jaques Wagner precisa ter o controle da situação. A Bahia está prejudicada em todos os sentidos. Não dá mais para protelar”, concluiu.