No novo Conselho Estadual de Cultura, empossado pelo governador Jaques Wagner na quinta-feira, 25, durante a abertura da II Conferência Estadual de Cultura, um integrante é natural de Feira de Santana. Trata-se do antropólogo e poeta Washington Queiroz, como suplente na Câmara de Políticas Sócio-Cultural, ele ligado à Antropologia e Cultura Sertaneja.
Estudioso da cultura sertaneja, Washington Queiroz tem mestrado em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), com especialização em Etnologia Indígena. Em 1984 conviveu com os índios Parakanã, um grupo Tupi da Amazônia, estudando seus rituais de cura. Em Salvador, criou e coordenou entre 1985 e 1991 o projeto "História de Vaqueiros: Vivência e Mitologias", editado em livro pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural. Como funcionário do Ipac, foi subgerente de Estudos Históricos e Etnohistóricos (1991), coordenador de Manifestações Literárias (1984-1989), subcoordenador de Desenvolvimento Social (1983-1984), e autor e coordenador do projeto "Bahia: Raízes Indígenas", convênio do Ipac com o Museu de Arqueologia da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e o Instituto Nacional do Folclore (INF). É pintor e poeta (integrou do grupo Hera, em Feira de Santana), tendo publicado os livros "Cantata" (Edições Cordel, 1976) e "Cinco Tempos de Homem" (Coleção dos Novos, 1982). Também teve obras publicadas em diversas revistas literárias do Brasil e exterior, entre 1972 e 2007. Em 1980 realizou no Instituto Cultural Brasil-Alemanha (Icba) a exposição de poemas-quadros "Conclusões do Azul", retomada em 1991 com a exposição "Conclusões do Azul II", no Desenbanco. Nesse mesmo ano, foi premiado na Bienal do Recôncavo com a instalção "Projetos Retalhos: Uma Antropologia do Improviso". Em 2005, lançou "A Dança dos Véus: Fantasia e Fuga" (coleção Selo Editorial Letras da Bahia, pela Secretaria da Cultura e Turismo e Fundação Cultural do Estado).
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