domingo, 30 de setembro de 2007
STF deve confirmar fidelidade partidária
sábado, 29 de setembro de 2007
Foro de discussão
Duas curiosidades sobre um filme
Livia Falcão e Marcos Palmeira em "O Homem Que Desafiou o Diabo"
Divulgação
Trilha sonora destacada
Juliana Porteous em "O Homem Que Desafiou o Diabo"
Divulgação
Triste Bahia
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
Sertão nordestino na tela grande
Primeiro, ele é obrigado a se casar com a solteirona Dualiba (Lívia Falcão), mas não agüenta se submeter aos caprichos dela e às exigências do sogro, depois que se torna motivo de piada. Ele se revolta e a partir daí assume nova identidade, a de Ojuara (Araújo de trás para frente). Passa a usar roupas de couro e sai pelo sertão buscando aventuras, desafios e prazeres - sempre regadas com cachaça e mulheres. Seu objetivo é encontrar seu próprio destino e um lugar lendário, São Saruê.
Em suas andanças pelo árido sertão, Ojuara encontra criaturas míticas e lendárias, como o boi mandigueiro, o preto velho, a mãe de Pantanha, figuras folclóricas, e também seu grande amor, a prostituta Genifer (Fernanda Paes Leme, estreando no cinema). Até que se encontra com o Cão Miúdo (Helder Vasconcelos), um dos disfarces do diabo, enganando-o. O acerto de contas dos dois acontece no final do filme - e ele vence o "coisa ruim".
A produção é bem realizada e adapta com propriedade o romance “As Pelejas de Ojuara”, de Nei Leandro de Castro, lançado em 1986. O filme é embalado por canções originais de Gilberto Gil, como “Não Grude Não” e “Oco do Mundo”, além de regravação de Jackson do Pandeiro. O autor do romance é de Caicó, Rio Grande do Norte, onde o filme foi gravado. O diretor Moacyr Góes também é potiguar. O roteirista Bráulio Tavares é paraibano. Gilberto Gil é baiano. Marcos Palmeira nasceu no Rio de Janeiro mas é filho de cearense com sergipano. Provavelmente por isso o filme não tem sotaque nordestino falso, o que valoriza muito a produção.
Quem é Márcio Meirelles
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
Roteiro de Filmes
LANÇAMENTO NACIONAL
O HOMEM QUE DESAFIOU O DIABO, de Moacyr Góes, 2007. Com Marcos Palmeira, Flávia Alessandra, Fernanda Paes Leme e Lívia Falcão. Drama. Homem boêmio, que gosta de freqüentar cabarés e ouvir cantadores de viola, após tirar a virgindade de uma turca é obrigado a se casar. Durante anos ele passa por seguidas humilhações, provocadas por sua esposa. Um dia, ao ouvir uma piada sobre sua situação, ele se revolta, destrói o armazém do sogro e ainda dá uma surra na mulher. Ao terminar ele monta em seu cavalo e parte sem destino, decidido a ter uma vida de aventuras. A partir deste dia passa a ser conhecido como Ojuara, enfrentando inimigos e vivendo situações inusitadas. Classificação indicativa: 16 anos. Duração: 106 minutos. Horários: 14h15 (sexta-feira, sábado e domingo), 16h30, 18h45 e 21 horas. Sala 4 (264 lugares).
LANÇAMENTOS
INSTINTO SECRETO (Mr. Brooks), de Bruce A. Evans, 2007. Com Kevin Costner, William Hurt e Demi Moore. Drama. Homem aparentemente normal esconde uma face interior que o atormenta. Ele terá de ter autocontrole em uma árdua luta contra seu ego e também contra uma detetive que passa a investigá-lo como suspeito de uma série de crimes. Classificação indicativa: 18 anos. Duração: 120 minutos. Horários: 13h40 (sexta-feira, sábado e domingo), 16 horas, 18h25 e 20h50. Sala 1 (243 lugares).
LICENÇA PARA CASAR (License To Wed), de Ken Kwapis, 2007. Com Robin Williams, Mandy Moore e John Krasinski. Comédia. Antes de subir ao altar, casal de namorados tem que passar por um extravagante curso de preparação de noivos, que porá em risco a própria continuidade da relação. Classificação: 10 anos. Duração: 91 minutos. Horários: 13h20 (sexta-feira, sábado e domingo), 15h20, 17h20, 19h20 e 21h20. Sala 3 (167 lugares).
CONTINUAÇÃO
PRIMO BASÍLIO, de Daniel Filho, 2007. Com Débora Falabella, Fábio Assunção, Glória Pires, Reynaldo Gianecchini, Guilherme Fontes e Simone Spoladore. Drama. São Paulo, 1958. Jovem romântica e sonhadora é casada com um engenheiro que está envolvido na construção de Brasília. Um dia ela reencontra Basílio, que é seu primo e também a paixão de juventude. Quando seu marido é chamado a trabalho para Brasília, ela fica em casa apenas com a companhia das empregadas. Basílio passa a visitá-la freqüentemente, conquistando-a com as histórias de suas viagens. Até que uma das empregadas encontra as cartas de amor trocadas entre os primos e, de posse delas, passa a fazer chantagem para conseguir sua aposentadoria. Em segunda semana. Classificação: 16 anos. Duração: 100 minutos. Horários: 13 (sexta-feira, sábado e domingo), 15 e 17 horas, 19h05 e 21h10. Sala 2 (160 lugares).
ENDEREÇO E TELEFONES
Orient Cineplace - Shopping Iguatemi, telefax 3225-3056 e telefone 3610-1515 para saber informações sobre programas e horários.As informações sobre programação e horário são prestadas pela empresa exibidora, a Orient Filmes.
Resenha de Técnicas de Comunicação Escrita
Izidoro Blikstein atualmente é professor titular da Universidade de São Paulo, consultor da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo e professor adjunto da Fundação Getúlio Vargas - SP. Tem experiência na área de Comunicação, atuando principalmente nos seguintes temas: Semiótica - Intertextualidade.
Publicou o livro "Kaspar Hauser ou a Fábrica de Realidade", além de textos, resumos, capítulos e outros escritos.
Fonte: Currículo do Sistema de Currículos Lattes
Publicada originalmente na década de 1980, a obra de Blikstein é composta por cinco pequenos capítulos, vocabulário crítico e bibliografia comentada. É um livro que aborda os problemas e soluções possíveis no contexto da comunicação escrita, usando uma linguagem dinâmica e clara.
Ao iniciar, o autor conta uma historinha sobre um gerente apressado e sua nova secretária. Este gerente escreve um bilhete à secretária pedindo-lhe que reserve um lugar num trem rumo ao Rio de Janeiro. Acontece que o gerente não consegue embarcar porque o bilhete que ele escreveu estava com vários erros de gramática, o que impedia a transferência de sua idéia à mente de sua secretária novata.
É bem comum que tais erros - explicitados no livro em questão - ocorram dentro do processo da comunicação escrita. Os tais erros podem provocar o não recebimento da resposta esperada pelo remetente ou uma falsa compreensão.
Através do exemplo do tal bilhete e de outras situações enfrentadas pelas mesmas personagens da historinha, o autor trata de várias outras questões que podem fazer com que a comunicação escrita seja eficaz ou não.
Na obra, Blikstein trata de uma importante questão a ser analisada: Quando usar um código aberto (significante com mais de um significado) e quando usar um código fechado (significante com significado único).
No livro é afirmado que para fazer com que a mensagem se torne comum ao destinatário, faz-se importante conhecer o repertório do mesmo. Vale ressaltar que nem sempre se pode saber qual é o repertório de quem vai receber a mensagem, porém a mensagem terá mais chance de ser eficaz se o remetente souber com quem ele está falando.
Em fins do 3° capítulo, o autor oferece ricos conselhos que podem valorizar qualquer mensagem: Ter cuidado com estereótipos, saber qual o veículo ideal para cada mensagem, evitar redundância etc.
O professor Izidoro blikstein ensina, no 4° capítulo, como conseguir prender a atenção do destinatário através da diminuição da linearidade e da utilização da iconicidade - estes termos são explicados, detalhadamente, pelo autor, no mesmo livro. Fala ainda como “temperar” a mensagem com elementos poéticos e emotivos, a fim de sensibilizar o leitor da mensagem.
O 5° capítulo - se é que pode chamá-lo de capítulo - foi dedicado a mostrar uma breve recapitulização do conteúdo da obra através de uma “Receita para a eficácia da comunicação escrita” (título do capítulo citado, p. 96). Nela é mostrado, de um modo muito simples, do que a comunicação escrita é formada e como se deve prepará-la para que haja a resposta esperada.
Por fim, Blikstein compara o gerente, da tão citada história, com qualquer indivíduo que se comunica através da escrita: “O gerente [...] é um pouco de cada um de nós, seres humanos, lutando sempre por comunicar as nossas idéias e sentimentos. É difícil. Mas vamos tentando”. (BLIKSTEIN, 2006, p.98)
Esse livro é uma excelente ajuda para todas as pessoas que fazem o uso da comunicação escrita e, em especial, para estudantes dos cursos de Comunicação, Lingüística, Letras Vernáculas e alguns cursos da área de Ciências Humanas e Filosofia. Dado que esses estudantes pesquisam e necessitam conhecer mais sobre a comunicação, Técnicas de Comunicação Escrita é uma boa introdução à análise da mesma.
“Lutar com palavras é a luta mais vã, entanto lutamos mal rompe a manhã”.
(DRUMMOND, apud BLIKSTEIN, 2006, P.98)
* Resenha feita pela estudante de Comunicação Social em Publicidade e Propaganda da Unef, Fabiana Andrade, em 2007.
Pecado
De Otávio Frias Filho, na revista "Imprensa": "A imprensa brasileira pecou por ter sido complacente, tolerante e ingênua em relação ao PT. E isso mudou um pouco quando o Lula chegou ao poder e depois de episódios como o do mensalão".
Cifs e Catho apresentam parceria
O Centro das Indústrias de Feira de Santana e a Catho Consultoria em Recursos Humanos fazem na noite desta quinta-feira, 27, a partir das 19 horas, em Open Door, evento de lançamento, no auditório do Cifs, com coquetel de recepção aos convidados, apresentação da parceria entre a instituição e a empresa, e palestra “Feira de Santana: Plataforma Logística do Nordeste”.
Com 30 anos de atuação no Brasil, a Catho é uma empresa que se renova, a cada dia, investindo em tecnologia de ponta na área de RH e em profissionais qualificados. Conta com 27 escritórios regionais, o que permite uma ampla atuação em todas as regiões do país, oferecendo aos seus clientes agilidade e qualidade nos serviços prestados.
Há mais de três anos operando na Bahia, o escritório regional da Catho atende a uma carteira de clientes de diferentes segmentos e portes. O escritório possui excelente estrutura e oferece serviços de Recursos Humanos que abrangem todas as atividades operacionais da área.
Para Margot Azevedo, dirigente da empresa, “cada cliente significa para nós um projeto único, com necessidades e características distintas”. Ela considera que “nosso trabalho é entender o cliente e apresentar uma solução eficaz para cada demanda em particular”.
A parceria será apresentada por ela e pelo presidente do Cifs, Luiz da Costa Neto. Na seqüência, a palestra que será ministrada pelo consultor do Grupo Altran, Osvaldo Campos Magalhães, que é mestre em Administração, engenheiro civil e especialista em logística, tecnologia, competitividade e estratégia. Ele coordenou a elaboração do Programa Estadual de Logística do Trasnporte (Peltbahia).
O Grupo Altran, parceiro convidado, tem sede na França e é líder no mercado europeu em tecnologia e inovação. Está presente em 20 países com mais de 17 mil colaboradores e 180 subsidiárias, possuindo faturamento anual de 2 bilhões de dólares. Através de suas cinco empresas no Brasil o Grupo Altran desenvolve serviços de consultoria nas áreas de engenharia industrial, tecnologia e informação, energia, infra-estrutura e logística, meio ambiente, urbanismo e desenvolvimento regional.
Público dos filmes em cartaz
Débora Falabella em "Primo Basílio"
A partir desta sexta-feira, 28, no Multiplex do Iguatemi, entram em cartaz dois filmes que já estão no circuito: “Licença Para Casar”, com público de 311.411 espectadores, em quatro semanas, e “Instinto Secreto”, com 98.201, em duas semanas.
Exposição Hot Wheels no Iguatemi
Além disso, quem comprar no shopping neste período poderá ganhar prêmios. Usando o Cartão Visa, o cliente ganha dois Hot Wheels ou um quabra-cabeça da Barbie a cada R$ 150,00 em compras, apresentando a nota fiscal junto com o boleto do cartão. O balcão de troca da promoção está montado também na praça central do Iguatemi.
PPS na Justiça pelo troca-troca
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
PPS envia memorial a ministros do STF defendendo mandatos dos partidos
O PPS distribuiu aos ministros do STF memorial em que explica o pleito que expôs no mandato de segurança impetrado para reaver nove mandatos de deputados federais que trocaram a legenda por outras, da base do governo. O documento serve para disponibilizar aos ministros o teor das teses que o partido defende no processo, ao qual somente o relator tem acesso, a não ser que algum dos colegas peça vista.
Quem conhece?
Escritor Nei Leandro de Castro
Reprodução
Ele é autor de de poesia (“Era Uma Vez Eros”, 1993, e “Diário Íntimo da Palavra, 2000”) e dos romances (“O Dia das Moscas”, 1983, e “As Dunas Vermelhas”, 1986), além de um dicionário de Guimarães Rosa (“Universo e Vocabulário do Grande Sertão”, 1970), além de outros livros e contos inéditos.
Quem conhece Nei Leandro de Castro em Feira de Santana? Ele é pouco conhecido fora do Rio Grande do Norte. Depois de morar 37 anos no Rio de Janeiro, ele voltou em 2005 para a capital potiguar. Nos anos 70, escreveu para “O Pasquim” sob o pseudônimo de Neil de Castro. É minha única referência dele.
Festival de música gospel
“Esta é uma informação muito boa para toda a comunidade evangélica. Teremos em Feira de Santana um grande evento musical exclusivamente dedicado aos artistas das religiões evangélicas”, disse ele, que nem é evangélico, mas adepto de cultos afros. Será um festival nos moldes do Vozes da Terra, de MPB, realizado recentemente.
Conforme o vereador, a Secretaria da Cultura deverá realizar uma reunião na próxima segunda-feira, para tratar da organização do festival. “A expectativa do prefeito José Ronaldo é que ainda este ano a cidade venha a promover este festival”, disse ele. Para Renildo Brito, não apenas os artistas da música gospel, mas também o grande público que aprecia as canções evangélicas vai ser contemplado.
Mais um factóide de Messias
O CRA embargou uma obra de terraplanagem e construção de imóveis, no povoado da Mantiba, distrito de Jaíba, argumentando que a Prefeitura está fazendo extração mineral de areia. O gerente local do órgão, Messias Gonzaga, disse que a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente precisa requerer a licença ambiental.
“O decreto federal 227/67 e as leis federais 9314/96 e 9827/99 garantem o direito do Município usar o solo em benefício da comunidade sem a necessidade do licenciamento”, salientou Luiz Augusto de Jesus.
O vereador explicou que a legislação federal prevê esse uso do solo para drenagem, movimentação de terras para a construção de ruas, obras gerais de terraplanagem e edificações públicas, desde que nada seja comercializado.
O líder do governo municipal na Casa, Antônio Francisco Neto (DEM), apelou para que o CRA permita a continuidade das obras, “que vão servir a uma comunidade carente”. Ele frisou que “a Prefeitura quer fazer um campo de futebol e 39 casas para famílias carentes. O ex-vereador Messias Gonzaga sabe muito bem o que isto significa para a comunidade”.
Para o vice-líder do governo na Câmara, Renildo Brito (PTC), a atitude do CRA vira camuflar a falta de ações do governo petista. “Estão criando factóides e a Procuradoria Geral do Município deveria entrar com uma ação contra o CRA por abuso de autoridade”, sugeriu.
"O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias" indicado para tentar o Oscar
Michel Joelsas em "O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias"
Divulgação
“O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias” foi exibido em Feira de Santana, no Orient Cineplace, durante apenas uma semana, entre 24 e 30 de novembro. Consideramos o filme como a melhor produção brasileira exibida no ano passado.
Dados para análise de candidato
Reisado de São Vicente no Pelourinho
Democracia é isso aí
O presidente dos Estado Unidos George W. Bush pode ir no Irã e criticar o país? Não.
Caos na saúde
Cultura em crise
Lançamento de filme brasileiro
“O Homem Que Desafiou o Diabo” narra a história do caixeiro viajante Zé Araújo, que é obrigado a se casar depois de desvirginar a filha de um comerciante turco. Um dia, ao ouvir uma piada sobre sua situação, ele vira uma fera, destrói o armazém do sogro e dá uma surra na mulher. É quando se transforma em Ojuara (Araújo ao contrário), um “herói” brasileiro que se embrenha pelo sertão nordestino e arrebata corações femininos, como Mãe de Pantanha e Genifer, até que se confronta com o diabo. Conta com Marcos Palmeira, Flávia Alessandra e Fernanda Paes Leme.
No drama “Instiinto Secreto”, Kevin Costner faz um homem exemplar na comunidade que guarda um terrível segredo: é também um serial killer, perseguido e investigado por uma detetive (Demi Moore).
Na comédia “Licença Para Casar”, um casal de namorados pretende se unir em matrimônio, mas a tradicional igreja da família dela apenas realizará a cerimônia se ambos passarem por um curso de preparação de noivos. Eles aceitam a exigência, entretanto o curso é composto de aulas ultrajantes, estranhas lições de casa e invasões de privacidade. Tudo isso põe em risco o relacionamento entre os noivos.
O romance “O Primo Basílio”, de Eça de Queiroz, publicado em 1878, é considerado uma das narrativas mais fortes da literatura portuguesa, pela crítica à burguesia de classe média, crueldade e ironia que tem. O filme de Daniel Filho modifica elementos da trama original e um deles é a mudança de ambientação, que sai da Lisboa do século XIX para a São Paulo de 1958.Desde que foi lançado e 10 de agosto, “Primo Basílio” já foi visto por 682.196 espectadores. Destaque para a interpretação de Glória Pires como a empregada Juliana, que na trama inverte a sua posição. É a personagem mais completa da obra de Eça de Queiroz, sendo símbolo da amargura em relação à profissão. Feia, virgem e solteirona, ela não se conforma com sua situação e por isso odeia a tudo e a todos, não se detendo diante de qualquer sentimento de fundo moral, daí a fazer chantagem. Vale a ida ao cinema.
terça-feira, 25 de setembro de 2007
Ben Kingsley como Shakespeare
Relato de interrogatório mostra série de crimes praticados por Lucas da Feira
A 18 de Outubro de 1807, nasceu Lucas Evangelista, na fazenda “Sacco do Limão”, do município da Feira de Sant’Anna.
Produziram o temível facínora os africanos Ignácio e Maria.
Captivo de nascimento, Lucas pertenceu, a princípio, a D. Anna Pereira do Lage, e por fallecimento desta senhora passou ao domínio do Padre José Alves Franco, vindo mais tarde a caber, em nova partilha, ao pae deste sacerdote, Alferos José Alves Franco.
Ao tempo em que se deu o traspasse do maldicto escravo ao novo senhorio, elle já havia fugido para as mattas da Feira, mais ou menos em meiados de 1828.
Uma vez no goso daquella conquista de liberdade, a índole perversa do bandido entrou, desde logo, em cogitações diabólicas de que resultou a organisação da célebre quadrilha de salteadores, da qual faziam parte os escravos também fugidos, de nomes: Flaviano, Nicolau, Bernardino, Januário, José e Joaquim.
Inspirada nos sentimentos sanguíneos do bandido que a chefiava, essa malta de terríveis assassinos e ladrões commetteu, livremente, toda sorte de crimes nas estradas do famoso município, até o dia 28 de Janeiro de 1848, data da prisão do célebre salteador chefe da quadrilha.
Para que o leitor fique conhecendo a série de crimes praticados por Lucas e seus cúmplices, esses bandidos que trouxeram, por 20 annos, a população da Feira em constante sobresalto, vamos transcrever o interrogatório a que foi submettido no tribunal do jury o chefe desses miseráveis.
- Perguntado o seu nome, naturalidade, edade e profissão?
nascido na fazenda do “Sacco do Limão”, frequezia de São José maior de 35 annos e que era empregado no serviço da lavoura e carpina.
- Respondeu que tendo fugido da companhia de seu senhor há quase dezoito annos e commettido em todo esse tempo algumas acções más, pelo que tem sido processado pela Justiça, pensa ter sido preso para dar contas do seu procedimento e julgado como merece.
- Respondeu que até certo tempo matava seus bichinhos para sustentar-se, e pedia algumas coisas que precisava a pessoas de seu conhecimento e amisade, mas que passando a ser perseguido pela Justiça, vendo-se desesperado, como ainda se acha, começou a offender e fazer mal ao povo.
- Perguntado quaes os conhecidos e amigos que lhe devam objectos que elle pedia?
- Respondeu que não tinha empenho em declarar nomes, que por estar perdido não queria perder outros christãos que lhe haviam feito benefícios.
- Perguntado se esses amigos e conhecidos a que se refere lhe forneciam também algumas porções de polvora e de chumbo e algumas armas?
- Respondeu que há mais de quatro annos tomara na estrada um barril de pólvora e uma grande porção de chumbo de que usou até agora.
- Perguntou-lhe onde e como obtinha os mesmos objetos, antes dessa tomada de que fala?
- Perguntou-lhe mais como offendia geralmente ao povo, segundo disse, quando affirma que só queria offender àquelles que o perseguiam e o insultavam nas estradas?
- Respondeu que somente maltratava e offendia aquelles de quem receiava que o atraiçoassem ou perseguissem por qualquer forma.
- Perguntado si tem noticia dos tiros dados no guarda policial Joaquim Romão e Manoel Antonio Leite, resultando a morte deste, que também foi roubado?
- Respondeu negativamente.
- Perguntou-lhe si não tem noticia de Antonio Correia Pessoa, que foi morto e roubado em sua própria casa?
— Respondeu saber desse facto, e que foram autores elle respondente e seus companheiros, Nicoláo, Joaquim e Januário e que assim procederam porque esse Pessoa os perseguia e que já lhes havia dado dois tiros.
- Perguntado como foi morto esse homem?
- Perguntou-lhe si tinha lembrança da morte de Ventura Ferreira de Oliveira, na Lagoa do Peixe?
- Respondeu que fora morto por seu camarada Nicolau, estando presente elle interrogado.
- Perguntou-lhe si tem noticia das mortes de Alexandre Felippe de Lima e de José Francisco Caboclo e quaes os autores?
- Disse, quanto à primeira, nada sabe e quanto á segunda foi elle interrogado quem matou, porque esse José Francisco recusava-se a pagar-lhe um dinheiro e também o queria matar.
- Perguntou si tinha noticia da morte do Antonio, escravo de José Antonio da Silva, que teve lugar na fazenda Sobradinho, próximo a esta villa?
- Respondeu que passando elle e alguns companheiros pela estrada, o dito Silva e outros lhe dirigiram insultos, pelo que elle respondente para desaffrontar se dera uns tiros contra aquelles, de um dos quaes resultou a morte do crioulinho.
- Perguntou mais si tem noticia da morte de Antonio Bonifácio e quem foi o autor?
- Respondeu ter sido elle interrogado, porque esse Bonifácio andava o preseguindo, pelo que o matou antes que lhe dizesse o mesmo.
- Perguntou si tem noticia da morte de Theotonio, escravo de Victorino Alves e qual o motivo? Respondeu que estando elle e alguns companheiros procurando a vida, o seu camarada de nome Joaquim matara e dito Theotonio.
- Perguntado si também tem noticia da morte de Alexandrina de tal, escrava de Manoel Joaquim?
- Respondeu ter sido elle quem a matou na occasião da morte do seu companheiro Nicoláo.
- Perguntou-lhe mais si tem noticia da morte de Manoel Lima, que também foi roubado, em uma das estradas desta villa?
- Respondeu negativamente.
- Perguntou-lhe si tem noticia da facada e pancadas que soffreu João Gomes de Oliveira, levando as também duas filhas?
- Respondeu que só lhe deu pancadass com o couce da arma porue elle sabia do rancho em que se escondiam, e que as filhas foram somente conduzidas até a beira do rio Jachype onde elle as deixou.
- Perguntou mais se tem notícia da morte de João Vicente e qual o motivo?
- Respondeu que esse João Vicente também sabia do seu rancho, e tendo dado lá uma tropa, entendeu que foi elle o denunciante, por isso o matou.
- Perguntou-lhe mais si também tem noticia da morte de Joaquim Romão?
- Respondeu negativamente.
- Perguntou-lhe mais si sabe da morte feita em João de tal, morador no lugar denominado Papagaio?
- Respondeu ter sido o autor, porque elle sabia, e effectivamente mostrou, o logar em que tinha o seu rancho e de seus companheiros.
- Perguntou-lhe também si fora o autor da morte de Alexandre de tal, filho de Antonio Felippe?
- Respondeu que elle e seu companheiro Nicoláo fora os autores, porque os ditos Alexandre o seu pai Antonio Felippe constantemente os perseguiam.
- Perguntou-lhe si sabe quem deu as cutiladas no crioulo Manoel João?
- Respondeu que foram elle e seu companheiro Nicoláo, porque receiavam desse individuo.
- Perguntou-lhe sei tem noticia dos tiros dados no capitão Gregório do Nascimento?
- Perguntou se tem noticia dos tiros dado em Manoel das Chagas e qual o motivo?
- Respondeu que foi elle por ver que esse homem merecia e assim quis quebrar-lhe as pernas.
- Perguntou-lhe mais, porque?
- Respondeu que por ter promettido pical-o em postas, assim elle respondente quis ensinal-o.
- Perguntou si tem noticia do roubo feito a José Dionysio, morador nas Campas?
- Respondeu que fora feito por seus companheiros Nicolau e Manoel, estando elle também presente.
- Perguntou o que roubaram nessa occasião?
- Respondeu que três colheres de prata.
- Perguntou-lhe si teve noticia do roubo feito a Vicente de tal, das Campas?
- Respondeu que fora elle o autor do roubo, tendo somente roubado uma calça e uma jaqueta.
- Perguntou mais si tem noticia dos cinco tiros dados em Gregório José de Almeida, no caminho de São José?
- Respondeu que foram dados por elle e seus companheiros, por um insulto que o dito lhes fizera.
- Perguntou si além dessas mortes e furtos sobre que tem respondido, lembra-se de ter feito mais alguma cousa?
- Respondeu que perante o Juiz Municipal já fora também conduzido e interrogado sobre alguns outros factos, como fosse o roubo da egreja das Brotas, e os tiros no Alferes Agostinho, em Joaquim Ferreira da costa e outros feitos a um homem chamado Sampaio Pinheiro e o vaqueiro de Aprigio Pires Gomes.
- Perguntou-lhe mais si durante a estada nos matos raptou algumas mulheres e sei tem lembrança do numero?
- Respondeu ter com effeito raptado algumas em numero de cinco ou seis, tendo, porém, outras ido voluntariamente para sua companhia.
- Perguntou si não matou alguma destas raparigas que levou para a sua companhia?
- Respondeu negativamente.
- Perguntou se em algum encontro, que elle respondente teve com pessoas que o perseguiam, levou alguns tiros e si tem lembrança do numero?
- Respondeu ter contado até cem e que felizmente escapou, tendo levado outros muitos que dahi em diante deixou de contar.
- Perguntou se não guardou em alguma parte ou em poder de qualquer pessoa dinheiro e outros objectos que tivesse tomado nas estradas?
- Respondeu que tudo quanto tinha era somente alguma roupa e outras miudezas que existiam no rancho em que foi preso, nada tendo guardado em parte alguma.
E nada mais respondeu nem lhe foi perguntado.
Por esta forma houve o Juiz por findo este interrogatório, mandando lavrar este termo, em que assignou com o curador do réo, depois de lido por mim Manoel José de Araújo Patrício, escrivão que escrivi - Innocencio Marques de Araújo Góes - O curador, Manoel Pereira de Azevedo.
Do interrogatório que acabamos de transcrever, vê-se quanto foi flagellada a Feira de Sant’Anna, principalmente depois do anno de 1840, quando o celebre salteador organisou sua quadrilha.
A prisão de Lucas teve os seus prodromos a 23 de Janeiro de 1848.
Narremos o facto que deve ter alguma importância para os nossos leitores.
Achando-se foragido o official de justiça do fórum feirense, de nome José Pereira Cazumbá, porque praticara um homicídio, pensou de obter o indulto, offerecendo-se para prender o salteador Lucas.
Acceita a proposta pelas autoridades com o accrescimo de que o governo compromettia-se a dar a Cazumbá, além do indulto mais quatro contos em dinheiro, foram affixados editaes neste sentido nos lugares mais públicos da Feira e publicados pela imprensa.
Na capella de N. S. dos Humildes, três legoas ao Sul da Feira de Sant’Anna, realisou-se uma festa, e para ella dirigiu se Lucas em procura, talvez, de alguma presa.
Cazumbá, acompanhado de Manoel Gomes, montou guarda no lugar chamado Pedra do Descanso, por onde, fatalmente, Lucas teria que passar de volta da festa.
Na segunda-feira 24, cerca de 6 horas da manhã, surge o salteador felizmente desacompanhado.
Manoel Gomes esmorece e treme, caindo-lhe a arma das mãos; mas na emboscada detona uma outra arma, cujo projectil aloja se certeiro no braço do salteador - foi a arma de Cazumbá, o official de justiça pronunciado que necessitava de liberdade.
Passada a primeira impressão, causada pelo susto de que o salteador não fosse altacal-os em seu esconderijo, sahiram elles e foram examinar o lugar onde estava Lucas quando recebeu o tiro.
O salteador havia de facto desapparecido, mas ali se achava o clavinote de seu uso e um rasteiro de sangue pela estrada afora.
Nessas averiguações estavam os dois, Cazumbá e Gomes, quando por ali passou o dr. Leovegildo de Amorim Filgueiras, juiz municipal e delegado do Termo, acompanhado de outros para effectuarem uma medição de terás.
Sciente de tudo, a dita autoridade poz a força publica em movimento para a captura do bandido, cujo paradeiro haviam de descobrir pelos vestígios de sangue, deixados na estrada e no mato.
Quando o desanimo já começava a invadir aquelle troço de homens ávidos pela prisão do malvado crioulo, surgiu entre elles uma lembrança providencial.
Benedicto da Tapera, suspeitado como um de seus confidentes e intermediários, havia de lhes dizer qualquer cousa.
Sem demora seguiram para a casa do mesmo e gratificaram-n’o, ameaçando-o ao mesmo tempo de matal-o se não disesse onde estava Lucas.
Nestas condições, Benedicto confessou o paradeiro do salteador.
Na manha do dia 28 de Janeiro, o bandido, que tanto aterrorisou as populações daquella zona no período de vinte annos, estava entregue á justiça para responder por tantos crimes que praticara.
Condemnado à força pelo tribunal do Jury que se reuniu a 1º de Março do mesmo anno, foi executado a 26 de Setembro de 1849, no Campo do Gado, em presença de uma multidão que exultava pelo goso da tranqüilidade aspirada com o desapparecimento do bandido que a ameaçara por tantos annos.
Às 10 horas da manhã, daquelle dia, foi o salteador retirado da prisão e revestido de uma túnica branca.
Posto o baraço ao pescoço, em cuja extremidade segurava o carrasco, começou a percorrer as ruas da Feira, ladeado por dois franciscanos e o vigário da Freguezia padre José Tavares da Silva, e acompanhado das autoridades locaes, força publica e enorme massa popular da villa e de muitos logares que viera para esse fim.
De espaço a espaço paravam, os franciscanos resavam, os sinos dobravam e o official de justiça Marcellino Marques da Silva apregoava em altas vozes a morte do condemnado.
Ao meio dia chegou o cortejo fúnebre ao Campo do Gado, lugar em que estava armado o instrumento do supplicio.
Guindado ao plano superior da força, acompanhado de seu carrasco, Joaquim Correia, rapaz branco de 20 annos de edade, que espontaneamente se offerecera para aquelle reprovável mister, por ter o réprobo assassinado barbaramente seu pai Francisco Correia, elle, Lucas, acenando com a mão que lhe restava, pois a outra tinha sido operada em conseqüência dos tiros recebidos quando foi preso, disse: “Espere!”
Divagou o olhar acovardado por aquella multidão, e com voz fraca e arrastada declinou estas ultimas palavras:
“Sei que muitos dentre vós estão contentes de me verem assim acabar; eu peço perdão a Deus e a todos que perdoem”.
Dito isto o carrasco atira-o ao espaço: desce pela corda; arrima-se aos hombro do condemnado e mantém-lhe a bocca fechada. Os membros do suppliciado controhem-se, seguindo-se a mieção e o exhalar do ultimo suspiro.
Morto! Foi o brado uniforme, abafado e fúnebre sahido dos lábios da multidão.
Effectivamente o condemnado tornara-se cadáver; a Feira exaltava pela volta de sua tranqüilidade; a justiça desafrontara-se, e a sociedade; quanto a nós que escrevemos estas linhas desapaixonadamente, devia ter se enlutado por esse assassinato cobarde praticado na pessoa de um facínora, é verdade, mas no entanto criminoso porque a sociedade não soube educal-o.
Entusiasmo pelo Teatro Virtual
Maquete do Museu Parque do Saber
Divulgação
Open Door da Catho
Não vejo filme em cópia pirata
Lembrança de Egberto Costa
Está na lembrança de todos, o homem democrata, íntegro, organizado, sensível, tolerante e trabalhador que ele era. Como jornalista tinha uma escrita firme e decidida, tendo desempenhado relevante papel nos meios de comunicação. Quando morreu, era secretário de Comunicação Social do governo José Ronaldo de Carvalho, desde 1º de janeiro de 2001.
Egberto nasceu em Tanquinho, em 1945. Filho de Manoel Ribeiro Costa (falecido) e Bernadete Tavares Costa. Formado em Licenciatura em Estudos Sociais, pela então Faculdade Estadual de Educação de Feira de Santana, precursora da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs). Como professor, ele ministrou aulas de História, Geografia e Estudos Sociais no Colégio Estadual e no Colégio Estadual Agostinho Fróes da Motta.
Como jornalista, ele foi fundador, superintendente e editor do “Feira Hoje”, tendo trabalhado como repórter no “Diário de Notícias”, sendo redator do jornal “Situação”, correspondentes dos jornais “IC Shopping News” e “Tribuna da Bahia”, editor da revista “Panorama da Bahia” e da “Gazeta Feirense”, também das publicações “Rodentada”, “Endogastro Científico” e “Folha Cultural”.
No rádio, foi noticiarista da Cultura AM e Antares FM, emissora onde manteve por vários anos o programa “Um Minuto Com Egberto Costa”, de opinião. Egberto Costa foi também chefe da Assessoria de Comunicação (Ascom) da Câmara Municipal, assessor de imprensa do Clube de Campo Cajueiro, Colégio Leonardo Da Vinci e Estação da Música. Egberto Costa foi ainda assessor do então deputado estadual José Ronaldo.
Editou os livros “50 Anos de Rotary Clube de Feira de Santana”, em 1991, “Memória Fotográfica de Feira de Santana”, da Fundação Cultural de Feira de Santana, em 1994, e “Caminhando & Servindo”, em 2001. Era sócio do Rotary Clube de Feira de Santana, tendo exercido sua presidência no ano rotário 1983-1984.
Na juventude fez teatro amador e manteve coluna em jornais sobre as artes cênicas. Fundou o Banco de Olhos de Feira de Santana e a Fundação Comendador Jonathas Telles de Carvalho. Foi componente do Conselho Permanente dos Jogos Abertos do Interior, diretor do Clube de Campo Cajueiro, diretor executivo da Associação Feirense de Assistência Social (Afas).
Homenagens póstumas foram prestadas em memória de Egberto. O prefeito José Ronaldo decretou praça no conjunto Wilson Falcão e biblioteca no Ginásio Municipal Joselito Amorim com seu nome, enquanto o presidente da Câmara Antônio Carlos Coelho batizou as instalações da Ascom de Sala Jornalista Egberto Costa. Mas a maior homenagem é a nominação da Fundação Cultural Municipal.
LIVRO
Na Sala José Ronaldo de Carvalho do Casarão Fróes da Mota, foi lançado o livro “Estrada do Tempo”, uma coletânea de textos de Egberto Costa, organizada pela jornalista Madalena de Jesus. Projeto idealizado pela jornalista Madalena de Jesus e pelo secretário de Planejamento e diretor da Fundação Senhor dos Passos, Carlos Brito, o livro traz o selo do Núcleo de Preservação da Memória Feirense se constitui em mais uma homenagem póstuma a Egberto Costa, um dos mais destacados profissionais de comunicação de Feira de Santana.
O EGD, psiquiatra e escritor Carlos Kruschewsky, disse que “Estrada do Tempo” registra “a memória de um homem admirável: jornalista por vocação, rotariano pelo desejo de servir, amigo pela capacidade de ser bom”. Em um discurso impregnado de afeto, o palestrante convidado defendeu a necessidade de proclamar o imenso valor de Egberto Costa “para que Feira de Santana e a Bahia possam conhecer este admirável ser humano”.Carlos Kruschewsky lembrou que a sua amizade com Egberto começou em uma igreja, junto ao Cristo e se tornou indissolúvel. Por isso, ela disse acreditar que se a vida o vento toma, como sugere o poeta Fernando Pessoa, o amor fica e nada arranca, como afirma Egberto em um de seus textos. Kruschewsky falou ainda da trajetória de vida de Egberto, frisando que por tudo o que ele viveu e ensinou aos que compartilharam de seu convívio, “sua lembrança é maior que sua ausência e sua amizade mais forte que sua partida”.
segunda-feira, 24 de setembro de 2007
Descalabro
Hospital Dom Pedro de Alcântara conta com centro cardiológico
Segundo o médico Luiz Cláudio Sampaio, presidente do Instituto de Cardiologia do Nordeste da Bahia (ICNB), o hospital está preparado para tratar de todas as patologias cardíacas. “Estamos inaugurando a primeira etapa, com uma máquina para fazer cateterismo, uma UTI com doze leitos, apartamentos individuais e enfermarias com dois leitos. Já a partir de primeiro de outubro passará a funcionar o setor de emergência cardiológica, com seis leitos de observação”.
A partir de janeiro será iniciada a construção da segunda etapa, que terá mais três salas de cirurgia, uma unidade coronariana e um setor para diagnósticos através de exames não invasivos. Segundo Luiz Cláudio o investimento inicial ultrapassa a um milhão de reais, e até o final da construção das três etapas previstas, o que deverá acontecer dentro de um ano, o investimento atingirá a casa dos cinco milhões de reais.
Inicialmente o setor contará com quatro médicos, sendo que cerca de 50 pessoas trabalham no setor, entre médicos, enfermeiros e pessoal de apoio. É válido salientar que 90 por cento do quadro é formado por pessoas de Feira de Santana.
O setor já realizou os primeiros procedimentos em cateterismo e dentro de um mês já estará realizando cirurgias cardíacas. Os diretores do Instituto estão buscando o credenciamento por parte do Sistema Único de Saúde (SUS) e, por enquanto, os procedimentos estão sendo feitos graças à Secretaria Municipal de Saúde, que está autorizando os serviços com verba oriunda da gestão plena em saúde.
“Nós estamos esperando que o governo federal e o governo estadual nos credenciem a fazer os procedimentos de alta complexidade em cardiologia”, declarou Luiz Cláudio, acrescentando que também está negociando com a Unimed, a União Médica e diversos outros planos de saúde.
O contrato com a Santa Casa tem validade de dez anos, podendo ser renovado por mais dez. Porém, de acordo com o previsto em contrato, findos os primeiros dez anos, o patrimônio agora construído será integrado ao patrimônio da Santa Casa de Misericórdia de Feira de Santana.
Manipulação de informação
Texto de Jairo Cedraz
Enquanto isto, os negros, que constituem o grosso da maioria da população, continuam sem os benefícios da educação, da saúde, da habitação e do saneamento básico e marginalizados do processo econômico e social. Comunidades de negros remanescentes dos escravos continuam “esquecidas”, à espera de demarcação de suas terras, ou conhecidas como as mais pobres do País, a exemplo da comunidade de Morrinhos, vítimas de cobertores e vestes usadas e eternas cestas, que nem básicas são mais, irrisórias e vergonhosas, e, agora, bolsas ridículas, de tudo quanto é nome, que compõem o “marketing político” de Fernando Henrique Cardoso e seus aliados.
158 anos do enforcamento de Lucas da Feira
Ele juntou grupos compostos por mais de trinta homens, entre negros e mulatos fugitivos, e passou a aterrorizar grandes trechos da Bahia, assaltando propriedades, surrando e matando fazendeiros brancos, deixando as estradas vazias.
domingo, 23 de setembro de 2007
Atitude a ser lembrada
Mídia inimiga
Premiação do Vozes da Terra
sábado, 22 de setembro de 2007
Arrasando o que existe
Denúncia vazia
O kit Fidel-Chávez
Em todas as modernas democracias existe uma esquerda democrática e uma direita democrática que se revezam no exercício do poder. Essas sociedades estabeleceram um largo consenso sobre o valor das suas instituições e não se expõem ao risco de confiá-las aos extremistas totalitários. Nesses países, periodicamente, ao sabor das conjunturas, as políticas de curto prazo são confiadas a um dos lados do leque ideológico sem perda da continuidade e da normalidade. Sem saltos nem sobressaltos. Sem demasias nem arroubos populistas. Ou seja, sem nada daquilo que alimenta o claudicante carburador da política brasileira.
Abrindo um parêntesis. Os Estados Unidos são a única dessas democracias que adota um sistema político no qual o chefe de Estado acumula a chefia do governo e é eleito diretamente. Assim, à medida que a sociedade norte-americana foi se urbanizando e massificando, sumiram os estadistas e os Estados Unidos passaram a conviver com as péssimas conseqüências desse sistema, transformando o país num sorvedouro dos recursos mundiais, mediante um padrão de consumo social e de gasto público muito superior à riqueza lá gerada. A crise que, nestes dias, acendeu luzes vermelhas nos painéis da economia do planeta, tem causas no presidencialismo e não no capitalismo. Fechando o parêntesis.
Voltemos ao ponto. Como distinguir a esquerda democrática da esquerda não democrática, numa conjuntura como a brasileira, em que boa parte delas anda de mãos dadas? Qual o teste de laboratório, qual o reagente que podemos utilizar para classificar adequadamente uma e outra? O kit é bem simples e tem custo zero: basta saber o que dizem, em público, sobre Fidel Castro e Hugo Chávez. O teste é definitivo e exato. Mas tem que ser aplicado em público.
Na hora da aplicação do teste, seja no rádio, na tevê, ou no texto escrito, a esquerda não democrática sairá em explícita defesa de ambos, ou se disfarçará. Alegará realizações. Apontará avanços sociais. Denunciará os adversários. Desdobrar-se-á em explicações para o inexplicável. Noutras palavras: para ela, os fins, ainda que presentes apenas nos discursos, justificam os meios. Estará concluído o teste. Identificado o totalitarismo explícito. Já o totalitarismo disfarçado ficará meio constrangido. Ele sabe que não é fácil defender uma tirania como a instalada em Cuba ou o comportamento de Chávez para implantar o comunismo e seu domínio na Venezuela. Mas sabe, também, que a patrulha interna está atenta e que toda crítica aos dois líderes vai provocar conseqüências a quem as formular. Como sairá dessa sinuca? Prensada por ambos os lados, ela balbuciará alguma discreta restrição ao comportamento dos dois e, de imediato, pagará o indispensável pedágio, atacando com toda a energia Bush, o capitalismo, os nossos governos militares e por aí afora.
Acabou o teste. Portanto, se alguém quiser saber qual a importância política de Fidel e Chávez para o Brasil, saiba que ela está no fato de fornecerem este kit reagente capaz de distinguir os democratas dos totalitários explícitos ou enrustidos. Fidel e Chávez são o kit para diagnóstico dos falsos democratas.
Para eles, o que importa é o fim, mesmo que esse fim jamais tenha, na história, emergido uma polegada acima do nível dos discursos. O totalitário determinou os fins da política e os caminhos para chegar lá, custe o que custar. “Socialismo o muerte!” -, leve o tempo que levar, morram quantos precisarem morrer. Já para o democrata, a política é um processo desenvolvido sob regras que visam a preservar valores significativos e irrenunciáveis. O fim é o processo em si mesmo, e a sociedade, através dele, livremente, pela ação dos indivíduos, vai traçando seus caminhos.
Políticos presentes
Cultura em tempos politicamente corretos 2 - Considerações sobre o racismo
Maristela Ribeiro em Itaparica
Entrevista com Nico
Feira entra no futuro com Teatro Virtual
Primeiro a ser instalado na América do Sul e sexto no mundo, o Teatro Virtual não tem similares nas áreas de cultura, ciência, turismo, lazer, descobertas, aventura, que tem como objetivo principal transmitir conhecimento, pelos fins educacionais e recreativos propostos.
Coube ao diretor presidente da Fundação Cultural Egberto Costa, Augusto Cezar Orrico, fazer a explanação sobre o Teatro Virtual, com suporte de multimídias, dando um visão do passeio pelo universo do conhecimento que vai ser proporcionado.