"O
Processo de Cassação da Rádio Cultura"
tem
lançamento em 13 de julho
A Fundação Municipal Egberto Costa está convidando
para o lançamento do livro "O
Processo de Cassação da Rádio Cultura", organizado pelo jornalista e memorialista
Dimas Oliveira. O local do evento será a Biblioteca Municipal Arnold Silva, na
sexta-feira, 13 de julho, às 19h30.
A data lembra os 44 anos em que foi levada ao
ar - em 1974 -
a entrevista do então deputado
federal Francisco Pinto, feita pelo radialista Lucílio Bastos, quando o
parlamentar reiterou críticas ao presidente do Chile general Augusto Pinochet,
presente em Brasília para a posse do presidente Ernesto Geisel. As palavras
foram consideradas ofensivas ao chefe-de-estado de nação estrangeira.
O diretor presidente da Fundação, Antônio Carlos Daltro Coelho, considera "importante o resgate da memória do episódio político". Coelho é citado no livro, pois foi um dos poucos feirenses que visitou Chico Pinto na prisão. Na época, ele era vereador.
O diretor presidente da Fundação, Antônio Carlos Daltro Coelho, considera "importante o resgate da memória do episódio político". Coelho é citado no livro, pois foi um dos poucos feirenses que visitou Chico Pinto na prisão. Na época, ele era vereador.
O livro é uma edição do Núcleo de Preservação da
Memória Feirense, órgão da Fundação Senhor dos Passos, do qual Dimas Oliveira é
integrante. Tem apoio de empresas feirenses. A impressão é da Samp Gráfica Editora.
"O Processo de Cassação da Rádio Cultura" é uma compilação das peças
do processo que resultou no fechamento da Rádio Cultura de Feira de Santana,
que teve seu funcionamento cassado em março de 1975. A emissora foi reaberta
dez anos depois, em julho de 1985.
O que motivou o fechamento da emissora, após
suspensão de 15 dias, foi entrevista do então deputado federal Francisco Pinto,
feita pelo radialista Lucílio Bastos
A fala de Pinto virou peça do processo contra ele,
movido pelo ministro da Justiça Armando Falcão, baseado na Lei de Segurança
Nacional.
A publicação trata sobre Francisco Pinto ter
cumprido seis meses de prisão especial no quartel do 1º Batalhão de Polícia
Militar de Brasília e sobre as inúmeras visitas que recebeu mais a greve de
fome que fez.
A obra é resultado de pesquisa feita a partir de
material disponível no Arquivo Nacional, instituição que é responsável pela
preservação e difusão de documentos da administração pública federal. Também
são reproduzidos registros da imprensa sobre o episódio histórico. Reproduções
de fotos e fac-símiles integram galeria de imagens.
Como é dito na apresentação do livro, feita por
Thomas Oliveira: "Os próprios fatos que compõem o livro falam por si. Não
existe tomada de posição do organizador, que tão somente traz à luz documentos
que estiveram como confidenciais, secretos e sigilosos".
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