Por Raul Monteiro
Com uma candidatura ao governo ainda por
consolidar, segundo as primeiras pesquisas de opinião sobre a sucessão
estadual, o pré-candidato do Democratas, José Ronaldo, tem feito algumas apostas para
poder alavancar seu nome que dependem, numa parte, dele mesmo, mas também de
circunstâncias de que não conseguirá ter controle no processo político. A
montagem de uma chapa com nomes que agreguem musculatura na opinião pública
assim como a criação de fatos políticos que possam projetá-lo para além do que
construiu de imagem até agora no eleitorado são algumas alternativas.
A mais forte delas, no entanto, parece ser o grau de articulação que terá com um eventual nome nacional que poderá puxá-lo na corrida sucessória. É fato que tanto o Democratas, partido de Ronaldo, quanto o PSDB, segunda sigla mais importante da coligação que lhe dá suporte, não conseguiram até agora convencer ninguém de que seus respectivos representantes, Rodrigo Maia (RJ), presidente da Câmara dos Deputados, e Geraldo Alckmin, ex-governador de São Paulo, um veterano em disputas presidenciais, vão assumir a liderança das intenções de voto à Presidência.
Por este motivo, os estrategistas do pré-candidato do Democratas ao Governo da Bahia já decidiram que ele deverá manter seu palanque no Estado aberto a todas as candidaturas presidenciais de legendas que o apoiam. Trata-se de um senha sutil para uma eventual aproximação pública em momento oportuno com o pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro, do PSL, partido que fincou sua base no Estado em Feira de Santana, por meio de Daiane Pimentel, figura com que Ronaldo tem relações políticas antigas no município que, mais recentemente, governou por mandatos consecutivos até a renúncia que o colocou como candidato ao governo das oposições.
A união entre os dois - Ronaldo e Bolsonaro - não precisa ser oficializada agora. Mesmo porque, neste momento inicial de ajustes, só anteciparia o que todo candidato quer empurrar com a barriga até o ponto de não poder mais acontecer, que são as críticas que muitas vezes podem inviabilizar sonhos e projetos, ainda mais envolvendo um figura polêmica e de posições políticas inaceitáveis, como a da defesa da ditadura militar. Mas é certo que, se Bolsonaro se mantiver na liderança das intenções de voto para presidente, o flerte entre eles poderá virar compromisso sério, sobretudo se o presidenciável moderar o discurso de ultra-direita.
A perspectiva de entendimento entre os dois pode ser percebida mais de perto por ocasião de um evento em que Bolsonaro esteve em Salvador, há duas semanas, e foi saudado por seus apoiadores como apoteótico. Com toda a discrição, algumas pessoas ligadas a Ronaldo se envolveram diretamente na preparação e organização da festa, com o cuidado, no entanto, de manterem o candidato a governador distante da linha de frente do evento e - mais importante - de qualquer aparição pública com o candidato do PSL. A relação poderá sair do armário, no entanto, caso Bolsonaro se torne a única forma de puxar Ronaldo para cima.
Publicado na "Tribuna da Bahia", edição desta quinta-feira, 7.
A mais forte delas, no entanto, parece ser o grau de articulação que terá com um eventual nome nacional que poderá puxá-lo na corrida sucessória. É fato que tanto o Democratas, partido de Ronaldo, quanto o PSDB, segunda sigla mais importante da coligação que lhe dá suporte, não conseguiram até agora convencer ninguém de que seus respectivos representantes, Rodrigo Maia (RJ), presidente da Câmara dos Deputados, e Geraldo Alckmin, ex-governador de São Paulo, um veterano em disputas presidenciais, vão assumir a liderança das intenções de voto à Presidência.
Por este motivo, os estrategistas do pré-candidato do Democratas ao Governo da Bahia já decidiram que ele deverá manter seu palanque no Estado aberto a todas as candidaturas presidenciais de legendas que o apoiam. Trata-se de um senha sutil para uma eventual aproximação pública em momento oportuno com o pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro, do PSL, partido que fincou sua base no Estado em Feira de Santana, por meio de Daiane Pimentel, figura com que Ronaldo tem relações políticas antigas no município que, mais recentemente, governou por mandatos consecutivos até a renúncia que o colocou como candidato ao governo das oposições.
A união entre os dois - Ronaldo e Bolsonaro - não precisa ser oficializada agora. Mesmo porque, neste momento inicial de ajustes, só anteciparia o que todo candidato quer empurrar com a barriga até o ponto de não poder mais acontecer, que são as críticas que muitas vezes podem inviabilizar sonhos e projetos, ainda mais envolvendo um figura polêmica e de posições políticas inaceitáveis, como a da defesa da ditadura militar. Mas é certo que, se Bolsonaro se mantiver na liderança das intenções de voto para presidente, o flerte entre eles poderá virar compromisso sério, sobretudo se o presidenciável moderar o discurso de ultra-direita.
A perspectiva de entendimento entre os dois pode ser percebida mais de perto por ocasião de um evento em que Bolsonaro esteve em Salvador, há duas semanas, e foi saudado por seus apoiadores como apoteótico. Com toda a discrição, algumas pessoas ligadas a Ronaldo se envolveram diretamente na preparação e organização da festa, com o cuidado, no entanto, de manterem o candidato a governador distante da linha de frente do evento e - mais importante - de qualquer aparição pública com o candidato do PSL. A relação poderá sair do armário, no entanto, caso Bolsonaro se torne a única forma de puxar Ronaldo para cima.
Publicado na "Tribuna da Bahia", edição desta quinta-feira, 7.
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