Depois da determinação do juiz federal Sérgio Moro,
responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância, o
Banco Central bloqueou R$ 606.727,12 de contas bancárias do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT).
Além disso, houve sequestro e arresto de dois carros,
três apartamentos e um terreno, em São Bernardo do Campo-SP. O sequestro e o
arresto são medidas cautelares que evitam que o réu se desfaça de bens ou
valores que podem ser entregues à Justiça após decisão definitiva. No momento,
o ex-presidente pode usufruir dos bens. Quantos aos carros, ele não pode vender
ou repassar a outras pessoas.
Lula foi condenado a nove anos e seis meses de prisão
por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo da Lava Jato envolvendo
um triplex em Guarujá. A força-tarefa da Lava Jato acusou o ex-presidente de
receber o apartamento da construtora OAS como propina por contratos na
Petrobras.
O aviso do Banco Central a Moro sobre o bloqueio foi
feito na tarde de terça-feira, 18. O processo tramitava em segredo de Justiça.
A medida, de acordo com o juiz federal, pretende garantir "a reparação dos
danos decorrentes do crime".
Segundo Moro, ficou reconhecido que contrato entre o
Consórcio Conest/Rnest gerou cerca de R$ 16 milhões em vantagem indevida a
agentes do PT. Ainda conforme o juiz, dessa quantia, R$ 2.252.472 foram para o
ex-presidente por meio do apartamento triplex.
Dos R$ 16 milhões, o juiz descontou o valor do
triplex, dos três apartamentos, do terreno e dos dois carros e determinou que a
diferença fosse bloqueada de contas bancárias até o limite de R$ 10 milhões.
Bloqueio
O pedido de bloqueio foi feito pelo Ministério Público Federal (MPF), em outubro de 2016, antes da sentença que condenou o ex-presidente. O despacho em que Moro autorizou o bloqueio do dinheiro é de 14 de julho deste ano.
Bloqueio
O pedido de bloqueio foi feito pelo Ministério Público Federal (MPF), em outubro de 2016, antes da sentença que condenou o ex-presidente. O despacho em que Moro autorizou o bloqueio do dinheiro é de 14 de julho deste ano.
Os R$ 606.727,12 foram encontrados em quatro contas do ex-presidente:
- R$ 397.636,09 no Banco do Brasil;
- R$ 123.831,05 no Caixa Econômica Federal;
- R$ 63.702,54 no Bradesco;
- R$ 21.557,44 no Itaú.
O MPF chegou a pedir a constrição do veículo Ford
F1000, de 1984. Entretanto, Moro negou pela antiguidade do veículo.
Fonte: G1
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