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terça-feira, 25 de julho de 2017

Bandido cruel, Lucas da Feira vai ser lembrado por admiradores?

"Adeus Saco do Limão".
Feira de Santana vai lembrar os 168 anos do enforcamento de Lucas da Feira. Nem os que defendem Lucas da Feira fazem lobby para tal finalidade.
Em 25 de setembro de 1849 ele foi enforcado no Campo do Gado (hoje, praça D. Pedro II, a do Nordestino), aos 45 anos.

A maioria de Feira de Santana considera Lucas da Feira como um temível chefe de um bando, terror da cidade e região durante 20 anos, um cangaceiro, um bandido cruel, que não merece nem ser lembrado e sim ser esquecido para sempre. Como conta a história, ele acabou condenado à forca.
Pelos seus feitos criminosos, Lucas tornou-se personagem da literatura, até mitificado, como se fosse um Robin Hood sertanejo, que roubava dos ricos para dar aos pobres. Por ser negro, também virou símbolo de luta contra a escravidão.
Ele foi retratado em "Lucas, O Demônio Negro", romance folclórico de Sabino de Campos, em 1957, no "ACB de Lucas da Feira", cordel de Souza Velho, e em "Lucas, O Salteador", de Virgílio Martins Reis e Artur Cerqueira Lima. 
A maior obra - inclusive em tamanho - das artes plásticas feirenses é "O Flagelo de Lucas", tela pintada por Carlo Barbosa, que pertence ao Município e está emprestado ao Museu Regional de Arte, do Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca). 
O bandido Lucas da Feira nunca foi retratado no cinema brasileiro, que é tão afeito a personagens do cangaço e bem voltado para personagens marginais e bandidos. O cineasta feirense Olney São Paulo até que tinha projeto de fazer um filme sobre Lucas, mas morreu antes de concretizar o intento.
"Para findar o meu destino". 

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