"Adeus Saco do Limão".
Feira de Santana vai
lembrar os 168 anos do enforcamento de Lucas da Feira. Nem os que defendem
Lucas da Feira fazem lobby para tal finalidade.
Em 25 de setembro de 1849
ele foi enforcado no Campo do Gado (hoje, praça D. Pedro II, a do Nordestino),
aos 45 anos.
A maioria de Feira de
Santana considera Lucas da Feira como um temível chefe de um bando, terror da
cidade e região durante 20 anos, um cangaceiro, um bandido cruel, que não
merece nem ser lembrado e sim ser esquecido para sempre. Como conta a história,
ele acabou condenado à forca.
Pelos seus feitos criminosos, Lucas tornou-se
personagem da literatura, até mitificado, como se fosse um Robin Hood
sertanejo, que roubava dos ricos para dar aos pobres. Por ser negro, também
virou símbolo de luta contra a escravidão.
Ele foi retratado em "Lucas, O Demônio
Negro", romance folclórico de Sabino de Campos, em 1957, no "ACB de
Lucas da Feira", cordel de Souza Velho, e em "Lucas, O
Salteador", de Virgílio Martins Reis e Artur Cerqueira Lima.
A maior obra - inclusive em tamanho - das artes
plásticas feirenses é "O Flagelo de Lucas", tela pintada por Carlo Barbosa, que pertence ao
Município e está emprestado ao Museu Regional de Arte, do Centro Universitário
de Cultura e Arte (Cuca).
O bandido Lucas da Feira nunca foi retratado no
cinema brasileiro, que é tão afeito a personagens do cangaço e bem voltado para
personagens marginais e bandidos. O cineasta feirense Olney São Paulo até que
tinha projeto de fazer um filme sobre Lucas, mas morreu antes de concretizar o
intento.
"Para findar o meu destino".
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