Nos anos 60 do século
passado, época em que o cinema - principalmente o italiano e francês -
desenvolveu filmes em episódios (em segmentos, em "sketches"), geralmente
comédias com o erotismo permitido então. Eram assinados pelo mesmo diretor - grandes nomes - ou agrupando vários autores. Os filmes eram estrelados pelos
principais atores e atrizes europeus.
Mas, filmes em episódios já
eram feitos antes dos anos 60. Exemplos da comédia italiana "O Ouro de Nápoles" (L'Oro di
Napoli), de Vittorio de Sica, 1954, com o próprio de Sica e Sophia Loren e
Silvana Mangano no elenco. Com seis episódios: "Teresa", "Pizze e Credito", "Il
Professore", "Il Guapo", "Il Giocatori" e "Funeralino"; e da comédia
franco-italiana "Nossos Tempos" (Tempi Nostri), de Vittorio de Sica, Alessandro
Blasetti e Paul Paviot, 1954, com dez segmentos: "Don Conradino", "Gli Innamorati", "Casa d'Altri", "Scena
all'Aperto", "Il Pupo", "La Parade", "Mara", "Scusi, Ma...", "Il Bacio" e "La
Machina Fotografica". No elenco: Sophia Loren, Marcello Mastroianni, Lea
Padovani e Yves Montand.
O primeiro desses filmes que
assisti no cinema foi em 1965, no Cine Santanópolis: "Amores Célebres" (Amours
Célèbres), de Michel Boisrond, 1961, em três segmentos "Lauzun", com Dany Robin
e Jean-Paul Belmondo, "Jenny de Lacour", com Simone Signoret e Pierre Vaneck, "Agnes Bernauer", com Brigitte Bardot e Alain Delon, e "Les Comédiennes", com
Annie Girardot e Jean Desaily. Uma antologia de quatro histórias de amor com
pano de fundo histórico em co-produção Itália e França.
Ainda em 1965, a visão da
comédia franco-italiana em quatro segmentos "Boccaccio ‘70", 1962, de grandes
diretores: Vittorio de Sica com "La Riffa", com Sophia Loren, Federico Fellini
com "La Tentazione del Dottor Antonio", com Anita Ekberg, Mario Monicelli com "Renzo e Luciana", com Marisa Solinas, e Luchino Visconti, com "Il Lavoro", com
Romy Schneider.
Em 1966, a visão da comédia "As Maiores Vigarices do Mundo" (Les Plus Belles Escroqueries du Monde", 1964, com
quatro segmentos: "Les Cinq Bienfaiteurs de Fumiko", de Hiromichi Horikawa, com
Mie Hama, "l'Homme Qui Vendit la Tour Eiffel", de Claude Chabrol, com
Jean-Pierre Cassel e Catherine Deneuve, "La Rivière de Diamants", de Roman
Polanski, com Nicole Karen, e "Le Feuille de Route", de Ugo Gregoretti, com
Gabrielle Giorgelli.
Também em 1966, foi visto o
drama romântico "O Amor aos 20 Anos" (L'Amour à Vingt Ans), 1962, com segmentos
dos diretores François Truffaut (França), Marcel Olphus (Alemanha), Andrzej
Wajda (Polônia), Renzo Rossellini (Itália) e Shintaro Ishihara (Japão). No
elenco, Jean-Pierre Léaud, Marie-France Pisier e Eleonora Rossi Drago.
Outro filme visto em 1966
foi a comédia franco italiana "Ontem, Hoje Amanhã" (Ieri Oggi Domani), com três
segmentos dirigidos por Vittorio de Sica, todos com Sophia Loren em histórias
com diferentes mulheres (Adelina, Anna e Mara) e os homens que atraem, os três
interpretados por Marcello Mastroianni.
Em 1968, a vez de ver a
comédia franco italiana "Alta Infidelidade" (Alta Infidelità), 1964, com os
segmentos "Scandaloso", de Franco Rossi, com Nino Manfredi e Fulvia Franco, "Peccato nel Pommerigio", de Elio Petri, com Charles Aznavour e Claire Bloom, "La Sospirosa", de Luciano Salce, com Monica Vitti e Jean-Pierre Cassel, e "Gente Moderna", de Mario Monicelli, com Ugo Tognazzi e Michèle Mercier.
Em 1969, foi vista a comédia
franco-italiana "As Rainhas" (Le Fate), 1966, com quatro segmentos: "Fata
Elena", de Mauro Bolognini, com Raquel Welch, "Fata Armenia", de Mario
Monicelli, com Claudia Cardinale, "Fata Marta", de Antonio Pietrangeli, com
Capucine, e "Fata Sabina", de Luciano Salce, com Monica Vitti.
A comédia dramática franco-ítala-alemã “O Amor Através dos Séculos” (Le Plus Vieux Métier du Monde), 1967, vista em 1970, é uma coleção de esquetes sobre a prostituição - a mais velha profissão do mundo do título original - através dos tempos. São seis segmentos: "Era Pré-Histórica", de Franco Indovina, com Michéle Mercier, "As Noites Romanas", de Mauro Bolognini, com Elsa Martinelli, "Mademoiselle Mimi", de Philippe de Broca, com Jeanne Moreau, "A Bela Época", de Michael Pfleghar, com Raquel Welch, "Paris Hoje", de Claude-Autant Lara, com Nadia Gray, e "Antecipação: O Amor no Ano 2000", de Jean-Luc Godard, com Ana Karina.
Em 1971, a visão de um filme de segmentos que fugiu da comédia. O drama de horror e mistério "Histórias Extraordinárias" (Histoires Extraordinaires), 1968, com três esquetes: "William Wilson", de Louis Malle, com Brigitte Bardot e Alain Delon, "Toby Dammit", de Federico Fellini, com Terence Stamp, e "Metzengerstein", de Roger Vadim, com Jane Fonda de Peter Fonda. Produção ítalo-francesa.
Não-vistos
A comédia dramática franco-ítala-alemã “O Amor Através dos Séculos” (Le Plus Vieux Métier du Monde), 1967, vista em 1970, é uma coleção de esquetes sobre a prostituição - a mais velha profissão do mundo do título original - através dos tempos. São seis segmentos: "Era Pré-Histórica", de Franco Indovina, com Michéle Mercier, "As Noites Romanas", de Mauro Bolognini, com Elsa Martinelli, "Mademoiselle Mimi", de Philippe de Broca, com Jeanne Moreau, "A Bela Época", de Michael Pfleghar, com Raquel Welch, "Paris Hoje", de Claude-Autant Lara, com Nadia Gray, e "Antecipação: O Amor no Ano 2000", de Jean-Luc Godard, com Ana Karina.
Em 1971, a visão de um filme de segmentos que fugiu da comédia. O drama de horror e mistério "Histórias Extraordinárias" (Histoires Extraordinaires), 1968, com três esquetes: "William Wilson", de Louis Malle, com Brigitte Bardot e Alain Delon, "Toby Dammit", de Federico Fellini, com Terence Stamp, e "Metzengerstein", de Roger Vadim, com Jane Fonda de Peter Fonda. Produção ítalo-francesa.
Não-vistos
No mesmo gênero, a comédia franco-italiana "As
Parisienses" (Les Parisiennes), 1962, tem quatro segmentos: "Sophie", de Marc
Allégret, com Catherine Deneuve, "Françoise", de Claude Barma, com Françoise
Arnoul, "Antonia", de Michel Boisrond, com Dany Robin, e "Ella", de Jacques
Poitrenaud, com Dany Saval.
Do mesmo ano, 1962, a
comédia franco-italiana "Os Sete Pecados Capitais" (Les Sept Péches Capitaux),
com sete segmentos: "La Gourmandise", de Philippe de Broca, "L'Avarice",
de Claude Chabrol, "La Luxure", de Jacques Demy, "La Colère",
de Sylvain Dhomme, "La Paresse", de Jean-Luc Godard, "L'Envie",
de Édouard Molinaro, e "L'Orgueil", de Roger Vadim. No elenco, Marina Vlady, Micheline Presle, Marie-Jose Nat, Dany Saval,
Jean-Claude Brialy, Jean-Pierre Cassel.
Em 1964, a comédia italiana "A Minha Senhora" (La
Mia Signora), com Silvana Mangano e Alberto Sordi em cinco esquetes: "I Miei
Cari" e "Luciana", de Mauro Bolognini, "L'Uccelino" e "L'Automobile", de Tinto
Brass, e "Eritrea", de Luigi Comencini.
Em 1965, a princesa Soraya, segunda mulher do xá
Reza Pahlavi, atuou no cinema. Um dos seus filmes foi a comédia dramática
italiana "As Três Faces de uma Mulher" (I Tre Volti), atuando em três segmentos
como personagens diferentes: "Il Provino", de Michelangelo Antonioni, "Gli
Amanti Celebri", de Mauro Bolognini, e "Latin Lover", de Franco Indovina.
Também em 1965, a comédia romântica ítalo-francesa "As
Bonecas" (Le Bambole), com quatro segmentos que apresentam diferentes facetas
do estilo italiano de amar. São "Monsieur Cupido", de Mauro Bolognini, com Gina
Lollobrigida, "La Telefonata", de Dino Risi, com Virna Lisi, "Il Trattato di
Eugenetica", de Luigi Comencini, com Elke Sommer, e "La Minestra", de Franco
Rossi, como Monica Vitti.
Em 1967, a comédia ítalo-francesa "As Bruxas" (Le
Streghe), com cinco segmentos, todos interpretados por Silvana Mangano como
cinco mulheres diferentes. "La Strega Bruciata Viva", de Luchino Visconti, "La
Terra Vista dela Luna", de Pier Paolo Pasolini”, "Uma Sera Como le Autre", de
Vittorio de Sica, "Senso Civico", de Mauro Bolognini, e "La Siciliana", de
Franco Rossi.
Cinema
brasileiro
O cinema brasileiro também entrou na onda e
realizou filmes em episódios. Assisti a quatro deles.
Em 1966, "As Cariocas", com três histórias sobre
mulheres do Rio de Janeiro baseadas em Stanislau Ponte Preta, com direção de
Fernando Barros, Roberto Santos e Walter Hugo Khouri, com Norma Bengell, Lilian
Lemmertz e Jacqueline Myrna.
Também em 1966, "Crônica da Cidade Amada", de
Carlos Hugo Christensen, com 11 episódios, relatando situações inspirada na
vida carioca, baseado em nomes como os de Carlos Drummond de Andrade, Paulo
Mendes Campos, Fernando Sabino, Dinah Silveira de Queiroz, Orígenes Lessa. "Aparição", "O Índio", "O Mal Entendido", "Aventura Carioca", "Luiza", "O Pombo Enigmático", "O Homem Que Se Evadiu", "Um Pobre Morreu", "Agenda de Domingo", "A Morte do
Louro" e "Iniciada a Peleja".
Em 1967, a comédia criminal "Jogo Perigoso", em co-produção
com o México, foi filmada no Rio de
Janeiro e contou com elenco brasileiro nos dois episódios: "Divertimento", de
Luis Alcoriza, com Leila Diniz, e "HO", de Arturo Ripstein, com Annik Malvil e
Leonardo Villar.
Em 1970, a comédia "Adultério à Brasileira", de
Pedro Carlos Rovai, 1969, em três
episódios - "O Telhado", "A Assinatura" e "A Receita". No elenco, Marisa Urban,
Jacqueline Myrna e Barbara Fazio.
E, por tratar do cinema mexicano, o exemplo do drama romântico "Canastra dos Contos Mexicanos" (Canasta de Cuentos Mexicanos), de Julio Bracho, 1956, um filme dividido em três segmentos: "A Tigresa" (La Tigresa), com Arturo de Cordova e Lorraine Chanel, "Uma Solução Inesperada" (Una Solución Inesperada), com Pedro Armendáriz e Maria Felix, e "Canastra" (Canasta), com Jack Kelly e Mari Blanchard.
E, por tratar do cinema mexicano, o exemplo do drama romântico "Canastra dos Contos Mexicanos" (Canasta de Cuentos Mexicanos), de Julio Bracho, 1956, um filme dividido em três segmentos: "A Tigresa" (La Tigresa), com Arturo de Cordova e Lorraine Chanel, "Uma Solução Inesperada" (Una Solución Inesperada), com Pedro Armendáriz e Maria Felix, e "Canastra" (Canasta), com Jack Kelly e Mari Blanchard.
Devem existir outros títulos do gênero. Mas, esses são os lembrados pelos registros em meus cadernos de filmes assistidos e pesquisados no IMDb.
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