LUZ CEGA
Feira de Santana,
Penteaste meus
cabelos longos,
Com tuas mãos cegas.
O brilho oculto de
teus olhos,
Iluminou minha ilusão
de vida.
Foste, és e serás,
Eternamente,
Os nós de meus
cabelos finos.
Eternamente,
Os acordes no canto
do cancão.
Foste em mim o êxodo
da alma.
O caminho frente a
meu passado.
Origem real e
desespero.
Quanto gosto
De tuas mãos em meus
cabelos.
Feira de Santana,
Menina dos Olhos d'Água.
Banhaste em tua seiva
As dores de minhas
costelas.
Estrela em meu Norte
perdido.
Jamais encontrei meu
Equador.
Desatinado entre dois
trópicos,
Espero meu equinócio
final.
Mas, de fato,
O que importa é a
busca.
E até hoje busco,
Em teus olhos cegos,
O amor fecundo
Que me deste,
E que em mim secou.
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