Dois livros para enriquecer minha biblioteca. Ambos
recebidos do meu filho Thomas. Um pelo aniversário (atrasado pelo serviço atualmente
ruim dos Correios), outro adiantado, pelo Dia dos Pais. São publicações da
editora Estronho, do Paraná.
Um. "Casablanca: A
Criação de uma Obra-Prima Involuntária do Cinema", de Renzo Mora, que revisita os bastidores do
clássico “Casablanca”, que é considerado um dos melhores filmes de todos os
tempos.
Renzo Mora
é escritor e roteirista. Ele escreveu a biografia "Sinatra: O Homem e a Música" (2008)
e "3 Homens e Nenhum
Segredo" (2011),
também sobre Frank Sinatra.
No livro, Renzo Mora conta a história de "Casablanca", de
Michael Curtiz, desde sua concepção como peça de teatro nunca montada, até a
finalização de um filme que, inicialmente, seria apenas mais um na farta linha
de produção da Warner, mas que acabou consagrado na história.
"Casablanca" foi premiado com o Oscar de Melhor
Filme, Direção e Roteiro Adaptado. Foi indicado ainda em outras cinco
categorias.
Renzo Mora, que define o filme como "um glorioso acidente". "Existem filmes mais profundos,
mais artísticos e mais elaborados, sem duvida. E nem poderia ser diferente. A
história mostra que ‘Casablanca’ foi fruto de muito improviso e nenhum de seus participantes esperava
estar tomando parte de um clássico. Mas seu caráter de obra-prima acidental só
fortalece para mim sua condição de acontecimento especial, uma tempestade
perfeita que não deixa de nos comover desde sua estreia", conta.
Já comecei a ler.
Outro. "Era uma Vez no Spaghetti Western: O Estilo
de Sergio Leone", de Rodrigo Carreiro.
No começo dos anos 60, produtores europeus se lançaram à tarefa de
realizar westerns.
Durante quase duas décadas, realizadores da Itália, Espanha, França e Alemanha
lançaram 550 filmes dentro desse ciclo de produção, que ficou conhecido como spaghetti
western.
Críticos espinafraram as obras e seus diretores, mas isso não impediu que o subgênero se tornasse sucesso de público.
Críticos espinafraram as obras e seus diretores, mas isso não impediu que o subgênero se tornasse sucesso de público.
Um diretor foi o grande responsável por esse fenômeno. Sergio
Leone introduziu humor negro e ironia no gênero, representou os caubóis como
homens sujos e criou novas técnicas de representação imagética e sonora.
O livro de Rodrigo Carreiro examina todos os filmes de Leone,
analisando exaustivamente cenas importantes para encontrar e explicar os
padrões recorrentes de imagem, som e narrativa que constroem o estilo do
diretor.
O estudo aponta também a influência exercida pelos filmes dele na
gramática do cinema comercial contemporâneo, e defende a tese de que Sergio
Leone possui a mesma estatura de grandes renovadores da linguagem cinematográfica,
a exemplo de Jean-Luc Godard e Ingmar Bergman.
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