Por Augusto Nunes
Não há sinais de vida
inteligente na entrevista de Dilma Rousseff publicada pela Folha. A leitura das três páginas é a travessia de um
deserto de ideias, planos, projetos ou programas. Nessa terra desolada só
vicejam vigarices, platitudes, palavrórios sem pé nem cabeça e muita conversa
fiada. A aridez da paisagem é acentuada pela ausência de explicações,
justificativas ou meras atenuantes para as delinquências que colocaram a
declarante na mira do Tribunal de Contas da União, da Justiça Eleitoral e da
Operação Lava Jato.
Por falta de álibis a tripular,
Dilma embarca em fantasias de colegial. Uma delas é qualificar de "golpista" quem acha que os artigos do Código Penal e as normas constitucionais valem para
todos. A indistinta aplicação da lei não tem qualquer parentesco com golpismo.
Golpista é quem usa dinheiro roubado da Petrobras para financiar a própria
candidatura. Golpista é quem gasta o dinheiro que não tem e tenta esconder o
rombo com pedaladas fiscais. Golpista é quem promove bandido a ministro e ajuda
corruptos de estimação a escapar da cadeia.
Por ter sido submetida há quase 50
anos a sessões de tortura que os democratas de verdade sempre abominaram, a
mulher que desgoverna o país se concedeu o direito de passar o resto da vida
contando mentiras. Vai logo aprender que o que houve no passado não autoriza
ninguém a assassinar a verdade todo o tempo. Muito menos torturar o presente e
trucidar o futuro do Brasil.
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