Bahia contabiliza aumento de 75%
no número de
homicídios nos últimos dois anos
O Relatório Global sobre Homicídios 2013, lançado
mundialmente nesta quinta-feira pelo Escritório das Nações Unidas sobre
Drogas e Crime (UNODC), revelou que, somente em 2012, foram registrados 50.108
homicídios no Brasil, número equivalente a pouco mais dos 10% dos assassinatos
cometidos em todo o mundo, que foram 437 mil. De acordo com o documento, o
Brasil apresenta estabilidade no registro de homicídios dolosos, mas o País
ainda integra o segundo grupo de países mais violentos do mundo.
Segundo o relatório, o cenário de estabilidade no plano
nacional contrasta com as disparidades no nível subnacional. As taxas de
homicídio caíram nos Estados do Rio de Janeiro (29%) e São Paulo (11%), mas
cresceram no norte e nordeste, com destaque para a Paraíba, que registra um
aumento de 150%, e Bahia, que contabiliza um aumento de 75% no número de
homicídios nos últimos dois anos. O Estado de Pernambuco é uma exceção no
Nordeste, com queda de 38,1% na taxa global de homicídios.
No Brasil, apesar da grande maioria das vítimas de
homicídios serem do sexo masculino (90%), destaca-se no relatório o número
significativo de mulheres que são assassinadas pelos seus parceiros ou
familiares. O relatório conclui que muito precisa ser feito para prover os
Estados de capacidades para efetivamente prevenir, investigar, denunciar e
punir a violência doméstica e todas as formas de violência contra a
mulher.
O abuso de álcool e outras drogas, e a disponibilidade de
armas de fogo, são apontadas no estudo como determinantes nos padrões e
prevalência da violência letal. O relatório destaca que qualquer política
pública na área de prevenção aos homicídios apenas irá funcionar se os governos
conseguirem direcionar estas ações para as vítimas e agressores potenciais.
O relatório destaca as Unidades de Polícia Pacificadora
(UPPs) como uma iniciativa determinante para a redução dos índices de homicídio
em quase 80% no Rio de Janeiro entre 2008 e 2012. Em novembro de 2013, o estudo
contabilizou 34 unidades em operação em 226 comunidades, beneficiando mais de
1,5 milhão de pessoas.
Fonte: Terra
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