Tuna Espinheira com Dimas Oliveira, Juraci Dórea e o produtor Wiltonauar Moura1. Juraci Dórea é o personagem do documentário
1. Juraci Dórea é opersonagem do documentário
2. Tuna Espinheira com Dimas Oliveira, Juraci Dórea e o produtor Wiltonauar Moura
Fotos: Divulgação
2. Tuna Espinheira com Dimas Oliveira, Juraci Dórea e o produtor Wiltonauar Moura
Fotos: Divulgação
Na noite de terça-feira, 15, às 20 horas, no Centro de
Cultura Amélio Amorim, o lançamento em Feira de Santana, afinal, do
documentário "O Imaginário de Juraci Dórea no Sertão: Veredas", com
argumento e direção de Tuna Espinheira, filmado principalmente nesta cidade,
com tomadas no Campo do Gado e no campus da Universidade Estadual de Feira de
Santana (Uefs), onde foram plantadas esculturas do "Projeto Terra" do
artista plástico feirense.
"Este trabalho, cujo protagonista é um personagem da
história desta brava região", segundo Tuna, pretende mostrar o sertão
através do imaginário, inspirado no "Projeto Terra", que completa 30
anos de execução por Juraci Dórea. São “52 sertanejos minutos”, conta Tuna.
Aprovado pelo FSA/BRDE -
Prodavi, o filme foi rodado em Digital HD pela produtora Larty Mark. A produção
executiva é de Wiltonauar Moura e deverá também ser exibido pela TVE Bahia.
Tem apoio do governo Cidade Trabalho, através da Secretaria
de Cultura, Esporte e Lazer e Secretaria de Trabalho, Turismo e Desenvolvimento
Econômico.
O documentário "revisita os caminhos percorridos pelo
artista, registrando o que ainda existe, recuperando o que for possível e
colocando novas obras no trajeto entre Feira de Santana, Monte Santo, Canudos e
Raso da Catarina, colhendo depoimentos de pessoas e personagens de cada local
ao mesmo tempo em que promoveu o conhecimento da arte", conta Tuna
Espinheira. Além de Juraci Dórea ser o motivo do filme, a produção conta com
dois nomes feirenses na ficha técnica: Dimas Oliveira e Selma Soares.
Tuna Espinheira escreve sobre seu trabalho: "Era uma
vez o sertão que virou museu a céu aberto, ao sol, a chuva, ao tempo... foi,
precisamente desta maneira, que o artista, Juraci Dórea, arrumou seu matulão e,
fazendo às vezes do pregador bíblico, João Batista, adentrou as veredas do
sertão baiano, descortinando suas icônicas esculturas, de madeiras vestidas de
couro, com uma linguagem contemporânea, desconhecida naqueles ermos, bradando
no deserto. Logo/logo, viriam as exposições itinerantes, ciganas, de quadros de
pintura, com motivos populares. Um festão em cada lugar por onde passava. E
assim foi que, estas semeaduras de arte em léguas tiranas , no agreste, através
de documentações fotográficas, chegaram à mídia e o fazer do artista ganhou
botas de sete léguas e asas de albatroz e, invertendo a normalidade do
processo, saiu do assombroso museu a Deus dará, para os espaços emblemáticos
das Bienais, São Paulo, Veneza etc. E o Sertão virou mar... Nosso
filme/documentário, assim foi em busca de contar esta estória cuja gênese é o
distante 1982, tempo abissal, sobretudo para encontrar vestígios das esculturas
pioneiras, urdidas como arte efêmera, de vida curta. Juraci embarcou nesta
canoa, foi um dos mais indômitos membros da equipe, plantamos, de Feira de
Santana, passando por Monte Santo e Canudos, quatro novas e enormes esculturas,
conversamos com muita gente sertaneja... À mercê do calor da hora, fomos
colhendo material... O combustível necessário para que La Nave Vá... No próximo
dia 15, estaremos realizando o lançamento deste filme. Esperando que, daí em diante ele, o filme, possa caminhar
com as suas próprias pernas... Com as graças da corte celeste..."
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