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Pré-venda de ingressos - Orient CinePlace Boulevard

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28/11 a 04/12: 14 - 16h10 - 18h20 - 20h30 (Dublado)

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Hasta la vista



Estou saindo de férias com a Doralice a partir desta sexta-feira, 18. Participo de grupo com motivação espiritual formado pela Ide Viagens e Turismo, de Feira de Santana, com destino a Israel, passando pelos Emirados Árabes (Abu Dhabi e Dubai) e Jordânia (Amã). O alvo é subir à Jerusalém. Volto da excursão no dia 4 de maio. As férias vão até o dia 11. Até lá o Blog Demais estará ou não com postagens.

Feliz Páscoa!


"Jaques Wagner pede socorro ao exército para enfrentar a greve da PM que sempre defendeu quando estava na oposição"



Por Augusto Nunes
Em 1992, quando o PT estava na oposição do governo baiano, o deputado Jaques Wagner defendeu com bastante entusiasmo a paralisação da Polícia Militar da Bahia. Em 2012, como mostra o post reproduzido na seção Vale Reprise, o já governador mudou de ideia. Nesta semana, às voltas com mais uma greve da PM baiana, pediu socorro ao exército para enfrentar o movimento que considera "político".
Fonte: "Direto ao Ponto"

"Vapt-vupt"



Após bravatas ameaçadoras do governador Jaques Wagner (PT-BA), saques e 39 homicídios, a PM voltou às ruas em Salvador, recordista no ranking de beneficiários do Bolsa Família no país.
Fonte: Cláudio Humberto

Deu em Claudio Humberto


quinta-feira, 17 de abril de 2014

"García Máquez: outro homem de gênio que era um idiota"



Por Reinaldo Azevedo
Lá vou eu procurar sarna para me coçar, não é?, mas por que não? Morreu Gabriel García Márquez, ao 86 anos. Foi um escritor de extraordinário e genuíno talento. O justamente celebrado "Cem Anos de Solidão" será sempre um grande romance, sem chance, acho para revisões. Era também um contista formidável. Os textos reunidos em "A Incrível e Triste História de Cândida Erêndira e Sua Avó Desalmada" o colocam entre os mestres do gênero. García Márquez conseguiu, como ninguém, traduzir em palavras a cor local da América espanhola - que não é a nossa, leitor amigo, porque gongórica, mística, assaltada por fantasmas de culturas remanescentes esmagadas pela colonização, mas muito presentes no imaginário cotidiano.
Tinha uma outra qualidade sem a qual este conservador que escreve não vê a possibilidade de um romance ou de um conto vir à luz: sabia contar uma história que sempre se projetava além das irresoluções e chiliques do eu-narrador, como virou moda hoje em dia. Gabriel García Márquez dominava plenamente seu ofício e brincava com as palavras. Sua literatura tinha cor, tinha cheiro, tinha gosto. Reinventou o realismo mágico e criou um estilo. É muito mais do que pode ambicionar um grande escritor. Tinha uma outra virtude: não era, e sabia que não era, um pensador. Sua literatura nunca é sentenciosa ou programática. E, por isso, eu o aplaudo.
Mas vaio também. O escritor genial era um idiota político, e não é possível negligenciar esse aspecto de sua persona pública. Amigo pessoal de Fidel Castro, cujos crimes defendeu de modo incondicional, García Márquez flertou com a teses mais estúpidas sobre a América Latina, quando não as endossou. Estou entre os que advogam a independência do território da arte. O gigantesco poeta americano Ezra Pound não deve ser lido - já escrevi isto algumas vezes - em razão de sua simpatia pelo fascismo, o que lhe rendeu a prisão numa espécie de manicômio. Céline era um grande escritor e um antissemita asqueroso. O russo Máximo Gorki, talentosíssimo, visitava, acreditem, em companhia do tirano Stálin, campos de trabalhos forçados - que é o nome que os campos de concentração receberam na União Soviética. Pior do que isso: beneficiava-se da intimidade com o poder. Tinha à sua disposição uma fabulosa "datcha" - a casa de campo para passar o Verão e a Primavera - que lhe proporcionava o regime. Era tal a sua intimidade com o poder que ele próprio virou nome de uma "Datcha", que servia aos regalos da burocracia soviética.
Como Gorki pôde ser tão estúpido? Como é que Pound não percebeu a natureza do fascismo? Por que Céline não se dava conta da indignidade essencial do antissemitismo? Vamos morrer sem ter essas respostas. No fim das contas, não aceitamos a ideia de que uma pessoa de gênio na sua arte, seja ela qual for, possa estar estupidamente errada sobre um porção de coisas. O gênio artístico não obriga ninguém a fazer as escolhas morais razoáveis. Boas pessoas podem ser terrivelmente estúpidas. E canalhas podem ser gênios insuperáveis.
É difícil conviver com isso. Ofende o nosso senso de decoro.
Fonte: "Blog Reinaldo Azevedo"

Morre Gabriel García Márquez

Morreu nesta quinta-feira, 17, o escritor colombiano Gabriel García Márquez, aos 87 anos,
Considerado um dos mais importantes escritores do século 20 e um dos mais renomados autores latinos da história, Gabriel García Márquez nasceu em 6 de março de 1927, em Aracataca, na Colômbia.
O sucesso internacional veio principalmente após a publicação de seu romance mais famoso, "Cem Anos de Solidão", em 1967. A obra-prima vendeu, até hoje, mais de 50 milhões de exemplares. É considerado, ao lado de "Dom Quixote", de Miguel de Cervantes, um dos livros mais importantes da literatura em língua espanhola. Foi traduzido para 35 idiomas.
Entre seus títulos mais conhecidos estão ainda "A Incrível e Triste História de Cândida Eréndira e Sua Avó Desalmada", "Crônica de uma Morte Anunciada" e "O Amor nos Tempos do Cólera"
Gabriel García Márquez recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 1982 pelo conjunto de sua obra. Foi o primeiro colombiano e quarto latino-americano a receber o prêmio.

"Evento privado"



Por Lauro Jardim
O Itamaraty enviou uma nota às embaixadas sediadas em Brasília onde informou que a Copa do Mundo é um "evento privado".
Ou seja, o governo enfatiza que o pedido de convites e ingressos para os jogos para os chefes de Estado, ministros, embaixadores e diplomatas deverá ser feito junto às federações nacionais de futebol ou diretamente à Fifa.
Beleza, é um "evento privado", mas no qual o poder público gastou bilhões de reais…

Missa de 15 anos do Boulevard Shopping



Enviado por Nadinne Matos, gerente de Marketing 
do Boulevard Shopping

Brigaderia Boulevard: uma nova versão do chocolate para a Páscoa da garotada


Para comemorar a Páscoa deste ano, o Boulevard Shopping trouxe mais uma novidade deliciosa para Feira de Santana, A Brigaderia Boulevard. Um espaço repleto de brincadeiras, diversão e muito chocolate. Um espaço infantil, completamente gratuito, que funcionará no período até domingo, 20, na entrada E3.
Acompanhado por monitores, no cenário as crianças poderão assistir a desenhos e filmes na videoteca, compartilhar brinquedos na brinquedoteca, pintar, fazer paper toys de coelhinho, fazer maquiagem, usar orelhinhas de coelho e ainda participar das oficinas de personalização de brigadeiros.  As oficinas acontecem de segunda a sábado às 11, 15 e 19 horas e aos domingos às 15 e às 18 horas.
Ovos de Páscoa
Para deixar a sua páscoa ainda mais completa, as lojas da Cacau Show, Kopenhagen, Lojas Americanas e o Hiper Bompreço, localizados no Boulevard, tem uma infinidade de opções de ovos de páscoa para todos os gostos e idades.
(Com informações de Brenda Alves, da ComunicAtiva Associados)

Boa Páscoa!



Enviado por: rp@recordbahia.com.br

A charge de Amarildo


"Vargas diz que não renuncia mais e enfurece os petistas. Ora, por que não o expulsam, como o Democratas fez com Demóstenes Torres? Medo?"



Por Reinaldo Azevedo
E o ainda deputado federal André Vargas (PT-PR), hein? Avisou os companheiros do PT que decidiu renunciar à renúncia. Deixou muita gente furiosa. Vamos ver se vai conseguir segurar a decisão. Os petistas estão fazendo uma pressão danada para que ele caia fora de vez. Nesta quarta, ele formalizou apenas a renúncia à vice-presidência da Câmara e do Congresso, mas manifestou a intenção de manter o mandato. 
Já expliquei aqui ontem onde está o busílis da coisa. De fato, o parágrafo 4º do Artigo 55 da Constituição, aprovado por emenda em 1994, determina que a renúncia de um parlamentar não suspende o processo de cassação iniciado no Conselho de Ética. Ele terá de prosseguir até a sua conclusão. O que se queria com isso em 1994? Impedir o parlamentar enroscado em alguma falcatrua de esperar até a última hora e, certo de que seria cassado, renunciar para tentar voltar na eleição seguinte.
Com a Lei da Ficha Limpa, que torna inelegível por oito anos quem renunciar depois de aceito o processo no Conselho de Ética, esse tal parágrafo 4º perdeu razão de ser.
Mas está na Constituição, não é? E como é que fica se Vargas formalizar a renúncia? É o que o PT queria que ele fizesse. A questão certamente iria parar na Mesa da Câmara. O PT tinha a esperança de encurtar o processo. Não quer que esse negócio se arraste. O "caso Vargas" pegou; foi plenamente entendido pela opinião pública.
Vargas, no entanto, disse aos petistas que, se é para o processo continuar, então ele não renuncia e pronto! O Conselho de Ética, diga-se, ainda não conseguiu nem notificá-lo da abertura do processo. Como ele está licenciado, ninguém o encontra. Há, como informa a VEJA.com, uma verdadeira caçada do gato ao rato - em que o Conselho, obviamente, faz o papel do gato.
Vargas, que era um estrela ascendente no PT, virou uma fonte permanente de dor de cabeça. Na semana passada, andou fazendo ameaças nada veladas a algumas estrelas do partido. Agora, teria decidido permanecer no cargo. O PT tem a saída a que recorreu o Democratas, por exemplo, que expulsou do partido Demóstenes Torres - por um tempo, ele virou um senador sem partido.
Mas essa briga com Vargas os petistas não querem comprar. Ele prometeu reagir se isso acontecer. Tomara que reaja. Se falar o que sabe, poderá ao menos fazer algum bem ao país.
Fonte: "Blog Reinaldo Azevedo"

Piada pronta


Levi Vasconcelos no "Tempo Presente", em "A Tarde", desta quinta-feira, 17 "Não fosse trágico, seria piada pronta ouvir governistas dizendo que a greve da PM 'tem motivações políticas'.
Quantas por motivações similares o PT já fez?
Como diria o poeta, é a volta do cipó de aroeira no lombo de quem mandou dar."

"Baderneiro petista que hostilizou Joaquim Barbosa perde emprego público. Ele acusa o site de VEJA de 'mentir' - mas sua ação foi exibida em vídeo que ele mesmo distribuiu!"


Por Ricardo Setti
Amigas e amigos do blog, vejam só a notícia que acaba de sair no site do jornal Correio Braziliense:
"O assessor parlamentar da deputada federal Érika Kokay que hostilizou o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, na saída de um bar na Asa Sul, Rodrigo Grassi pediu exoneração do cargo.
Ao Correio, ele contou que tomou a decisão após o vídeo que ele postou na Internet ter sido usado como forma eleitoreira nas redes sociais para prejudicar a deputada.
Pilha, como é conhecido, vai se dedicar à militância e pode ainda abandonar o Partido dos Trabalhadores, qual é filiado desde a adolescência, para militar com isenção."
O baderneiro afirma, em nota que o jornal publica e que você poderá ler em seguida, que pede demissão do cargo de assessor da deputada Erika Kokay (PT-DF) em consequência de nota "mentirosa e covarde" publicada pelo site de VEJA - e reproduzida neste blog - no dia 10 passado.
Mentirosa e covarde como, cara-pálida? A nota mostra o que ocorreu - o baderneiro assediando aos gritos e xingamentos o presidente do Supremo Tribunal Federal, em vídeo que ele próprio distribuiu nas redes sociais.
Refresquemos a memória dele e dos leitores revendo o vídeo.
"Botando Joaquim FASCISTA Barbosa pra correr!"

http://youtu.be/9mlpV6Mq_4U

Fonte: Coluna do Ricardo Setti

A decadência dos "trailers"


Por André Setaro
A decadência do cinema contemporâneo se reflete também nos trailers, que se caracterizam por uma pulsação de imagens rápidas que não oferecem nenhuma possibilidade de contemplação. Falo dos trailers dos filmes oriundos da indústria cultural de Hollywood. A estética do videoclip, que tanto mal está a fazer ao espetáculo cinematográfico, está também inserida nos trailers.
Gostava muito de ver trailers e, muitas vezes, ficava para a outra sessão apenas para vê-los novamente (num tempo em que era permitido se ficar para quantas sessões se quisesse - o cinéfilo podia entrar duas da tarde e sair meia-noite depois da última sessão). A velocidade, que castiga sobremaneira a contemplação, leva tudo de roldão. Não há, no chamado cinemão, mais espaço para a reflexão e a contemplação, exceção se faça a alguns filmes privilegiados com a vida inteligente atrás das câmeras, a exemplo de Fausto, de Sukurov,  A Troca e Gran Torino, ambos de Clint Eastwood, Sangue Negro, de Paul Thomas Anderson, as fitas dos fratelli Coen, os filmes de Martin Scorsese, entre poucos. E os derradeiros Resnais
Mas estava a falar dos trailers. Antes do atual "tsunami" da "videoclipação", os trailers eram pensados como se fossem um curta-metragem e possuíam estilos, ritmos, e, em alguns casos, uma marca pessoal muito forte, como os trailers dos filmes de Alfred Hitchcock, que eram todos dirigidos por ele. O mestre aparecia a comentar, a fazer piadas, a anunciar o filme de maneira surpreendente e genial. Em Anatomia de um Crime, de Otto Preminger, este, que não trabalha no filme, aparece no tribunal vazio a chamar, um por um, os atores do filme. Na atualidade, porém, os trailers se descaracterizaram, e são praticamente todos iguais feitos pela "linha de montagem" dos estúdios, a perder, com isso, a originalidade que possuíam.
E por falar em trailers, é absolutamente insuportável a quantidade destes que algumas distribuidoras de DVDs colocam antes do filme propriamente dito. A finalidade, que seria a de promover os filmes, para mim surte efeito contrário. E dá trabalho avançar para não vê-los e cair diretamente no filme.
Mas o público pouco ou quase nada está a ligar para isso. Seria interessante se fazer uma mostra de como eram os trailers de antigamente para se ter uma idéia da engenhosidade com que eram feitos. O trailer original de Cidadão Kane, que pode ser encontrada no DVD distribuído pela Warner (o da Continental não deve ser visto, pois a cópia, como de hábito nesta distribuidora, é muito ruim), é muito original, e tem um microfone como condutor de sua realização. Aliás, "Kane", de Welles, é um filme bem radiofônico (Rogério Sganzerla aproveitaria o gancho em O Bandido da Luz Vermelha, que é um filme radiofônico sem deixar de ser extremamente cinematográfico).
Na época em que as imagens em movimento estavam restritas às salas exibidoras e, para vê-las, tinha-se que pagar um ingresso (hoje as imagens podem ser vistas em diversos suportes e a criança já nasce vendo a televisão ligada no quarto da maternidade), havia uma maior magia, um maior encantamento. Na época em que os cinemas tinham quase dois mil lugares, cortinas, e a abertura de uma sessão se fazia de forma pomposa, com gongos, luzes de variadas cores que se acendiam e apagavam, a cortina que se abria com cerimônia. Um programa cinematográfico, por exemplo, "circa 1960", comportava primeiro o cine-jornal de atualidades (Canal 100, Atualidades Atlântida, Herbert Richers etc), e, logo a seguir, dois “trailers” (não mais que isso). E as sessões eram sempre em horários certos: 14, 16, 18, 20 e 22 horas. Quando acontecia de o filme ter metragem maior: 14, 16.30, 19 e 21.30. Neste caso, para preencher o horário, além do cine-jornal e dos dois "trailers", havia um documentário chato (geralmente de I. Rozemberg, Primo Carbonari, entre outros). Havia também um cine-jornal estrangeiro, e quem ia ao cinema nos anos 50 e 60 deve estar lembrado das Atualidades Francesas, principalmente, e O Mundo em Notícia, de Günter Bohm.
Os cine-jornais desapareceram com o advento do jornalismo televisivo, porque, em tempos idos, quando as emissoras televisivas ainda não possuíam um jornalismo eficiente, a única maneira de se ver as celebridades e as personalidades da política e da sociedade era através das atualidades. Conhecia-se, por exemplo, os presidentes da República por elas. Havia, no final, sempre um jogo de futebol, que era apresentado um mês depois de sua realização.
Os trailers que vemos atualmente nos cinemas é um pálido reflexo daqueles do passado.

Juraci Dórea na 3ª Bienal da Bahia


Após uma lacuna de 46 anos, tempo decorrido desde o fechamento da 2ª Bienal de Artes Plásticas pelo regime militar, o Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA), junto com a Secretaria de Cultura do Estado, lançaram a 3ª Bienal da Bahia, que ocorrerá entre os dias 29 de maio e 7 de setembro deste ano.
Com uma programação que se estende por 100 dias, a  Bienal apresenta ao público exposições, ciclos de cinema, performances, atividades educativas e conversas públicas, envolvendo cerca de 150 artistas e 200 obras espalhadas por  Salvador e outras nove cidades do interior.
Indo além de um circuito artístico baseado apenas em exposições, a terceira edição marca o retorno da Bienal da Bahia com um importante resgate de sua história e memória, sem deixar de lado a necessidade de atualizar as intenções originais das primeiras edições do evento.
Construída em torno da questão "É tudo Nordeste?", a 3ª Bienal se debruça sobre a experiência cultural e histórica nordestina a partir de uma perspectiva baiana, abrindo novos canais de diálogo com o resto do Brasil e a cena artística mundial.
Destaque-se que a 3 ª Bienal da Bahia está sendo desenvolvida  por um  grupo de curadores de diferentes partes do Brasil e com experiência em grandes eventos nacionais e internacionais. Marcelo Rezende (escritor, crítico e diretor do MAM-BA), Ayrson Heráclito (artista visual e professor) e Ana Pato (pesquisadora e ex-diretora executiva da Associação Cultural Videobrasil) formam o conselho curatorial. A equipe se complementa com a presença de Fernando Oliva (crítico e pesquisador) e Alejandra Muñoz (professora e pesquisadora), curadores adjuntos.

O MAM e a Bienal

Desde março de 2013, o Museu de Arte Moderna da Bahia tem realizado uma série de encontros, palestras e atividades que proporcionam o debate sobre os modelos de Bienais existentes no Brasil e no mundo, ampliando a discussão sobre qual seria o formato mais propício para o cenário baiano atual. Com a proposta de fornecer um espaço para a discussão de plataformas e iniciativas que contribuam para a 3ª Bienal da Bahia, as ações reuniram diferentes públicos, que puderam compartilhar opiniões e conhecer um pouco mais sobre a história da arte mundial.
Uma dessas ações foi o projeto MAM Discute Bienal, que reuniu artistas, urbanistas, pesquisadores e professores, entre eles Alba e Chico Liberato, Alejandra Muñoz, Gaio, Lia Robatto, Luciana Vasconcelos, Ieda Oliveira , Juarez Paraíso, Juraci Dórea, Vauluízo Bezerra e Zé da Rocha. Cada encontro colocava em foco um tema diferente, sempre relacionado ao cenário artístico-cultural e à organização de uma Bienal.
Juraci Dórea
O arquiteto e artista feirense Juraci Dórea revelou que o maior desafio em criar a identidade visual da Bienal foi representar a Bahia. "A Bahia é múltipla, rica, não se resume a Salvador. Tive que voltar o olhar para dentro de mim. A escolha das peças foi o mais complicado", comenta.
Além de ter criado a identidade visual, Juraci Dórea vai realizar mais uma edição do "Projeto Terra" durante a Bienal. O objetivo é levar para o sertão baiano esculturas ou instalações de madeira e couro que dialoguem com o cotidiano desses locais. "É uma forma de devolver para aquelas pessoas da região a experiência que conduzia toda a minha vida", considera.
O artista já participou das Bienais de São Paulo (1986), Veneza (1988) e Havana (1989). A última expedição do Projeto Terra foi realizada por conta do filme documentário "O Imaginário de Juraci Dórea no Sertão: Veredas", de Tuna Espinheira, que também fará parte do circuito da Bienal.

"As mãos sujas de petróleo"


Por José Carlos Sepúlveda da Fonseca
A primeira foto que encabeça este post é da época em que Luiz Inácio Lula da Silva, embalado pela farsa das grandes descobertas de petróleo do pré-sal, proclamava a autossuficiência do Brasil em matéria petrolífera, usava e abusava do petróleo como arma publicitária e da Petrobras como máquina para a consecução de seu projeto ideológico de poder.
Suas mãos sujas de petróleo - imitando o gesto do populista Getúlio Vargas - tornaram-se um símbolo da imensa teia de corrupção com que o PT envolveu a empresa, outrora tão prestigiada nacional e internacionalmente por sua competência e eficiência tecnológica.
Na foto seguinte, vemos Lula assentar suas mãos sujas de petróleo no dorso de Dilma Rousseff. O gesto significava a passagem de testemunho à candidata que Lula alçaria ao poder; mas também a continuidade do aparelhamento da Petrobras, que o PT iniciara com o primeiro mandato de Lula.
Aparelhamento da Petrobras pelo PT
O País assiste, nestes dias, estupefato, ao desvelar dos esquemas de corrupção que minaram o prestígio e a credibilidade da Petrobras. No início de 2014 a dívida da Petrobrás elevou-se a 300 bilhões de reais, com negócios desastrosos - para dizer apenas isso - como a compra da refinaria de Pasadena, aprovada por Dilma quando presidia o Conselho de Administração da empresa. A autossuficiência em matéria de petróleo revelou-se uma mentira, já que o déficit da conta petróleo em 2013 foi de US$ 20,277 bilhões. Em reportagem, o jornal 'Financial Times' destacou a impressionante queda da Petrobras, que desceu no ranking das maiores empresas do mundo, do 12º para o 120º lugar.
Há onze anos a estrutura da Petrobras está sob controle do partido do governo, o PT. O aparelhamento político da empresa pelo partido e seus aliados de coligação, transformou a Petrobras num instrumento a serviço de um projeto político-ideológico, de conotação socialista e autoritária, lembrando, aliás, muito o modo pelo qual o caudilho Hugo Chávez utilizou a PDVSA (Petróleos de Venezuela S.A.) para o financiamento do seu "socialismo do século XXI".
Como bem comentou Eliane Cantanhêde, na 'Folha de S. Paulo' (15.abril.2014) "estava demorando, mas um dia ficaria clara uma das heranças malditas de Dilma: Lula tratava estatais e órgãos federais como se fossem dele, do PT e dos aliados" (Quem "fere" as nossas estatais?).
Consórcio criminoso - escândalo explosivo
A Petrobras não apenas financiou projetos do governo petista, mas nela se instalou uma imensa máquina de corrupção, que envolve inexplicados negócios bilionários.
A prisão de Paulo Roberto Costa, ex-executivo mais poderoso da empresa - que dirigiu a área de Abastecimento da Petrobras, o setor perfeito para gerir negócios bilionários - começa a trazer à tona o conteúdo explosivo de um escândalo, com um bilionário esquema de lavagem de dinheiro, que pode deixar o Mensalão para trás.
De acordo com a reportagem da revista 'Época', assinada por Diego Escosteguy e Marcelo Rocha, Paulo Roberto Costa "era bancado no cargo por um consórcio entre PT, PMDB e PP, com o aval direto do ex-presidente Lula, que o chamava de 'Paulinho'. Paulo Roberto Costa detém muitos dos segredos da República" (Ele não destruiu as provas..., 7.abril.2014).
Segundo as primeiras análises das agendas, planilhas e outros documentos apreendidos com o ex-executivo da Petrobras, "a Polícia Federal descobriu que Paulo Roberto, um doleiro, políticos e prestadores de serviços estão interligados em um consórcio criminoso montado para fraudar contratos na Petrobras, enriquecer seus membros e financiar políticos e partidos" (O objetivo é o caixa dois, Rodrigo Rangel e Hugo Marques, Veja, 16.abril.2014).
Distorções e mentiras
Não é meu objetivo traçar aqui as grandes linhas deste imenso esquema de corrupção.
O que me leva a escrever estas linhas é o impressionante grau de cinismo e o nível de mentiras a que o PT é capaz de submeter o Brasil. Hoje, ao abrir o jornal 'Folha de S. Paulo', um título choca: Oposição quer destruir Petrobras, diz Dilma. Na cerimônia de entrega dos dois navios petroleiros no porto de Suape (PE), a presidente afirmou que não assistiria "calada" à campanha negativa contra a Petrobras, classificou as suspeitas como fatos isolados e se disse comprometida a apurar com o máximo rigor as denúncias. A presidente parece esquecer-se que o governo tenta barrar a todo o custo a CPI da Petrobras; que as denúncias não são contra a Petrobras, mas contra os esquemas corruptos do PT e de seus aliados, enquistados na empresa; e que a Polícia Federal continua a executar dezenas de mandados de prisão.
Uma tal arrogância, um tal desaforo à verdade, fazem recordar as imensas máquinas de propaganda de regimes nazistas ou comunistas, em que a realidade era triturada impiedosamente, à semelhança dos opositores torturados nos campos de concentração.
Rodrigo Constantino escreveu um lúcido artigo no jornal 'O Globo' (15.abril.2014), intitulado A infiltração vermelha na Petrobras, cuja leitura recomendo aos leitores.
"A Petrobras, a maior empresa industrial do país, a que detém a maior soma de recursos, a que deveria dispor dos melhores técnicos, encontra-se hoje numa situação lastimável, reduzida à função de órgão atuante na comunização do Brasil. Seus índices técnicos e financeiros são, atualmente, dos mais baixos, e os escândalos se sucedem, sem que o governo se anime a dizer um 'Basta!' a esse estado de coisas.
O único diretor não comunista, [...] foi demitido por pressão dos sindicatos controlados pelos vermelhos. Era o único técnico na diretoria, seus serviços sempre foram considerados valiosíssimos, mas excomungado pelas forças da subversão, que com ele não contam, teve de dar lugar a outro, julgado mais dócil e cooperativo.
A diretoria não se reúne, os processos se acumulam, nada se resolve. Ou melhor, só se resolve aquilo que tem sentido político. Paga-se, por exemplo, rapidamente a divulgação de manifestos do CGT, alugam-se veículos para transportar figurantes em comícios políticos, custeia-se com o dinheiro do povo, a campanha de agitação e subversão.
Até quando persistirá tal panorama? Quando será a Nação satisfeita pela verificação de que o governo resolveu tomar uma atitude, expulsando da Petrobras aqueles que a transformaram num instrumento de sovietização do país e entregando a companhia a uma direção de técnicos apolíticos, que possam fazê-la progredir?"
Quem escreveu isso? Seria Jair Bolsonaro acusando o PT de utilizar a Petrobras como instrumento bolivariano? Seria Olavo de Carvalho com alguma "teoria conspiratória" sobre a infiltração comunista na maior empresa do país?
Nada disso. Trata-se do editorial do GLOBO, publicado em 7 de setembro de 1963, data adequada por representar o Dia da Pátria (espero que o jornal não se arrependa desse editorial também). Era um grito patriótico contra a infiltração comunista na estatal, sob a conivência do presidente João Goulart.
Reparem como o Brasil parece andar em círculos. Hoje, a Petrobras continua financiando uma "campanha de agitação e subversão", ao bancar os invasores do MST, por exemplo. Continua aparelhada politicamente, usada por petistas como propriedade particular. Petrodólares usados para disseminar o marxismo, enquanto o endividamento da empresa se avoluma por incompetência ou corrupção.
Alguns gostam de repetir, com ar de superioridade, que a Guerra Fria acabou, tentando, com isso, pintar anticomunistas como seres ultrapassados, gente parada no tempo. Há só um detalhe: tem que avisar aos próprios comunistas que a Guerra Fria não só acabou, como foi com a derrota dos comunistas!
Tem uma turma que ainda não sabe disso. E pior: essa turma está no poder! Basta ver a própria Venezuela, mergulhada em uma tragédia justamente porque insistiu no modelo socialista fracassado. Mas não é só lá. Aqui tem um pessoal bolivariano doido para transformar o Brasil em uma nova Cuba, o sonho (pesadelo) perdido na década de 1960. Se a PDVSA foi útil ao projeto de Chávez, a Petrobras é útil aos planos de perpetuação do PT no poder.
Como evidência de que os comunistas, infelizmente, ainda não desapareceram da cena política nacional, a deputada Luciana Santos, do PCdoB, encaminhou ao Congresso projeto de lei que cria o Fundo de Desenvolvimento da Mídia Independente. Só mesmo um comunista poderia falar em "mídia independente" criando uma total dependência dos recursos estatais!
Talvez esteja ficando escancarado demais financiar indiretamente a imprensa chapa-branca com recursos das estatais, e os vermelhos, ligados ao governo do PT, pretendam oficializar logo a criação de seu exército de "jornalistas" sustentados por nossos impostos. Essa coisa de imprensa independente é muito chata, fica expondo os infindáveis escândalos da Petrobras...
Para concluir, o editorial de 1963 diz: "Deveria o presidente João Goulart iniciar pela Petrobras a purificação de seu governo. Afaste, imediatamente, os diretores comunistas, faça voltar os técnicos, ponha a empresa à margem da política, e a decepção que ele vem causando ao povo brasileiro se transformará em novas esperanças. Ao mesmo tempo dará Sua Excelência à Nação - se assim proceder - uma cabal demonstração de seus propósitos, provando que deseja governar afastado dos extremos, cujo facciosismo tantos males vem causando ao Brasil."
José Carlos Sepúlveda da Fonseca edita o blog Radar da Mídia.
Fonte: "Mídia Sem Máscara"