Por Reinaldo Azevedo
Há
fotos que realmente valem por mil palavras, como se diz por aí, a exemplo
desta, de Daniel Teixeira, na primeira página do Estadão de hoje. Vejam.
Esse é
o povo (!) do "Movimento Passe Livre". Não são mesmo a cara da pobreza? Daqui a
pouco, essa gente ganha um quadro de humor no Zorra Total… Eles estavam num
bar, no centro de São Paulo, assistindo ao anúncio da redução da tarifa.
Como
são estudantes, pagam meia passagem. No fim do mês - e na hipótese de que andem
de ônibus -, economizarão R$ 4,40. Com esse dinheiro, não conseguem comprar
nenhuma das cervejas anunciadas na tabela. A mais barata custa R$ 5.
O
rapaz de camiseta branca segura na mão esquerda um iPhone. A que está em
primeiro plano também usa um smartphone com uma capinha descolada.
Era
uma quarta-feira gorda. Pelo visto, ninguém ali pega no batente, embora todos
já sejam bem maduros, não é? Vivem de quê?
Há
duas formas de uma pessoa brigar por uma causa: a necessidade e a convicção.
Necessidade, obviamente, eles não têm. Então são dotados de convicção. Por
convictos, embora não precisem daquilo, então devemos considerar que aderiram a
uma causa política, certo? E fazem, pois, política. Tratá-los como
representantes do povo e legítimos representantes de usuários é, antes de mais
nada, uma fraude jornalística.
Por Reinaldo Azevedo
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