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sábado, 15 de junho de 2013

"Imagens em Movimento: Os caubóis invadem o cinema"



Por Sylvio Rocha
Um homem é forçado a dançar no saloon por causa dos tiros disparados em seus pés. O bando de pistoleiros tenta escapar da frenética perseguição a cavalo. Sobre os vagões de um trem, um ladrão surra um dos funcionários da ferrovia e joga seu corpo nos trilhos. Todos esses clichês nasceram juntos, em 1903, com o filme The Great Train Robbery.
Armas, cavalos, trens e telégrafos, todos presentes nessa película, representam a velocidade que começava a pulsar no início do século XIX. O movimento, matéria-prima do cinema, tem na imagem do trem uma de suas sínteses: o primeiro foi filmado pelos irmãos Lumière em 1895, em A chegada do trem à cidade. Assustados, os espectadores corriam, imaginando que o trem sairia da tela e destroçaria a plateia.
The Great Train Robbery foi baseado num dos maiores assaltos a trens da história dos Estados Unidos. Aconteceu perto de Wilcox, no estado de Wyoming, e foi consumado por Robert Leroy Parker, o Butch Cassidy, e sua quadrilha. Esse foi o primeiro de muitos filmes inspirados nas ações da gangue Wild Bunch.
Influenciado pelo francês George Méliès, o pai do cinema, o diretor Edwin Stratton Porter provou com este filme - o primeiro western da história -, que a sétima arte poderia ser comercialmente viável nos Estados Unidos. É possível dizer que The Great Train Robbery teve na época o mesmo sucesso comercial de O Homem Aranha, de Christopher Nolan.
Feito sobretudo para entreter, o filme, entre outras coisas, provou que era possível contar uma história com coerência, que a montagem paralela (duas ações ocorrendo paralelamente em locais diferentes) poderia ser compreendida pelo público, que a câmera não precisaria ficar parada (como se fosse o espectador de uma peça teatral) e que era viável filmar em locação (fora de um estúdio). Na época, a maioria dos filmes mostrava imagens do cotidiano e cenas isoladas, chamadas "cenas de atualidade", com trabalhadores saindo das fábricas, um muro sendo destruído ou crianças comendo. Com o tempo, as inovações trazidas por The Great Train Robbery tornaram-se quase obrigatórias no cinema narrativo.
É preciso assistir ao filme com o distanciamento necessário: afinal, ele tem 110 anos. O cinema era uma novidade e as pessoas ainda estavam descobrindo que as imagens podiam se movimentar. Por isso, as cenas são longas, os personagens um tanto caricatos e a ação quase sempre só acontece no movimento dos atores. Nesta cópia, as explosões foram coloridas à mão, técnica já empregada em alguns filmes da época.
A cena final causava um certo desconforto, sustos ou risos. Como não interfere na história, poderia, conforme explicação que acompanhava a cópia, ser exibida no começo ou no fim da projeção. Foi o plano mais próximo filmado de um ator até então: o bandido, olhando para a câmera, dispara em direção ao público. Cuidado para não imitar os espectadores que, em 1903, afastavam-se às pressas da tela, apavorados com a suspeita de que poderiam ser atingidos pelos tiros.
Assista:
"The Great Train Robbery"

http://youtu.be/Bc7wWOmEGGY

 Fonte: "Direto ao Ponto" - Seção "Feira Livre"


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