Por Reinaldo
Azevedo
Não
deixem de ler a reportagem de Maria Lima, do Globo, com o mensaleiro, ex-deputado e dirigente petista do Pará Paulo
Rocha (PA). Pela primeira vez, um réu do mensalão admite que houve crime,
contrariando todos os advogados de defesa e, por óbvio, dando razão ao relator
do processo, o ministro Joaquim Barbosa. Rocha aproveita ainda para atacar a
VEJA e faz uma óbvia ilação de caráter antissemita - tudo, obviamente, conforme
o caráter desses patriotas.
Leiam
esta afirmação de Rocha:
"Ninguém está negando que houve os empréstimos fraudulentos, os repasses, mas não teve compra de votos, foi para pagar conta de campanha."
"Ninguém está negando que houve os empréstimos fraudulentos, os repasses, mas não teve compra de votos, foi para pagar conta de campanha."
José
Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares devem ter vibrado com a confissão de
Rocha: os empréstimos eram fraudulentos!!! Genoino e Delúbio meteram suas
respectivas assinaturas numa fraude. E Dirceu na chefia de tudo! É bem verdade
que os ministros já sabiam disso, né? Daí terem condenado Kátia Rabello, José
Roberto Salgado e Vinicius Samarane, do Banco Rural, por gestão fraudulenta.
Ora,
se os empréstimos e os repasses foram "fraudulentos", como confessa o petista,
os ministros do Supremo seguem a lei ao punir os fraudadores, os criminosos.
Ah, ocorre que Rocha insiste que o destino do dinheiro era pagar conta de
campanha… Ainda que tivesse sido. E daí? Os ministros já decidiram,
acertadamente, que pouco importa a destinação que se dê ao fruto de um crime:
isso não muda a sua natureza. Se o PT usou o dinheiro para pagar contas de
campanha ou para tomar Chicabon, tanto faz como tanto fez. O que caracteriza a
corrupção passiva não é ter cometido um ato de ofício (sim, eles cometeram…),
mas a expectativa de que um servidor público possa fazê-lo. Alertei para isso
desde sempre. Os mensaleiros deveriam ter me contratado: cobro a metade de
Márcio Thomaz Bastos: R$ 10 milhões…
Atenção
que a fala vai ficando ainda melhor. Indignado, Rocha afirma:
"Não há prova do que estão dizendo. Os ministros do Supremo não foram colocados lá para apenar como estão apenando".
"Não há prova do que estão dizendo. Os ministros do Supremo não foram colocados lá para apenar como estão apenando".
Como,
excelência? Notem que Rocha não se dedica exatamente a negar o fato, mas a
sustentar que não há provas. Como bem exemplificou o ministro Luiz Fux, é o
caso do filho adolescente que, ao ser indagado pelo pai sobre uma falta, em vez
dizer um "não fui eu", afirma: “Não há provas contra mim”. E qual seria "a
prova" na visão de Rocha? Pois é… Ele esqueceu de ler o Artigo 317 do Código
Penal, né? Um parlamentar pode cometer corrupção passiva até mesmo votando contra
os interesses de quem lhe deu grana.
Mas há
mais aí: segundo o deputado, os "ministros do Supremo não foram colocados para apenas como estão
fazendo…". Heeeinnn?
Rocha sugere que eles estão traindo um compromisso? Teriam sido colocados lá
para inocentar os mensaleiros? A propósito: o que quer dizer "ministros
colocados"?
Seu
ódio é especialmente dirigido a Joaquim Barbosa:
"O ministro Joaquim Barbosa está movido pelo ego. Não tem opinião pública. A opinião pública não sabe de nada, sabe o que vocês publicam. O ministro não tem prova de nada, só indícios. Semana que vem, ele vai condenar o José Dirceu e o Genoino por causa da eleição".
"O ministro Joaquim Barbosa está movido pelo ego. Não tem opinião pública. A opinião pública não sabe de nada, sabe o que vocês publicam. O ministro não tem prova de nada, só indícios. Semana que vem, ele vai condenar o José Dirceu e o Genoino por causa da eleição".
Além
das provas, há agora uma confissão: a de Paulo Rocha! Os empréstimos foram
fraudulentos. Rocha, como se nota, acusa o relator do processo de atrelar seu
voto à questão eleitoral. Parece-me que o petista está acusando o ministro do
Supremo de cometer um crime - porque é crime uma autoridade submeter a sua
autoridade a um ditame extralegal. Barbosa deveria processá-lo, mas isso é com
Sua Excelência.
Baixo
calão
O deputado estava mesmo com o pensamento e a língua sem freios. Indagado se temia ser preso, mandou brasa:
"Você nunca me ouviu sobre o processo e agora quer saber se estou preparado para ser preso? Ah! Vai se f...!"
É normal. Esse vocabulário é muito comum no PT até quando eles estão numa conversa amena, elogiando-se mutuamente. A escolha de palavras tão desassombradas era uma das características que os assessores e adoradores de Lula mais apreciavam nele. Sigamos com uma cena até engraçada, que vai chegar à revista VEJA. A jornalista e Rocha conversavam numa feirinha de artesanato de um shopping. Transcrevo trecho da reportagem (em azul):
O deputado estava mesmo com o pensamento e a língua sem freios. Indagado se temia ser preso, mandou brasa:
"Você nunca me ouviu sobre o processo e agora quer saber se estou preparado para ser preso? Ah! Vai se f...!"
É normal. Esse vocabulário é muito comum no PT até quando eles estão numa conversa amena, elogiando-se mutuamente. A escolha de palavras tão desassombradas era uma das características que os assessores e adoradores de Lula mais apreciavam nele. Sigamos com uma cena até engraçada, que vai chegar à revista VEJA. A jornalista e Rocha conversavam numa feirinha de artesanato de um shopping. Transcrevo trecho da reportagem (em azul):
Sem
saber que Rocha era um ex-deputado réu do mensalão, a vendedora foi interpelada
para dar sua opinião sobre o julgamento em curso.
"Estou amando! Finalmente está havendo justiça nesse país. Mas minha irmã é quem está mais bem informada, porque é cientista política", disse a moça.
"Ah! Você não sabe de nada, só o que lê na imprensa, na 'VEJA', que só está fazendo esse papel sujo porque o presidente Lula abriu o mercado para os árabes. Sua irmã também não sabe de nada! Intelectual que se informa por livros e não sabe o que se passou de verdade nesse processo!”" esbravejou Paulo Rocha, assustando também a moça.
Depois da discussão, o ex-deputado petista continuou seu passeio pelo shopping.
"Estou amando! Finalmente está havendo justiça nesse país. Mas minha irmã é quem está mais bem informada, porque é cientista política", disse a moça.
"Ah! Você não sabe de nada, só o que lê na imprensa, na 'VEJA', que só está fazendo esse papel sujo porque o presidente Lula abriu o mercado para os árabes. Sua irmã também não sabe de nada! Intelectual que se informa por livros e não sabe o que se passou de verdade nesse processo!”" esbravejou Paulo Rocha, assustando também a moça.
Depois da discussão, o ex-deputado petista continuou seu passeio pelo shopping.
Voltei
Entendi. Rocha é contra intelectuais que se informam por intermédio de livros. Emir Sader também é, hehe. O papel de um intelectual, como já deixaram claro Pol Pot, Mao Tse-tung e os petistas da Apeoesp, em São Paulo, é queimar livros. Agora vamos à VEJA.
Entendi. Rocha é contra intelectuais que se informam por intermédio de livros. Emir Sader também é, hehe. O papel de um intelectual, como já deixaram claro Pol Pot, Mao Tse-tung e os petistas da Apeoesp, em São Paulo, é queimar livros. Agora vamos à VEJA.
Como
é? A revista estaria descontente porque "o presidente abriu o mercado para os
árabes"??? Hesitei um tantinho antes de chegar ao sentido profundo dessas
palavras. O que estaria querendo ele dizer? Mas entendi logo. Roberto Civita, o
editor da VEJA, é judeu. Assim, só poderia estar descontente com a dita
abertura do mercado aos árabes. Sagaz esse Paulo Rocha! Covenham: uma ilação
antissemita, com efeito, não fica mal ornando um pensamento com tal
brilhantismo.
Em seu
primeiro pronunciamento público depois da chegada de Hitler ao poder, Goebbels
prometeu pegar a imprensa e os judeus. Essa é uma história antiga.
Sempre
que me defronto com um pensamento sofisticado como o de Paulo Rocha, sou
tentado a buscar um emblema que o deixe marcado também por imagem. Escolhi esta
foto, de 1º de julho de 2009, quando o então presidente do Brasil, Luiz Inácio
das Arábias da Silva se encontrou com o então ditador líbio, Muamar Kadafi, a
quem chamou de "irmão". À época, acreditem, ele escolheu a Líbia para acusar a
existência de um golpe em Honduras - golpe que não existiu. Civita, o judeu,
como sabem, prometeu se vingar: "Serei mau como um pica-pau. Vou pedir para a
VEJA ser contra empréstimos fraudulentos".
E
assim tudo começou!
Lula (à direita), ao lado do terrorista Kadafi
(com seu amarelo coruscante), prega contra o "golpe" em Honduras. Ah, sim:
Kadafi caçava opositores, mas jurava que só queria ser "bo-ni-ta" e caçar
beduínos no deserto. Acabou mal (Foto Sabri Elmehdwi/Efe)
Fonte: "Blog Reinaldo Azevedo"
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