Nove em cada dez deputados estaduais e federais que
disputam eleição este ano estão em campanha pelo Brasil sem ter se licenciado
do mandato. Levantamento do jornal "O Globo" mostra que no total, são 258
parlamentares que concorrem aos cargos de prefeito ou vice - 87 da Câmara dos
Deputados e 179 das Assembleias Legislativas. O grupo representa 88% do total
de políticos que estão em campanha eleitoral.
Na Assembleia Legislativa da
Bahia, nove deputados estaduais disputam a cadeira de prefeito em nove
cidades do interior baiano. José Neto (PT), que é líder do governo, em Feira de Santana; Euclides Fernandes (PDT), em Jequié; Joseildo Ramos
(PT), em Alagoinhas; Sargento Isidório (PSB), em Candeias; Temóteo Brito (PSD), Teixeira de Freitas; Cláudia Oliveira (PSD), em Porto Seguro; Adolfo Menezes (PSD), em Campo Formoso; Luizinho Sobral (PTN), em
Irecê; Eures Ribeiro (PV), em Bom Jesus da Lapa; e Carlos Brasileiro (PT), em Senhor do Bonfim.
Segundo informação da Diretoria
Parlamentar da Assembleia, nenhum dos nove parlamentares baianos se afastaram das tarefas
legislativas para tentar cargo no Executivo. A lei permite a parlamentares
fazer campanha no exercício do mandato, mas, segundo constatou o jornjal "O Globo", a legalidade tem sido usada em
alguns casos para mascarar condutas condenáveis. Foi constatado na consulta,
país afora, que deputados cumprem agenda de candidato nos horários em que
deveriam trabalhar no Legislativo, já que não pediram afastamento. A prática é
criticada por analistas políticos e até por colegas fora da campanha. As regras
variam de estado para estado. No geral, o afastamento não é remunerado pelas
assembleias e afastar-se da cadeira do Legislativo para disputar uma eleição
significa, no caso dos deputados estaduais, cerca de R$ 20 mil a menos no seu
contracheque.
Fonte: "O Globo"
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