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quinta-feira, 21 de julho de 2011

Será verdade?

Por Sergio Oliveira
Quando ainda acessava o "Blog Tijolaço", do Brizola Neto, que se tornou extremamente petista, um pedetista do Rio de Janeiro, se não me equivoco, Antonio dos Santos Aquino, mencionou que o Lula teria participado da Marcha Com Deus Pela Família, que foi realizada para se contrapor ao comício de 13 de março de 1964, na Central do Brasil, no Rio de Janeiro.
Aí fui pesquisar e...
No dia 13.03.1964 ocorreu o famoso Comício da Central do Brasil, de João Goulart, no qual José Serra, então presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), discursou.
Por sua vez, segundo o escritor Carlos Heitor Cony, numa crônica de 23 de março de 2005, Lula teria participado da Marcha Com Deus Pela Família, realizada em 19.03.1964, para se contrapor ao Comício de João Goulart e que contribuiu para o Golpe de 64.
Será verdade?
Que ironia, se isto for verdade. Muitos pedetistas desancam o Serra e são apaixonados pelo Lula.
Primeiro parágrafo da crônica "Esquecimento injusto", de Carlos Heitor Cony:
RIO DE JANEIRO - Jarbas Vasconcelos, governador de Pernambuco, reclamou do esquecimento do nome de Ulysses Guimarães na recente onda de comemorações dos 20 anos de redemocratização nacional.
Esquecimento injusto e até injustificável. A luta contra o regime totalitário (1964-1985) teve sucessivas e até contraditórias etapas, nem sempre bem-sucedidas e coerentes. Nesse particular, a atuação de Ulysses foi decisiva e mais constante, em que pese o apoio inicial que deu ao movimento de 1964, quando pensava que o golpe militar poderia parecer um contragolpe que impediria uma ditadura sindicalista promovida pelas forças que exigiam de João Goulart reformas institucionais. (Por falar nisso, o embrionário líder sindical Luiz Inácio Lula da Silva participou da Marcha Com Deus Pela Família)."
A jornalista Cida Caran, de Ribeirão Preto, escreveu isto, no seu blog/site de 16 de novembro de 2009:
"Passeata de fora: Muitas figuras sindicalistas aparecem no filme 'Lula, o Filho do Brasil' com nomes trocados: um deles é Paulo Vidal, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC que, quando Lula era diretor, batalhava para ele ser seu sucessor. Lula não queria nada com o sindicalismo: havia sido levado pelo irmão Frei Chico e até quis empurrá-lo para a presidência do sindicato. Vidal não aceitou: acusou Frei Chico de comunista. A propósito: a participação de Lula na Marcha da Família Com Deus Pela Liberdade, em 1964, também não entra no filme. É uma cena que os lulistas querem apagar de sua história."
Será verdade?
* Sérgio Oliveira, tesoureiro do PDT de Charqueadas-RS

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