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terça-feira, 19 de julho de 2011

"Caos na saúde"

Por Eduardo Leite

Esperar planejamento, zelo com o erário em busca do compromisso social é o mínimo que se pode esperar de um governo que rompeu o domínio de 40 anos do carlismo.
Em especial, a saúde pública na Bahia, representava o maior desafio do novo governo do PT. Os hospitais do Estado estavam totalmente sucateados e retratavam o descaso e a incompetência de governos anteriores.
Esperar melhorias substanciais nos primeiros seis meses de um novo governo era querer demais. O início foi esperançoso, com substanciais reformas e ampliações nos principais hospitais do Estado.
Mas, com o passar do tempo a esperança perdeu espaço para a decepção ao constatarmos a volta das práticas nefastas da era carlista, a saber: licitações suspeitas, falta de manutenção de equipamentos, uso político na contratação de funcionários de firmas terceirizadas, política equivocada na contratação de médicos por firmas jurídicas, falsas cooperativas médicas e organizações sociais, inaugurações políticas de hospitais com déficit de funcionários, como por exemplo: Hospital da Criança em Feira, Hospital do Recôncavo em Santo Antônio de Jesus, Hospital de Barreiras e Juazeiro.
Em relação ao Hospital Geral Clériston Andrade, este, o maior hospital do interior, os desmandos e a incompetência beiram à imbecilidade. Quando diretor desse hospital elaborei um plano que deveria ser executado em caráter de urgência.
Infelizmente só parte desse plano foi executada e assim mesmo de maneira inconseqüente. Para citar um exemplo; em relação ao novo Centro Cirúrgico com 10 salas e oito leitos de Recuperação Pós Operatória, atualmente, por falta de funcionários, só quatro salas funcionam e até hoje o Centro de Recuperação Operatória não funciona. Também por falta de funcionários.
Há um Serviço de Neurocirurgia que só dispõe de sete leitos de enfermaria, conta com um moderno microscópio cirúrgico que não é utilizado por falta de material básico, como clipes para ligadura de vasos. Cirurgias de coluna são transferidas para Salvador por falta de material.
Já deveriam estar em funcionamento mais 30 leitos de UTI, a Enfermaria de Neurologia e os dois novos anexos para pacientes crônicos e a Unidade Mãe Canguru.
Não realizar esse plano faz do Hospital Clériston uma unidade deficitária de difícil gerenciamento e aumento de novas vítimas da mistanásia. Ao povo sofrido, como único recurso, resta desabafar nas rádios AM, estas, sempre solidárias e atuantes.
A grave situação por qual passou a equipe médica do Clériston, nessa última quinta feira (14), suspendendo por um período o atendimento, devido à impossibilidade de atendimento a novos pacientes, é um significativo sinal de que o limite máximo está ultrapassado. Ou seja; o governo Jaques Wagner (PT), alcançou o nível mais alto da irresponsabilidade em relação à saúde pública.
Fonte: www.politicaecorrupcaonasaude.blogspot.com

Um comentário:

Danilo Aguiar disse...

Acho que a saúde está sendo usada da mesma forma que no carlismo ou até mesmo pior. É estranho para um governo que prometia o contrário!