Por Augusto Queiroz
Agora que um novo ciclo político se inicia, é salutar que pensemos o que esperar das novas administrações estadual e federal.
Aproveitando uma deixa da moda, lembramos que uma administração de "todos nós" seria aquela que todos nós, cidadãos, esperamos: voltada para os interesses da população e onde as demandas do coletivo prevaleçam sobre as de grupos ou indivíduos.
Em contrapartida, um governo de "todos eles" seria justamente o contrário: voltado para atender a pequenos grupos ou indivíduos, em detrimento dos interesses maiores da sociedade. Ainda que estes interesses grupais estejam disfarçados sob o manto do corporativismo ou da "proteção" a minorias desfavorecidas.
Que, não raro, de desfavorecidas têm muito pouco e se utilizam do rótulo de "movimento social" para obter vantagens indevidas do governo, sobressaindo-se a outras minorias verdadeiramente necessitadas, porém desorganizadas, e por isso mesmo sem poder de pressão política e social.
Um governo de "todos nós", portanto, necessariamente terá de dar atenção a estes grupos de abandonados que vivem à margem de tudo, o que poderia ser rotulado como "civilizado" e "cidadão".
Que o corporativismo continuará sendo a prática do governo de "todos eles", isto nós sabemos. E será preciso muita seriedade e espírito público dos governantes eleitos para dar o naco devido a estes corporativistas sem, no entanto, comprometer as ações que se esperam de um governo que seja efetivamente "de todos nós".
Afinal, "nós" quem, cara pálida? "Nós" que pagamos impostos e com nosso sofrido suor alimentamos a insaciável máquina pública? Ou "nós" (lá eles!) que fazemos parte dos pequenos grupos e corporações privilegiadas, sempre dispostas a se dar bem como dinheiro público, ainda que sacrificando a maioria? Cabe o questionamento, sempre válido nas novas administrações que se iniciam. Às quais desejamos sucesso e sabedoria para que, verdadeiramente, exerçam um governo de "todos nós", sem se deixar seduzir pelas armadilhas e cantos de sereia do governo de "todos eles".
Fonte: Jornal "A Tarde"
Agora que um novo ciclo político se inicia, é salutar que pensemos o que esperar das novas administrações estadual e federal.
Aproveitando uma deixa da moda, lembramos que uma administração de "todos nós" seria aquela que todos nós, cidadãos, esperamos: voltada para os interesses da população e onde as demandas do coletivo prevaleçam sobre as de grupos ou indivíduos.
Em contrapartida, um governo de "todos eles" seria justamente o contrário: voltado para atender a pequenos grupos ou indivíduos, em detrimento dos interesses maiores da sociedade. Ainda que estes interesses grupais estejam disfarçados sob o manto do corporativismo ou da "proteção" a minorias desfavorecidas.
Que, não raro, de desfavorecidas têm muito pouco e se utilizam do rótulo de "movimento social" para obter vantagens indevidas do governo, sobressaindo-se a outras minorias verdadeiramente necessitadas, porém desorganizadas, e por isso mesmo sem poder de pressão política e social.
Um governo de "todos nós", portanto, necessariamente terá de dar atenção a estes grupos de abandonados que vivem à margem de tudo, o que poderia ser rotulado como "civilizado" e "cidadão".
Que o corporativismo continuará sendo a prática do governo de "todos eles", isto nós sabemos. E será preciso muita seriedade e espírito público dos governantes eleitos para dar o naco devido a estes corporativistas sem, no entanto, comprometer as ações que se esperam de um governo que seja efetivamente "de todos nós".
Afinal, "nós" quem, cara pálida? "Nós" que pagamos impostos e com nosso sofrido suor alimentamos a insaciável máquina pública? Ou "nós" (lá eles!) que fazemos parte dos pequenos grupos e corporações privilegiadas, sempre dispostas a se dar bem como dinheiro público, ainda que sacrificando a maioria? Cabe o questionamento, sempre válido nas novas administrações que se iniciam. Às quais desejamos sucesso e sabedoria para que, verdadeiramente, exerçam um governo de "todos nós", sem se deixar seduzir pelas armadilhas e cantos de sereia do governo de "todos eles".
Fonte: Jornal "A Tarde"
Um comentário:
De todos êles. Qual é a dúvida?
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