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quinta-feira, 6 de maio de 2010

João Durval defende redução de jornada de trabalho para 40 horas

Senador João Durval
Foto: Divulgação
O senador baiano João Durval (PDT) defendeu nesta quinta-feira, 6, a redução da jornada semanal de trabalho de 44 para 40 horas. O assunto foi tema de discurso do feirense que subiu à tribuna para fazer uma reflexão a respeito do Dia do Trabalho, comemorado em 1º de maio. Para João Durval a sociedade brasileira chegou a um estágio de maturidade econômica e social que permite discutir e aprovar a redução da jornada.
Integrante do Partido Democrático Trabalhista (PDT), ele lembrou que desde o seu nascimento a agremiação defende a redução da jornada semanal de trabalho.
No discurso ele pediu a aprovação rápida da PEC 231, de autoria dos então deputados e hoje senadores Paulo Paim (PT-RS) e Inácio Arruda (PCdoB-CE), que propõe a redução da jornada e que tramita há 15 anos no Congresso Nacional.
Argumentação
Para reforçar o argumento, João Durval citou o mestre indiano Yogananda, que sempre defendeu uma semana de cinco dias de trabalho. Segundo ele o homem precisa de dois dias de folga, um para descansar e outro para meditar.
Na mesma linha o senador citou o industrial norte-americano Henry Ford, que defendia maior espaço para o lazer dos trabalhadores que, conforme pregava, teriam maior tempo para o consumo. "Onde os povos trabalham mais, por muito tempo e com menos lazer, compram poucos bens", afirmava Henry Ford.
A melhoria na saúde e na qualidade de vida do trabalhador foram defendidas por João Durval como resultado de um maior convívio familiar e mais tempo para o lazer, a cultura e até a política, "fundamentais para o pleno exercício da cidadania".
Para completar a linha de argumentação, João Durval citou dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Já em 2008 o organismo afirmou oficialmente que "a jornada de 40 horas semanais é o padrão legal predominante no mundo. A maioria dos países industrializados já adota o limite de 40 horas, entre eles Canadá, Japão, Nova Zelândia, Noruega, Estados Unidos e metade dos países da União Europeia".
João Durval citou também depoimento de Dagoberto Lima Godoy, da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) à Comissão Especial da Câmara dos Deputados, ao afirmar que a jornada médias dos trabalhadores no Brasil já é inferior a 44 horas, de cerca de 40,4 horas e que dados do Dieese atestam que o impacto da redução legal seria muito pequeno na economia.
(Com informações de Silvio Romero, da Assessoria do senador João Durval)

5 comentários:

Mariana disse...

Em Portugal, por exemplo, fala-se em diminuir os salários e cortar o 13º e o 14ªsalários prá evitarem o desemprêgo e o povo já tem acenado com a cabeça que entende, porque o pior de tudo é o desemprêgo e nós aqui, pensando em diminuir as horas trabalhadas...com certeza os patrões não criarão novos emprêgos com carteira assinada, com essa diminuição de jornada de trabalho!
Será que já somos país deprimeiro mundo e nos garantimos tanto assim? Que bom, heim!

Dilson Simões disse...

João Durval se manifestou e a assessoria conseguiu algo para falar dele.

Beto Lopes disse...

Sou a favor que se reduza para 30 horas, apesar de saber que é utopia.

Precisamos de um tempo maior, para familia, amigos, movimentos socias...

Reduzir esse capitalismo selvagem.

Mariana disse...

E quem é que vai bancar essa vida "mais saudável", Beto? Os brasileiros topariam ganhar menos? Duvido. Porque não tentam, enquanto são jovens trabalhar e produzir mais, prá levar essa vidinha boa aos 45,50? Não estamos na Suécia ou Dinamarca, com um padrão de vida estupendo e nem se trabalha tanto. We're in Brazil, guy!

Anônimo disse...

O CORRETO SERIA DIMINUIR A CARGA HORÁRIA PQ NEM SÓ DE PÃO MATERIAL VIVE O HOMEM, A CONSTITUIÇÃO SABE Q NÓS, TRABALHADORES PRECISAMOS DE LAZER, DESCANSO E ATIVIDADES ARTÍSTICAS E CULTURAIS. ENTRETANTO NUM MUNDO MATERIALISTA COMO O NOSSO, "CAPITALISTA"PARA SERMOS MAIS PRECISOS, OS HOMENS VIRAM MÁQUINAS DESSE PODER SEM FACE, É O CAPITALISMO SELVAGEM QUE MATA E DEIXA MILHÕES DE APOSENTADOS, INATIVOS E TRABALHADORES INATIVOS E EM LICENÇA MÉDICA SEM CONDIÇÕES DE TRABALHAR DIGNAMENTE PQ O STRESS FOI TÃO GRANDE Q HOJE ESTÃO DEBILITADOS, NERVOSOS, DEPRIMIDOS E EM QUADROS AGUDOS DE DOENÇAS PSICOSOMÁTICAS. hÁ DE SE VALORIZAR O HOMEM E NÃO O VIL METAL, O PROGRESSO EM DETRIMENTO DA QUALIDADE DE VIDA DO SER HUMANO.