Deu no "Ex-Blog do Cesar Maia", edição desta quarta-feira, 26:
1. Do ponto de vista político, a atratividade do PMDB para 2010 não é tão significativa. Para qualquer conclusão, há que se avaliar a eleição mais sinérgica com a presidencial, que é de governador. Em São Paulo, o PMDB terá papel coadjuvante e assim mesmo próximo à oposição. No Rio Grande do Sul, terá um candidato forte a governador, mas o PT lançou Tarso Genro, desconsiderando essa importância. No Paraná, os candidatos que se destacam são os do PDT e PSDB. Em Santa Catarina, o PMDB pode até coligar-se sem ficar com a cabeça da chapa.
2. No Estado do Rio, a candidata do PT a presidente preferiu ter dois palanques, quem sabe três. Em Minas, o PT lançará candidato contra o ministro e candidato do PMDB. Na Bahia, a campanha polariza entre o governador do PT e o ex-governador do DEM. Em Pernambuco, polariza entre o governador do PSB e o ex-governador do PMDB, crítico de seu partido e fechado com Serra. No Rio Grande do Norte é o DEM o favorito. No DF idem. Em Goiás, Lula deixa a tradição do PMDB de lado e propõe lançar o presidente do Banco Central pelo PP.
3. No Mato Grosso, outra vez o DEM lidera e a força do PMDB não é significativa. Em Tocantins, vive o risco do mandato de seu governador. No Mato Grosso do Sul, Paraíba e Maranhão o PMDB tem destaque. Mas pelo menos em dois casos o PT desconsidera essa hegemonia e lança candidatos. Em Sergipe, o governador do PT enfrentará a oposição do DEM. Em Alagoas, o desgaste do PMDB e do PSDB relança Collor. No Acre, o PT permanece forte. No Amazonas, Rondônia e Roraima, há equilíbrio. No Pará, o PT vai com sua governadora. E no Amapá, é o PDT que dá as cartas.
4. Por outro lado, toda a coreografia ocorrida no Senado nos últimos meses gera um desconforto dentro do próprio do PMDB. Faz lembrar Groucho Marx:
- "Entrar para esse clube? Eu? Não! Eu não entraria para um clube que me aceitasse como sócio".
5. Resta, portanto, um raciocínio apenas. O que Lula quer do PMDB é o tempo de TV. Tática, aliás, que fazia muito mais sentido numa eleição plebiscitária onde Lula pudesse vir liderando a Comissão de Frente. Os atritos federativos serão de tal ordem que - se tivesse volta atrás, depois dos fatos do Senado - o melhor teria sido combinar com o PMDB para lançar à vontade seus governadores como outro palanque de Dilma/Lula, desde que não tenha candidato a presidente, para, no mesmo raciocínio, não dar o tempo de TV para ninguém.
2 comentários:
O Supremo Tribunal Eleitoral decidiu que um mandato político pertence ao partido, não ao bicho político.
Então, que porra é essa que Lula está fazendo com o PT? O cara desmanchou o partido, brigou com a opinião pública, fez o diabo pra proteger Sir Ney.
Mercadante, o mentiroso-mor, saiu ontem da liderança do partido e hoje voltou dizendo que não pode "dizer não a Lula". Quem guenta esse povo mais??
O mandato é do partido ou de Lula? Pergunto-me eu. Claro que todas as respostas possíveis eu tenho, mas não as dou.
Não suporto mais essa gente...
César Maia faz uma análise,que eu diria,a mais lúcida.Lula é tão maquiavélico e enxerga muuuiito mais longe que qualquer outro petralha. E o PMDB,sabendo disso,jamais deixará de fazer essa troca tão imoral e vantajosa prá si,que tem acontecdo desde a 1a.posse de Lula,abocanhando todos os melhores cargos nas estatais. Lula sabe que qto menos tempo prá que a oposição apareça e o exponha ao povo,com suas contradições e os bastidores de tantas sujeiras e mentiras, mais tempo sobra prá si e mais possibilidade de enganar o povo. Enquanto os petistas comuns vem com o milho,Lula já está de volta com o fubá.Mariana
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