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No Domingo de Páscoa

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quinta-feira, 27 de agosto de 2009

"Lógica da eleição de deputados federais prevalece nos estados"

Deu no "Ex-Blog do Cesar Maia":
1. O núcleo das decisões sobre as coligações estaduais está na formação das bancadas de deputados federais. É isso que define o tempo de TV, a importância dos partidos em Brasília, a designação para primeiro escalão das administrações, e dá amplitude às expectativas de ascensão política. A eleição de governador - sempre e quando o candidato for competitivo - reforça essa tendência, pois cria sinergia em função do número do partido. Mas seus coligados não terão a mesma sinergia, pelo número diferente, a menos que venham coligados na proporcional.
2. Dessa forma, a atratividade de um candidato a governador sobre outros partidos dependerá da rede de possibilidades para os candidatos a deputado federal, vis a vis, ter candidato próprio mais fraco, não ter, ou apoiar outro. Um exemplo: o PT do RJ. A forte presença do PMDB em nível estadual não deixa espaço aberto para os candidatos a deputado federal do PT. Com isso, coligar-se com a candidatura a governador do PMDB-RJ é para o PT, eleger menos deputados federais. Da mesma forma o PT de MG em relação ao PMDB. Já as coligações por dentro, para deputado, decidem-se a cada caso, não havendo regra geral.
3. Hoje há inúmeros casos em que um partido pede apoio de outro, nacionalmente coligado, para seu candidato a governador, por esse ser mais forte e competitivo. Só que, muda a lógica sempre que apoiar outro candidato de partido não coligado nacionalmente possa garantir uma bancada de deputados federais maior. Nesse caso, a decisão será pela lógica da eleição de mais deputados federais e não pela lógica nacional. O PDT é outro exemplo. Sendo base aliada do Governo Federal, mas sem força para impor coligações estaduais que lhe reforcem, suas decisões em nível estadual serão pragmáticas, todas. Até porque eleger bancada federal para o PDT é questão de vida ou morte.
4. Ontem, este Ex-Blog mostrou que o interesse de Lula no PMDB é basicamente no tempo de TV para a eleição presidencial. Com isso, o PMDB nos Estados se sente a vontade para fazer as coligações que mais sirvam a eleição de bancada federal. O DEM e o PPS em relação ao PSDB, da mesma forma. Ou se entende que a estrutura de campanha deve demonstrar a capacidade de eleger federais, ou em vários estados se usará a desverticalização. Isso vale para o PSDB, sempre que a cabeça de chapa estadual for de um aliado nacional e os conflitos locais apontarem para uma menor chapa federal eleita. Como fará o PV para dar capilaridade à senadora-candidata? Se tem candidato forte estadual, como no RJ, apenas terá que demonstrar que isso não afeta a coligação nacional e que abre espaço a bancadas que ocupam espaços eleitorais distintos, o que no RJ é muito simples. Mas será em SP? Em PE? Etc.
5. O caso do PSB é ainda mais complicado. Com seu deputado-candidato, reforça muito a marca nacional. Mas como apontar, fora do Ceará e Pernambuco, que isso se traduzirá na eleição de mais deputados federais para seus aliados? A cobertura pré-eleitoral da imprensa focaliza as eleições presidenciais e para governador. Mas o jogo que se joga e alinhava a eleição nos Estados é a de deputado federal. Paradoxalmente: para os candidatos a presidente o mais importante são candidatos a governador fortes coligados (em um ou mais palanques). Mas para cada partido a equação se inverte regionalmente: prevalece a bancada federal na decisão. * * *

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