De 11 a 20 de setembro, de sexta-feira a domingo, às 20 horas, apresenta-se na Caixa Cultural Salvador, o espetáculo "A Descoberta das Américas". Com direção de Alessandra Vannucci e performance de Júlio Adrião (Foto: Divulgação), vencedor do Prêmio Shell 2005 como melhor ator, o espetáculo conta outra história da descoberta das Américas, inspirada em fatos reais que ocorreram na Flórida e foram contados pelo cronista Cabeça de Vaca. Mas a história poderia ser bem daqui, da terra brasileira.
Um Zé ninguém chamado Johan, rústico, malandro e fanfarrão, que se vira contando vantagens, sempre em fuga da fogueira da Inquisição, embarca em Sevilha numa das caravelas de Cristóvão Colombo. No Novo Mundo, o herói sobrevive a um naufrágio; testemunha a matança; aprende a língua dos nativos; é preso, escravizado e quase engolido pelos índios antropófagos. Safa-se fazendo “milagres” com alguma técnica e uma boa dose de sorte. Venerado como Filho da Lua, ele treina, catequiza e guia os índios num exército de libertação que acaba caçando os espanhóis invasores.
CONCEPÇÃO
Um ator só em cena, sem aparato (cenário, figurino, iluminação e até texto são reduzidos ao mínimo), atua num estado essencial, de emergência. O protagonista dw "A Descoberta da América", acossado por uma cruel economia da fome que o faz engenhoso, quer sobreviver justamente para narrar sua história. Para dar vida a todos os personagens, quais índios, espanhóis, cavalos, galinhas, peixinhos, Jesus e Madalena, ele estabelece um pacto de cumplicidade com os espectadores. Cria com eles um código gestual, mímico e sonoro que substitui paulatinamente a fala. Cada detalhe provoca a lembrança do seguinte, como numa história contada de improviso e pela primeira vez. O desafio do ator é de achar o jeito, a cada noite, de jogar com aquela platéia e fazer aquela platéia jogar. Jogar como? Decodificando cada imagem, cada som que o ator sugere. É o teatro em sua essência: uma ilusão de realidade que o ator projeta no espaço da cena e o público “vê”. Por isso, o espectador è indispensável nesse jogo.
LEÕES DE CIRCO PEQUENOS EMPREENDIMENTOS
O encontro entre três pessoas inquietas: Julio Adrião, Sidnei Cruz e Alessandra Vannucci. Um ator, dois produtores, dois dramaturgos, dois tradutores, três diretores. 1+2+2+2+3 = 10 em 3, buscando estratégias para fazer da ação cultural diversificada um pequeno empreendimento auto-sustentável.
Em 2002 na Casa Mercado 45 estreaeam "Ruzante", do autor renascentista italiano Angelo Beolco, com atuação da Cia do Público. Ainda em 2002, no Carirí Cearense, em parceria com Dane de Jade conceberam o "Overdoze": 12 horas ininterruptas e simultâneas de performances em espaços contíguos, conjugando teatro, música e gastronomia, evento-manifesto realizado hoje em diversos Festivais no Brasil. Em 2003, com apoio do Instituto Italiano de Cultura e da Prefeitura do Rio, buscaram as raízes latinas da cultura latino-americana com o projeto de leituras "Brasil Mediterrâneo": 12 comédias populares mediterrâneas dirigidas por grandes diretores brasileiros.
Em 2005, Julio e Alessandra estréiam, na Casa Mercado 45, "A Descoberta das Américas", de Dario Fo, que desde então vem percorrendo teatros de todo o Brasil: mais de 300 apresentações para mais de 100 mil pessoas em quatr anos de sucesso. Em 2006, Alessandra dirige "Pocilga", de Pier Paolo Pasolini enquanto Sid produz o "Café Literário" para João Antônio, coordenado por Ieda Magri. Em 2007, Alessandra escreve e encena "Herói, Vida e Paixão de Garibaldi", que vem fazendo sua pequena turnê internacional, com recursos do Istituto Italiano di Cultura - RJ; enquanto Sidnei escreve e estréia "Onde Você Estava Quando Eu Acordei?", na Casa Mercado 45, com recursos do Prêmio Myriam Muniz. Na Itália, Alessandra dirige "Arlecchino all’Inferno", produzido pelo Festival Mantova Teatro e La Biennale de Veneza, com Enrico Bonavera que recebe o Prêmio Arlecchino d’Oro 2007. Em 2008, com patrocínio da Caixa Econômica Federal e do Instituto Italiano de Cultura, trouxe o "Arlecchino" para o Rio no âmbito do projeto "A Arte da Máscara Teatral", que também contou com uma exposição de máscaras do Donato Sartori e intensa programação de palestras e oficinas, em parceria com o Grupo Moitarà. Enquanto isso nasce os Filhotes de Leão que, com Sidnei, preparam a encenação de "O Califa na Rua do Sabão", de Arthur Azevedo. Sid e Ieda fazem, na Rua do Mercado, o terceiro Encontro Literário João Antônio, dentro do Projeto Mercado do Peixe, com patrocínio Unesco, enquanto Julio continua descobrindo o Brasil e o mundo com a "Descoberta". Em Portugal e no Mala Festival 2008, em Turim, Itália, numa co-produção Leões de Circo com Servi di Scena, fazem "Cattivo Selvaggio", a partir do personagem Johan, da "Descoberta", que vira o personagem Makunáima. Projeto com a colaboração de Giacomo Verde (vídeo), Paolo Vivaldi (música) e Sebastião Salgado (imagens).
E 2009 já começa com a "Descoberta" em circuito pela Caixa Cultural de Curitiba, São Paulo e agora Salvador.
Ficha Técnica
Texto original de Dario Fo
Tradução e adaptação de Alessandra Vannucci e Julio Adrião
Direção de Alessandra Vannucci
Performance de Julio Adrião
Iluminação de Luiz André Alvim
Figurino de Priscilla Duarte
Projeto Gráfico: As Duas Criação e Produção de Arte
Fotografias: Maria Elisa Franco
Assessoria de Imprensa: Mônica Riani
Assessoria de Projetos: Athena Projetos e Produções
Produção Executiva : Thais Teixeira
Produção e Administração: Julio Adrião Produções Artísticas Ltda.
Realização: Leões De Circo Pequenos Empreendimentos
Duração: 90 minutos
Classificação etária: 14 anos
Produção em Salvador: Selma Santos Produções e Eventos
SERVIÇO
"A Descoberta das Américas”, de 11 a 20 de setembro, 20 horas, na Caixa Cultural Salvador - Rua Carlos Gomes 57, centro
Ingressos trocados por um quilo de alimento não perecível a partir de 14 horas do dia do espetáculo.
(Com informações de Selma Santos Produções e Eventos)
Um Zé ninguém chamado Johan, rústico, malandro e fanfarrão, que se vira contando vantagens, sempre em fuga da fogueira da Inquisição, embarca em Sevilha numa das caravelas de Cristóvão Colombo. No Novo Mundo, o herói sobrevive a um naufrágio; testemunha a matança; aprende a língua dos nativos; é preso, escravizado e quase engolido pelos índios antropófagos. Safa-se fazendo “milagres” com alguma técnica e uma boa dose de sorte. Venerado como Filho da Lua, ele treina, catequiza e guia os índios num exército de libertação que acaba caçando os espanhóis invasores.
CONCEPÇÃO
Um ator só em cena, sem aparato (cenário, figurino, iluminação e até texto são reduzidos ao mínimo), atua num estado essencial, de emergência. O protagonista dw "A Descoberta da América", acossado por uma cruel economia da fome que o faz engenhoso, quer sobreviver justamente para narrar sua história. Para dar vida a todos os personagens, quais índios, espanhóis, cavalos, galinhas, peixinhos, Jesus e Madalena, ele estabelece um pacto de cumplicidade com os espectadores. Cria com eles um código gestual, mímico e sonoro que substitui paulatinamente a fala. Cada detalhe provoca a lembrança do seguinte, como numa história contada de improviso e pela primeira vez. O desafio do ator é de achar o jeito, a cada noite, de jogar com aquela platéia e fazer aquela platéia jogar. Jogar como? Decodificando cada imagem, cada som que o ator sugere. É o teatro em sua essência: uma ilusão de realidade que o ator projeta no espaço da cena e o público “vê”. Por isso, o espectador è indispensável nesse jogo.
LEÕES DE CIRCO PEQUENOS EMPREENDIMENTOS
O encontro entre três pessoas inquietas: Julio Adrião, Sidnei Cruz e Alessandra Vannucci. Um ator, dois produtores, dois dramaturgos, dois tradutores, três diretores. 1+2+2+2+3 = 10 em 3, buscando estratégias para fazer da ação cultural diversificada um pequeno empreendimento auto-sustentável.
Em 2002 na Casa Mercado 45 estreaeam "Ruzante", do autor renascentista italiano Angelo Beolco, com atuação da Cia do Público. Ainda em 2002, no Carirí Cearense, em parceria com Dane de Jade conceberam o "Overdoze": 12 horas ininterruptas e simultâneas de performances em espaços contíguos, conjugando teatro, música e gastronomia, evento-manifesto realizado hoje em diversos Festivais no Brasil. Em 2003, com apoio do Instituto Italiano de Cultura e da Prefeitura do Rio, buscaram as raízes latinas da cultura latino-americana com o projeto de leituras "Brasil Mediterrâneo": 12 comédias populares mediterrâneas dirigidas por grandes diretores brasileiros.
Em 2005, Julio e Alessandra estréiam, na Casa Mercado 45, "A Descoberta das Américas", de Dario Fo, que desde então vem percorrendo teatros de todo o Brasil: mais de 300 apresentações para mais de 100 mil pessoas em quatr anos de sucesso. Em 2006, Alessandra dirige "Pocilga", de Pier Paolo Pasolini enquanto Sid produz o "Café Literário" para João Antônio, coordenado por Ieda Magri. Em 2007, Alessandra escreve e encena "Herói, Vida e Paixão de Garibaldi", que vem fazendo sua pequena turnê internacional, com recursos do Istituto Italiano di Cultura - RJ; enquanto Sidnei escreve e estréia "Onde Você Estava Quando Eu Acordei?", na Casa Mercado 45, com recursos do Prêmio Myriam Muniz. Na Itália, Alessandra dirige "Arlecchino all’Inferno", produzido pelo Festival Mantova Teatro e La Biennale de Veneza, com Enrico Bonavera que recebe o Prêmio Arlecchino d’Oro 2007. Em 2008, com patrocínio da Caixa Econômica Federal e do Instituto Italiano de Cultura, trouxe o "Arlecchino" para o Rio no âmbito do projeto "A Arte da Máscara Teatral", que também contou com uma exposição de máscaras do Donato Sartori e intensa programação de palestras e oficinas, em parceria com o Grupo Moitarà. Enquanto isso nasce os Filhotes de Leão que, com Sidnei, preparam a encenação de "O Califa na Rua do Sabão", de Arthur Azevedo. Sid e Ieda fazem, na Rua do Mercado, o terceiro Encontro Literário João Antônio, dentro do Projeto Mercado do Peixe, com patrocínio Unesco, enquanto Julio continua descobrindo o Brasil e o mundo com a "Descoberta". Em Portugal e no Mala Festival 2008, em Turim, Itália, numa co-produção Leões de Circo com Servi di Scena, fazem "Cattivo Selvaggio", a partir do personagem Johan, da "Descoberta", que vira o personagem Makunáima. Projeto com a colaboração de Giacomo Verde (vídeo), Paolo Vivaldi (música) e Sebastião Salgado (imagens).
E 2009 já começa com a "Descoberta" em circuito pela Caixa Cultural de Curitiba, São Paulo e agora Salvador.
Ficha Técnica
Texto original de Dario Fo
Tradução e adaptação de Alessandra Vannucci e Julio Adrião
Direção de Alessandra Vannucci
Performance de Julio Adrião
Iluminação de Luiz André Alvim
Figurino de Priscilla Duarte
Projeto Gráfico: As Duas Criação e Produção de Arte
Fotografias: Maria Elisa Franco
Assessoria de Imprensa: Mônica Riani
Assessoria de Projetos: Athena Projetos e Produções
Produção Executiva : Thais Teixeira
Produção e Administração: Julio Adrião Produções Artísticas Ltda.
Realização: Leões De Circo Pequenos Empreendimentos
Duração: 90 minutos
Classificação etária: 14 anos
Produção em Salvador: Selma Santos Produções e Eventos
SERVIÇO
"A Descoberta das Américas”, de 11 a 20 de setembro, 20 horas, na Caixa Cultural Salvador - Rua Carlos Gomes 57, centro
Ingressos trocados por um quilo de alimento não perecível a partir de 14 horas do dia do espetáculo.
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