A Paradise Indústria Aeronáutica Ltda vai oferecer cerca de 150 empregos diretos na unidade de Feira de Santana. Mais algumas dezenas de postos de trabalho serão gerados com a instalação de empresas que fabricarão peças para as aeronaves e que formarão um complexo aeronáutico no município. A produção, de acordo com a sua direção, deverá ser iniciada no próximo mês.
Ainda de acordo com a empresa, cerca de 40 funcionários, os mais experientes, serão transferidos para a nova fábrica. Os outros 110 serão contratados entre os feirenses. A empresa foi fundada em 2000. A produção anual era de apenas dois aviões.
A empresa, de acordo com o diretor Noé de Oliveira, investiu cerca de R$ 1,5 milhão na construção de três galpões - o maior tem 90 metros de extensão com 30 de largura, em um terreno junto ao Aeroporto João Durval Carneiro. Máquinas e equipamentos serão trazidos atual sede, localizada no município de Vera Cruz, na Ilha de Itaparica. Mecânicos e pessoal especializado virão da sede, que vai ser desativada.
De acordo com Noé de Oliveira, dentro de três meses a Paradise vai produzir seis aviões por mês. Hoje, a produção chega à metade da meta prevista pela empresa. Além de atender ao mercado interno, os aviões são exportados para os Estados Unidos, principal destino externo das aeronaves. "Mas estamos voltados para atender aos mercados africano e australiano", revelou Noé.
Nos Estados Unidos, o modelo P-1 produzido pela Paradise é sucesso de vendas. Não são poucas as reportagens nas edições direcionadas a este mercado que mostram o potencial do avião. O P-1 foi capa da edição de novembro, a "Light Sport and Ultralight Flying". O potencial do avião, que foi chamado de "um brasileiro bonito", foi mostrado numa reportagem de seis páginas. A outra aeronave produzida pela empresa é o P-4.
Noé de Oliveira afirmou que a localização geográfica do município, mais a sua logística privilegiada, o levou a decidir pela transferência de Vera Cruz para Feira de Santana. Outro ponto que contou a favor foi a possibilidade de que seja encontrada mão de obra mais qualificada ou a possibilidade de treinar o pessoal. "Vamos abrir uma escola dentro da empresa para formar nossa mão de obra", disse. Outro ponto revelado pelo diretor, é uma possível parceria com o Ceteb nesta preparação.
(Com informações de Batista Cruz, da Secretaria de Comunicação Social da Prefeitura de Feira de Santana)
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