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Orient CinePlace Boulevard 14 a 20

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15 - 18 - 21 (Dublado)

terça-feira, 18 de novembro de 2008

"Cascalho" é jóia fílmica lapidada

Othon Bastos e Tuna Espinheira (também ator) em "Cascalho"
Divulgação
A terra e o homem são os temas principais de "Cascalho", primeiro longa-metragem do cineasta baiano Tuna Espinheira, que está em cartaz em Feira de Santana, no Orient Cineplace. Esta jóia fílmica lapidada por Tuna, conta com simplicidade e dignidade a saga dos garimpeiros na Chapada Diamantina nos anos 30 do século passado.
O homem diante da fragilidade do seu destino está em primeiro plano no filme, que é regional e universal ao mesmo tempo. Telúrico, na paisagem natural das Lavras Diamantinas, garimpeiros, jagunços, donos de garimpo, mulheres-damas e coronéis estão em meio à ambição, angústia, cobiça, conflito, fraqueza, sonho de riqueza fácil, busca da "riqueza que Deus guardou". Fatalidades decorrentes das situações que a obra retrata. Denuncia o sistema da exploração do homem pelo homem e as condições precárias em que viviam os pobres garimpeiros.
Está na tela a galeria de tipos do livro homônimo, de Herberto Sales, lançado em 1944, em que foi baseado livremente o filme. Também o rico linguajar regional. Mesmo sendo um recorte do passado, "Cascalho" é um filme atual, que não é datado. O diretor coloca com toda luminosidade na tela o real e o imaginário da trama original.
O filme ainda se destaca pela bela fotografia, música, elenco (Othon Bastos, Harildo Deda, Lúcio Tranchesi, Irving São Paulo, Wilson Melo, entre outros) e direção de arte.
"Cascalho" está na tela para ser visto pelo público feirense - o segundo a ter esta oportunidade em circuito comercial. Para ser visto mais de uma vez.

Um comentário:

Anônimo disse...

Gostei muito do filme. Principalmente as sequências da "expulsão" do promotor (uma sequência bela para um significado tão vil) e a inundação da gruna. Nesse momento o diretor soube dar a dose certa do suspense com a chegada da chuva. Me chamou a atenção - de uma forma negativa - a sequência final com a morte de Filó (ou melhor, a sua chegada no outro lado). O personagem ganhou uma importância que não tinha na trama - pelo menos no começo.
Fora isso, é um bom filme e senti orgulho de ter sido feito por um baiano, na Bahia, bem pertinho da minha terra natal.
Um abraço!