De Isidro Octávio Amaral Duarte, Salvador, Bahia, publicado no "Espaço do Leitor", do jornal "A Tarde":
Acabo de assistir ao excelente Cascalho, do cineasta baiano Tuna Espinheira, que recriou com maestria, usando a linguagem cinematográfica da imagem, toda a saga do garimpo e circunstâncias retratada por Herberto Salles no romance homônimo. Cinema com "C" maiúsculo, que nada fica a dever aos raros e brilhantes cineastas pátrios. Fico a me perguntar como que um filme desse jaez dorme quatro anos em prateleira, à espera de um lançamento digno e merecido na cadeia comercial. A duras penas, como deve ter sido, conseguiu uma sala. Nas centenas de outras, pululam todo um lixo cinematográfico a serviço da incultura, muitos dos quais merecendo até minisséries e quejandos. "Quosque tandem", teremos de nos submeter a essa verdadeira subversão? Para que Ministério da Cultura e penduricalhos? É preciso que os verdadeiros formadores de opinião lutem em batalha diária para desmentir a máxima de famoso senador romando segundo a qual "vulgus vult decipi, ergo decipiatur" (que me perdoe o emérito e brilhante baiano, latinista "ad hoc", João Ubaldo Ribeiro): o povo quer ser enganado, logo que seja enganado, ou numa tradução mais livre "Me engana que eu gosto".
Um comentário:
Maravilhoso Tuna Espinheira e ainda mais por ser baseada na grandiosa obra de Herberto Salles!
Parabéns Tuna Espinheira!!
Isabella Dantas de Oliveira e família Espinheira
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