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quarta-feira, 23 de julho de 2008

Campanhas sem Lula

Está no jornal "Valor Econômico", a matéria "No 1º turno, Lula só em São Paulo e São Bernardo":
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai participar das campanhas, ainda no primeiro turno, dos petistas Marta Suplicy (candidata à prefeita de São Paulo) e Luiz Marinho (candidato a prefeito de São Bernardo do Campo). A decisão, já comunicada por Lula a seus auxiliares mais próximos - incluindo ministros - será a única exceção feita pelo presidente da República nas eleições de outubro. Nas demais cidades, especialmente as capitais, o presidente só pedirá voto aos aliados no segundo turno, assim mesmo quando estiver configurada a disputa entre candidatos aliados ao governo federal e candidatos do DEM, PSDB ou PPS.
Lula escolheu São Paulo e São Bernardo do Campo por considerá-las estratégicas para o mapa político do PT e dele próprio. Recuperar a Prefeitura de São Paulo é um sonho dos petistas, já que o governo estadual está há vários anos nas mãos do PSDB e a prefeitura atualmente é comandada pelo DEM. Além de colocar Marta novamente no mesmo posto de onde foi derrotada em 2004, a vitória traria outro gostinho especial, já que o PMDB estadual, comandado pelo ex-governador Orestes Quércia, resolveu apoiar o Democratas Gilberto Kassab para cacifar o governador tucano José Serra rumo a 2010.

2 comentários:

Anônimo disse...

Em Feira é que Lula não vem mesmo, pois aqui não acontecerá segundo turno, como até Sérgio e Colbert sabem muito bem. É claro que tem que sustentar a pose de que vai ter disputa dura.

Anônimo disse...

JB - 23jul2008 - Coisas da Política - Julho virou o mais absurdo dos meses
Augusto Nunes
Daqui a muitos anos, historiadores empenhados em entender a Era Lula ainda estarão tentando decifrar o enigma: o que fez o Brasil não fazer sentido entre os dias 8 e 22 de julho de 2008? Como foi possível comprimir nesse curto período tantos absurdos, surpresas, incongruências, espantos e maluquices? O que se sabe, até agora, é que não poderia ser igual aos outros o mês escolhido para o desfecho da primeira operação policial com um nome em sânscrito: Satiagraha.
Quer dizer "resistência pacífica", equivocou-se o detetive incumbido desses batizados. Quer dizer "busca da verdade", corrigiram os que sabem sânscrito. Impressionados com a descoberta de que há um sherloque à caça de relíquias linguísticas, os brasileiros colidiram com uma segunda surpresa ainda mais desconcertante: o alvo da busca era a mais audaciosa quadrilha da história do sistema financeiro. No dia 8, 17 figuras carimbadas por mandados judiciais dormiram na cadeia.
Perplexos, os flagelados do Brasil que presta animaram-se com as imagens que documentaram a viagem rumo à cela dos três destaques do bloco. Ejetado do jatinho a bordo do qual vive planejando tramóias, Daniel Dantas desfilou na traseira de um camburão. Depois de escalarem a murada que guarnece o bunker de Naji Nahas, os federais contaram ao esquartejador da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro que, naquela noite, conheceria a diferença entre uma cama cinco estrelas e um catre. Ao abrir a porta do apartamento, Celso Pitta ouviu uma notícia ruim e outra, boa. A ruim: iria para a cadeia. A boa: se caprichasse na campanha, poderia eleger-se prefeito de cela.
"Até que enfim", festejaram os otimistas irrecuperáveis. "Ainda não", avisou o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, de novo indignado com a "espetacularização das prisões". No dia 9, o mais rápido habeas corpus do Planalto Central livrou Dantas da prisão temporária. No dia 10, o juiz Fausto De Sanctis, amparado em provas incontestáveis, decretou a prisão preventiva do chefe do bando. No dia 11, Mendes soltou Dantas e pediu ao Conselho Nacional de Justiça que punisse o juiz.
"A operação foi um sucesso", declamou o ministro da Justiça, Tarso Genro, depois do primeiro habeas corpus. "Quem tenta viver de picaretagem um dia cai", comunicou do Vietnã o presidente Lula, que conversou com Tarso por telefone para cumprimentá-lo, em particular, e a todos os participantes da operação em geral. "A PF cometeu excessos injustificáveis", desdisseram-se o presidente e o ministro depois do segundo habeas corpus. Reconciliados, Lula, Tarso e Gilmar Mendes encerraram a troca de chumbo para trocar elogios no Planalto. Nenhum deu um único pio sobre quem foi preso. Só sobre quem prendeu. E os vilões sumiram de cena. E os mocinhos viraram bandidos. E a platéia não entendeu nada.
Quem teria sido o alvo da ameaça remetida de Hanói aos picaretas profissionais?, intrigaram-se os espectadores. Dantas não poderia ser: em vez da chegada da polícia, ele aguarda no momento a bolada que vai receber pela venda da parte que tinha na BrT, ilegalmente absorvida pela OI com a cumplicidade do governo. Naji Nahas também não: ele está de volta às colunas sociais. Tampouco Celso Pitta, que dorme com aquele pijama e acorda pensando na gorjeta que vai pedir a Naji Nahas. Muito menos o companheiro Luiz Eduardo Greenhalgh, o defensor de presos políticos e advogado do amigo Lula que deixou a Câmara dos Deputados depois de entregar a presidência de bandeja para Severino Cavalcanti, passou a explorar com muito sucesso a mina das indenizações aos anistiados e, mais recentemente, resolveu enriquecer em alta velocidade alistado no exército de bacharéis a serviço de Dantas.
O destinatário da mensagem de Lula talvez seja o delegado Protógenes Queiroz, destituído da chefia da Operação Satigraha por ter visto o que não se deve enxergar e internado num "curso de aperfeiçoamento". O delegado é, até agora, o único punido da história. Parece absurdo, mas faz sentido. O que não faz sentido é o Brasil.