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terça-feira, 29 de julho de 2008

Presunção

Por Cristóvam Aguiar
A palavra é essa. Poderia ser arrogância, prepotência, vaidade, ou qualquer outra que valha. Mas o pároco da Catedral, padre Pedro Júnior, usou a palavra mais certa para definir o episódio que envolveu o senador João Durval e o seu filho, deputado Sérgio Carneiro, na missa do dia da padroeira.
Políticos estão habituados e serem reverenciados em todos os lugares que chegam. Mas isso era em um tempo em que eles eram respeitados e se davam ao respeito. Nestes tempos de “mensalão”, “oportunity”, “dólares na cueca”, “malas de dinheiro” e roubalheira generalizada, até mesmo gente com serviço prestado, como é o caso do senador João Durval, tem que abaixar a cabeça e rever seu comportamento. Porque, se não pecou por ação, pecou por omissão.
Ademais, não se chega à casa dos outros e vai entrando sem pedir licença. Muito menos à casa de Deus. Perante ele, somos todos iguais. Feira de Santana é grata ao senador João Durval por tudo que ele fez por Feira de Santana. Mas isso não lhe dá o direito de entrar onde bem quiser e ocupar o lugar que lhe aprouver. Se está à cata de bajuladores, vá para o Senado. Lá, certamente, encontrará muitos. Aliás, eu acho que o senador João Durval deveria terminar o seu mandato e se aposentar. Não é justo nem necessário que ele encerre sua brilhante carreira política sofrendo o enorme desgaste que seu filho vem lhe impondo ano após ano.
Cristóvam Aguiar é jornalista

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