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sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Um governador em apuros

Texto extraído da coluna "Informe JB", na edição de quinta-feira do "Jornal do Brasil":
O ex-governador da Bahia Otávio Mangabeira cunhou a expressão “pense num absurdo, na Bahia há precedentes”, que acabou entrando para a história da política brasileira. Ele também empresta o nome que batizou o estádio no bairro da Fonte Nova, em Salvador, que depois de 56 anos de inaugurado impressionou o Brasil pelas fortes imagens do acidente que matou sete pessoas e feriu outras 87 no último domingo e que será demolido, segundo anunciou o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT). Wagner foi um dos governadores que aterrissaram na Suíça, dia 30 de outubro, quando o Brasil foi anunciado como o país sede da Copa de 2014, e lá tentava impressionar os cartolas internacionais para garantir seu Estado como sub-sede do milionário torneio. Até aí estava tudo dentro do jogo, dentro das regras. Mas, ao fazer sua propaganda no programa de rádio que mantém, é que o petista pisou, e feio, na bola. Veja o que disse o Wagner no programa Conversa Com o Governador, ao responder se a Bahia tem condições de sediar jogos das Eliminatórias. A fonte é ele próprio: “Eu acho que esses baianos merecem esse presente. Nunca houve uma Eliminatória da Copa do Mundo da Seleção Brasileira em Salvador, no Estádio Fonte Nova. Nós estamos investindo R$ 3,5 milhões. Já reformamos a Fonte Nova. Ela só podia ser ocupada em 25%, hoje já tem 100% de ocupação. Hoje nós estamos fazendo a revisão dos vestiários, banheiros e tribuna de honra, portanto até o ano que vem, 2008, não tem nenhuma dúvida que o estádio está preparado para uma Eliminatória. Tenho convicção de que a gente vai conseguir. Eu quero dar esse presente para o povo baiano, que tem uma torcida tão apaixonada pelo futebol, trazendo um jogo da Seleção Brasileira pelas Eliminatórias aqui para a Fonte Nova”. Ou Jaques Wagner deu uma bola fora, ou o dinheiro foi liberado e alguém comeu bola ou, ainda, ele não dá bola nenhuma para seus ouvintes e eleitores.
O que se discute e causa estranheza em dirigente petista é que a cada momento se dá uma justificativa diferente da outra.

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