Transcrito do Blog Reinaldo Azevedo, edição desta quarta-feira, 21:
Vocês viram a história da garota de 15 anos que ficou quase um mês numa cadeia no Pará na companhia de 20 homens? Ela denuncia abusos sexuais: disse que era obrigada a trocar sexo por comida. Fosse um governo tucano ou do DEM, os petralhas já teriam chamado a ONU. Como a governadora do estado é a valente “companheira” Ana Júlio Carepa, eles vão sentar sobre o rabo, como de hábito, e coçar os chifres.
Sei muito bem que não dá para acusar um governador de estado por tudo o que acontece a um preso, especialmente num estado das dimensões do Pará. Mas explico o que parece uma leviandade. O Pará é aquele estado onde a chefe do Executivo fez votar uma lei que impede a Polícia de promover reintegração de posse, mesmo que determinada pela Justiça. As vítimas têm de recorrer a um tribunal agrário.
Na mentalidade esquerdopata, isso é prova do perfil “progressista” e humanista da governadora. Ela seria, enfim, uma mulher preocupada com os direitos sociais e com os direitos humanos. Dado esse quadro, resta-me concluir o quê? Os marginais com pedigree ideológico estão sendo protegidos pela polícia de Dona Carepa. E ai daquele que transgredir a lei sem ter o crachá vermelho do MST. Está danado. É o que aconteceu com a garota.
Nem estou comprando a versão da jovem. É claro que pode ter mentido sobre os abusos etc e tal. Mas o simples fato de uma menina - ainda que fosse maior de idade - ficar na mesma cela de 20 detentos, trancafiada, caracteriza uma dessas barbaridades que envergonham o Pará e o país. Mas jamais se esqueçam: naquele estado, respeitam-se os “direitos humanos” de quem invade propriedade alheia. A má sorte dessa garota foi ter cometido o crime errado, um crime que não é influente junto à governadora
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