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quarta-feira, 4 de março de 2015

Mobilidade urbana

Por João Farias
O principio da impenetrabilidade, baseado na lei do físico inglês Isaac Newton (04.01.1643-31.03.1727), nos ensina que "dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço ao mesmo tempo". Uma tese que nós, simples mortais, teimamos em desobedecer, mesmo sabendo que seremos punidos por desrespeitar as leis naturais.
Em Feira de Santana são emplacados em media 8.000 veículos anualmente, isso equivale dizer que na ultima década, passou a trafegar na mesma malha viária mais 80 mil carros, sem contar as motos, bicicletas e carroças, transitando no mesmo espaço físico. E ainda têm os pedestres disputando "a mesma praça, o mesmo banco, o mesmo jardim".
Os números refletem resultados caóticos no dia a dia dos suplicantes que precisam obrigatoriamente enfrentar o trânsito no centro da cidade. Congestionamentos constantes provocam atrasos, horas de trabalho desperdiçadas, irritabilidade, acidentes  que, de vez em quando chegam as vias de fato. Aí, meu irmão, haja paciência para suportar tanto sufoco.
Sufoco também vivido pelo meio ambiente com esse caos instalado nas grandes cidades. O consumo de combustível aumenta consideravelmente convertendo-se em mais dióxido de carbono na atmosfera, nos obrigando a respirar um ar doentio e de quebra contribui para agravar o aquecimento global.
"O uso do combustível fosseis é a pior fonte de poluição ambiental que existe, inclusive gasolina e óleo diesel, porque polui o ar e ar poluído mata as pessoas". Quem afirma isso é o físico José Goldemberg, ganhador do Prêmio Planeta Azul, considerado o Nobel do meio ambiente.
A situação é grave e apesar de todo esforço das autoridades competentes as medidas adotadas até agora, em virtude da grande avalanche de novos veículos que passam a circular no mesmo limite territorial, foram insuficientes, não solucionaram em definitivo o problema do trânsito. E a população, toda ela, continua a sofrer e reclamar...
Então, para melhorar tudo isso, poderíamos aqui apresentar algumas possibilidades capazes de transformar o trânsito menos estressante e mais agradável.
O ideal era aumentar a largura das ruas ou diminuir tamanho dos carros. Mas, como essa equação é improvável, só nos resta uma alternativa, que é interagir junto aos governantes para que negociem e convençam aos poderosos bancos a abrirem agências em locais mais descentralizados.
O americano Mike Davis, considerado um dos maiores urbanistas da atualidade, defendeu a teoria de que as cidades que pretenderem seguir a lógica do desenvolvimento sustentável precisarão investir mais nos bairros e distritos, criando grandes espaços públicos, como grandes praças, parques e áreas verdes, onde as pessoas possam viver mais livremente.
Bem, esta não seria uma negociação impossível. Como podemos imaginar, até porque os banqueiros como todo investidor estão ligados nas novas tendências mercadológicas. Então, em cidades de grande densidade populacional como Feira de Santana (já somos mais de meio milhão de pessoas), os grandes grupos empresariais como supermercados, lojas de material de construção, farmácias, dentre outros, já se deslocam mesmo que lentamente para áreas mais periféricas.
Esse tipo de ação proporciona o encontro com seus clientes. Com as instituições bancárias, com certeza, não seria diferente.
Por que então, não seguir a tendências e acompanhar essa nova ordenação urbana? Esta já seria uma boa solução para metade dos transtornos enfrentados pela população no trânsito diariamente.
Se os bancos oficiais tomarem essa iniciativa, com certeza os demais acompanharão, em comboio um atrás do outro para não se perderem. Isso foi visto quando o governo efetuou a redução nas taxas de juros. Não querendo ficar para trás, ou melhor perder clientes, os outros seguiram e adotaram a tendência.
Outra sugestão que achamos muito salutar é estimular o uso da "magrela". O transporte cicloviário não polui e contribui para a redução dos gases que provocam o efeito estufa.
Pedalar é bom para a saúde, além de deixar o corpo esbelto, a auxilia na previsão de várias doenças, como hipertensão, colesterol alto, diabetes, evita o enfarto etc.
Então vamos construir uma ciclovia entre os canteiros da avenida Getúlio Vargas, que passaria a se chamar avenida Francisco Pinto, inclusive um monumento, com projeto de Juraci Dórea e Everaldo Cerqueira, em homenagem a esse bravo feirense, orgulho da Bahia e do Brasil.
Karl Marx quando preconizava a sociedade igualitária afirmou que não é só o trabalho que produz valor, a natureza também cria valor.

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