Na manhã desta quinta-feira, 9, 22 anos depois tive acesso
à cabine de projeção do Cine Timbira, local que frequentei, quando o operador
era Walter Batata e o cinema era gerenciado por Carlos Carvalho e depois
Januário Nascimento. Fui ao Ed. Áureo Filho com o administrador Celedônio
Carneiro, que trabalha com o empresário João Borges, proprietário do imóvel, depois de checar informação sobre a existência dos equipamentos.
Os projetores 35mm são Ashcraft Suprex.
O sistema era completamente diferente do cinema 2D atual. Os filmes chegavam em
rolos. Quem lembra de "Cinema Paradiso" (Nuevo Cinema Paradiso), de Giuseppe Tornatore, 1988?
Foi em 27 de março de 1973, há 36 anos,
que foi inaugurado o Cine Timbira, com lançamento nacional da comédia italiana
"Por uma Graça Recebida" (Per Grazia Ricevuta), de e com Nino
Manfredi, 1971, que ganhou o prêmio de Melhor Diretor estreante no Festival de
Cannes daquele ano.
O cinema pertencia ao exibidor
Francisco Pithon, o mesmo de cinemas como Guarani, Tupi, Liceu e Tamoio, em
Salvador.
Antes, no local funcionava o Cine
Santanópolis, que foi inaugurado com o drama romântico "Sinfonia
Interrompida" (Interlude), de Douglas Sirk, 1957, com June Allyson,
Rossano Brazzi e Marianne Koch, em 22 de novembro de 1958. Era uma grande sala,
com mais de 1.000 cadeiras.
Em meados dos anos 70, Francisco Pithon
transferiu o controle de seus cinemas à multinacional Cinema Internacional
Corporation (CIC), que passou a ter o controle e a programação das salas.
A CIC era uma grande corporação,
responsável pela distribuição de três estúdios - Paramount, Metro, Universal.
Em abril de 1997, especulou-se a venda
do Timbira à Igreja Universal do Reino de Deus, o que não ocorreu. Quem
adquiriu o imóvel foi o empresário João Borges, que depois alugou o imóvel às
Lojas Americanas.
A última sessão de cinema no Timbira foi
com o filme "O Espelho Tem Duas Faces" (The Mirror Has Two Faces),
drama romântico de e com Barbra Streisand.
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