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quarta-feira, 26 de abril de 2017

José Ronaldo admite pretensão de concorrer ao Senado

Prefeito fala de Colbert, ACM Neto e Lava Jato em entrevista ao "bahia.ba"
"Todos os nomes ventilados aí já estão há seis ou oito meses no tititi, todo mundo comentando". A afirmativa é do prefeito José Ronaldo de Carvalho (Foto: bahia.ba), do Democratas, em entrevista aos jornalistas João Brandão, Evilásio Júnior e Luís Filipe Veloso, do site "Bahia.Ba".
Ele não se mostrou surpreso com a lista do ministro-relator da Operação Lava Jato, Edson Fachin, no Supremo Tribunal Federal (STF), que colocou no rol de investigados 31 políticos da Bahia alguns dos quais seus aliados, entre os quais o seu vice Colbert Martins (PMDB), suspeito de receber recursos via caixa 2 para sua campanha à Câmara Federal em 2014.
"A versão que ele me deu é que o que ele recebeu está registrado na sua declaração de prestação de contas da campanha. Tem lá o valor estipulado. Um valor, inclusive, bem superior ao que dizem que entregaram a ele posteriormente", disse José Ronaldo.
Sobre o prefeito de Salvador, ACM Neto (Democratas), José Ronaldo declarou ver potencial no correligionário para disputar o Governo do Estado no próximo ano, mas refutou a tese de que ele é o principal líder do seu grupo político atualmente. "Eu diria que ele é um grande companheiro, entendeu? […] e acho que ele tem tudo para ser um líder político também. […] Para ele ser candidato a governador, só depende dele. Se ele realmente quer ser candidato a governador, ele tem partido, tem amigos, tem companheiros, tem tudo para ser. Sendo candidato a governador, ele tem tudo para se transformar em um líder político e eu não vejo dificuldades em fazer parte deste grupo onde ele será um líder", argumentou o prefeito.
Postulante derrotado ao Senado em 2010, o prefeito de Feira admite o interesse em novamente compor uma chapa majoritária: "Sim. Ninguém aqui pode ficar afirmando 'dessa fruta não comerei', não é? Política é uma coisa extremamente dinâmica. A vida é dinâmica, imagine política?".
Sobre a questão da Lava Jato, José Ronaldo disse que a operação "está fazendo uma revolução política no país. Houve o 'Mensalão' e quando as investigações estavam em andamento nós acreditávamos que ele faria uma revolução política no Brasil. Tempos depois apareceu o 'Petrolão', esse negócio aí da Lava Jato. Sincera e honestamente, eu achava que depois do 'Mensalão' não iria ter mais isso. (...) Mas esta questão toda aí, evidentemente, eu enxergo que na próxima eleição, do ano que vem, deverá haver uma boa renovação no mundo da política do Brasil. Ninguém em sã consciência vai ter ideia de saber quem serão os candidatos à Presidência da República. Então, para você fazer uma campanha no Estado para governador e senador, eu acho que é extremamente importante saber quem são os candidatos a presidente. Você não vai fazer uma campanha no Estado divorciada da campanha para presidente da República. Tem de ser uma coisa casada: a coligação, os partidos, os grupos políticos. Eu acho que nestes próximos quatro ou cinco meses este assunto vai dominar muito. Mesmo porque, ainda tem muita gente fazendo acordo de delação, não é? Vai tomar muito tempo ainda. Vamos ver o que acontece.
Sobre ser assediado, ter alguma proposta indecorosa em relação a financiamento de campanha, José Ronaldo afirmou peremptoriamente que "não". Afirmou que "eu não conheço essas pessoas. Poderia dizer que um ou dois eu conhecia de vista, mas nunca sentei com nenhuma dessas pessoas para conversar sobre assunto de empresa ou política".

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