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quarta-feira, 9 de novembro de 2016

"Curiosidades sobre a vitória de Trump"

Por Cesar Maia

Todos os institutos de pesquisa associados à grande imprensa - jornais e TVs- nos EUA erraram. NYT, WP, WSJ, CNN, CBS, NBC, ABC... O New York Times no dia da eleição informou que a probabilidade da vitória de Hillary era de 85%. Pesquisa hoje informa que 66% das mulheres brancas votaram em Trump, ao contrário do que diziam as pesquisas e do sentimento popular. Trump dizia que as pesquisas estavam erradas, pois existia o voto "escondido", pessoas que não admitiam que votariam nele.
A cobertura da grande imprensa brasileira - jornais e TVs - cravou Hillary entusiasticamente. Até meia noite - daqui - sites e TVs continuaram apostando na vitória de Hillary.
A proporção de delegados-eleitores de Trump foi praticamente a mesma dos deputados republicanos eleitos: 56%. No terço do Senado que se renovava, os republicanos também ganharam. Barba, cabelo e bigode. Nos três debates, pesquisas e analistas deram a vitória para Hilary.
A popularidade (55% de aprovação) e o charme de Obama, especialmente em nível internacional, não foram o suficiente. Obama e esposa mergulharam totalmente na campanha. Perderam também. À noite, Bush anunciou que votou em branco. Perdeu também. Perderam os líderes republicanos que jogaram a toalha e pediram a renúncia de Trump duas semanas antes da eleição. Os principais líderes europeus declaram estar com Hillary. Perderam. Exceção de Putin.
Hilary telefonou a Trump, mas não fez o tradicional discurso da "concessão" na madrugada da derrota. Fato inédito, que mostra estar abalada e precisa de algumas horas para se recuperar. O enorme palácio de vidro estava cheio, esperando Hillary. Seu chefe de campanha, às 5 horas do Brasil, anunciou para todos que o resultado não era definitivo, que não haveria discurso naquela noite e que poderiam ir para casa. The End!
Trump fez um discurso moderadíssimo, elogiando Hillary, conciliando os americanos e as relações internacionais. Só numa frase foi o Trump da campanha: Vou reconstruir nosso país.
Trump é o primeiro presidente outsider (não político) eleito presidente nos EUA. Para valer, só Trump acreditou nele mesmo.
Fonte: "Ex-Blog Cesar Maia"

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