"Chegamos
Qualquer pessoa de sã
consciência, que mora nesta terra, sente que a lacuna existe. Todos indagam:
Por que não temos um – ou mais de um – jornal à altura do progresso de Feira de
Santana? Um grupo de jovens, incomodado de tanto ouvir esta pergunta, resolveu
tomá-la como um desafio. O resultado está aí em suas mãos.
Nós que fazemos este Jornal
estamos decididos a dar o melhor da nossa capacidade e da nossa inteligência
que não é lá essas coisas, reconhecemos... – para levar a você uma imprensa
realmente sadia e baseada em princípios sérios e honestos. Sabemos que pequenos
enganos serão aqui cometidos. Injustiças, não! Falhas técnicas poderão ser
observadas. Mas estaremos, sempre, procurando acertar. Na maioria das vezes, a
pressa da notícia e o corre-corre da redação são os responsáveis por ocasionais
erros de um jornal.
Desejamos ter uma ativa e
constante participação política, equidistante, todavia, das paixões políticas,
das lutas partidárias e de interesses outros que não reflitam os mais elevados
anseios da comunidade. Também não seremos governistas bajuladores, nem
opositores sistemáticos. Um objetivo nos apaixona e nos obrigará sempre a ficar
na primeira linha de ataque: o desenvolvimento de Feira de Santana – município
e região – em todos os sentidos, seja econômico, social, político ou cultural.
As críticas destrutivas, as
futricas dos mal intencionados e a defesa de interesses contrários à
coletividade receberão – em qualquer época e circunstância – o nosso maior
repúdio e todo o vigor do nosso combate. Os que lutam pela industrialização, os
que querem a Universidade feirense e os que desejam o progresso social podem
contar com o nosso apoio entusiástico e integral.
Quando tivemos a ideia de
enfrentar esse empreendimento, o fizemos, em grande parte, movidos pelo idealismo,
o que aliás é próprio dos jovens. Nenhum de nós, contudo, tem a ingenuidade de
pensar que no mundo que vivemos somente o ideal basta. Todos os participantes
da nossa empresa possuem experiência jornalística e estão conscientes de que a
imprensa é, também, um negócio. Garantimos que aquela mentalidade empresarial,
imprescindível ao êxito dos bons negócios, está presente em nós. Agiremos,
entretanto, dentro da linha de que o dinheiro é importante, mas não compra a
dignidade. Sabemos das dificuldades que encontraremos pela frente. Temos a
quase certeza de que surgirão uns poucos "inimigos". Os mesmos inimigos da tranquilidade, do
desenvolvimento, da ordem e da justiça. Com esses não transigeremos.
Anima, a todos nós, a
certeza de que você não nos faltará com o seu incentivo e com a sua necessária
crítica construtiva. Não temos compromisso com o passado. Queremos ter os olhos
sempre voltados para o futuro, porém partindo da realidade concreta. A
realidade do progresso que experimentamos na atualidade é que permite antever o
grandioso destino que nos aguarda. A realidade de FEIRA HOJE ".
Editorial
da primeira edição do jornal "Feira
Hoje",
publicada em 5 de setembro de 1970.
Coluna publicada no jornal "NoiteDia", edição desta sexta-feira, 18
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