Um azeite especial, ritualmente
puro, foi cuidadosamente preparado pelo Sinédrio para que o os sacerdotes
possam acender a menorá - candelabro de 7 braços - caso o governo lhes dê
permissão.
"O azeite está pronto, então se o
governo permitir, estamos prontos para subir ao Monte do Templo e acender a
menorá", afirmou rabino Yaakov Savir, nomeado pelo Sinédrio para supervisionar
o complexo processo de produção.
Ele explicou ao 'Breaking
Israel News' que a iluminação da menorah é considerada uma oferta ritual a Deus: "O azeite é queimado tal como um sacrifício de animais, sendo considerado uma
das ofertas diárias do Templo".
Para os rabinos ligados ao
Instituto do Templo, não é necessário existir um Templo para que se possa
acender o candelabro. Nas circunstâncias atuais, levar o candelabro para o
Monte do Templo é impossível, uma vez que nem fazer orações no local os judeus
podem.
Mesmo assim, o Sinédrio mantém-se
esperançoso. O rabino Savir explica: "Podemos fazer esta parte do serviço do
Templo sem que ele esteja, de fato, ali. Estamos preparando agora o azeite para
que, caso a situação subitamente mude, possamos estar prontos para realizar
este mitvah [mandamento]."
Curiosamente, para executar o
mandamento de acender a menorá, não é necessário que ele seja de ouro. De
acordo o Livro de Êxodo, o candelabro deve ser feito de "ouro batido". O
Instituto do Templo construiu uma réplica nas medidas originais, mas feito de
madeira. Caso surja a possibilidade de realmente poderem levarem a peça até o
alto do Monte do Templo, eles dizem que poderiam fazer um de metal em pouco
tempo.
Será aceso em 29 de dezembro
Está próximo o festival religioso
de Chanucá, chamada de "Festa das Luzes", que marca a vitória dos judeus na
revolta dos macabeus, em 165 a.C. Durante oito dias as famílias judias
praticantes acendem os braços de uma menorá em suas casas.
O rabino Hillel Weiss, porta-voz
do Sinédrio, enfatizou como será o procedimento. O óleo especial será usado para
acender o menorá de madeira na sexta noite de Hanukkah, dia 29 de dezembro. A
cerimônia ocorrerá em Jerusalém, e os kohanim (homens da casta sacerdotal) vestirão suas vestes sacerdotais e reproduzirão o que seus antepassados
faziam no Templo.
Voluntários
esmagando azeitonas para o azeite
O processo bíblico de preparação
do azeite é complicado. O rabino Savir fez diversas tentativas, por vários
anos, tentando recriar o processo exato usado pelos sacerdotes quando o Templo
estava em pé.
"A Torá especifica que as
azeitonas são marteladas. Nenhum outro meio de extrair o azeite é permitido
pela lei da Torá", explicou. Depois de esmagar cada uma, separara-se as
azeitonas por vários dias, sem aplicar qualquer pressão. Assim, o azeite
escorre sozinho. O rendimento é muito baixo, mas a qualidade, medida pela
acidez, é muito superior a qualquer outro método.
Savir explica que foram usados 45
quilos de azeitonas para produzir um pouco mais de dois litros e meio do
azeite.
Para ele, "está claro que o
templo será reconstruído.Isso pode acontecer mais cedo ou mais tarde, mas as
pessoas estão se tornando mais conscientes da necessidade do Templo, estudando
sobre isso, e o número de visitantes ao Monte do Templo está crescendo
continuamente". Enfatiza ainda: "É inevitável que a vontade do povo, seu desejo
de construir o Templo, se torne uma realidade".
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