Caillan e Rhayne, meus sobrinhos.
O tempo da "prenhez" de Hypatie (gravidez de égua é prenhez,
rsrsrs), me fez pensar, não sei por que, a Télémaque, Telêmaco, neto de Laerte,
filho de Ulisses e Penélope.
Quando Telêmaco ainda era bêbê Ulisses, seu pai, parte com Achylle, filho de Pélée et Thétis, uma ninfa marinha para guerrear em Tróia, por uma questão de poderosos. (Paris de Troie, sequestrara por amor Hélène, esposa de Ménélas, rei de Sparta, mas isso é outra Ilíada). Télémaque nasce quando Ulisses parte em guerra. Por questões escusas entre Poseidon, Ulisses e Cyclopes, o pobre Ulisses demora anos para voltar a casa, à sua ilha de Ítaca. É justamente aí onde entra Télémaque, filho nordestino criado na rapadura e farinha, cuida da casa, da mãe contra os assédios dos homens interessados em sua viuvez (rica) e do patrimônio.
Ô symbologie louca... Pater, pátria, patrimônio. No entanto, assim é Téllémaque, que cuida de sua mãe e do que resta do pai, Ulisses morto tarda uma eternidade a retornar à sua Ithaque natal. Mas na mitologia pessoal de Télémaque e nos poemas de Homére, Ulisses retorna. De uma forma ou de outra, pai não abandona nunca. Sempre será o pai que está, sem estar, vai sem ir, mas volta de uma maneira ou de outra!
Não posso imaginar o porquê de Ringo (assim é o nome do potro de Hypatie) me lembrar tanto esse desejo de Télémaque em recuperar seu pai.
Talvez, por ter idealizado uma gestação difícil.
Talvez o tempo no sertão nos deixe mais amenos à vida.Talvez a caatinga nos traga a um ritmo menos pesado. Talvez, talvez, talvez. Não sei se estou certo, mas há no sertão uma modificação na poesia da vida. A estética do poema vida muda. Como se o Sol fosse a escrita. A tinta, a solidão. A pluma e o tempo o papel escrevendo as histórias das gentes e dos causos.
Quando Telêmaco ainda era bêbê Ulisses, seu pai, parte com Achylle, filho de Pélée et Thétis, uma ninfa marinha para guerrear em Tróia, por uma questão de poderosos. (Paris de Troie, sequestrara por amor Hélène, esposa de Ménélas, rei de Sparta, mas isso é outra Ilíada). Télémaque nasce quando Ulisses parte em guerra. Por questões escusas entre Poseidon, Ulisses e Cyclopes, o pobre Ulisses demora anos para voltar a casa, à sua ilha de Ítaca. É justamente aí onde entra Télémaque, filho nordestino criado na rapadura e farinha, cuida da casa, da mãe contra os assédios dos homens interessados em sua viuvez (rica) e do patrimônio.
Ô symbologie louca... Pater, pátria, patrimônio. No entanto, assim é Téllémaque, que cuida de sua mãe e do que resta do pai, Ulisses morto tarda uma eternidade a retornar à sua Ithaque natal. Mas na mitologia pessoal de Télémaque e nos poemas de Homére, Ulisses retorna. De uma forma ou de outra, pai não abandona nunca. Sempre será o pai que está, sem estar, vai sem ir, mas volta de uma maneira ou de outra!
Não posso imaginar o porquê de Ringo (assim é o nome do potro de Hypatie) me lembrar tanto esse desejo de Télémaque em recuperar seu pai.
Talvez, por ter idealizado uma gestação difícil.
Talvez o tempo no sertão nos deixe mais amenos à vida.Talvez a caatinga nos traga a um ritmo menos pesado. Talvez, talvez, talvez. Não sei se estou certo, mas há no sertão uma modificação na poesia da vida. A estética do poema vida muda. Como se o Sol fosse a escrita. A tinta, a solidão. A pluma e o tempo o papel escrevendo as histórias das gentes e dos causos.
Não posso saber porque Ringo me faz sentir tudo isso.
Hypatie, minha égua, com seu filho no ventre, as águas que caíram no sertão molhando a terra toda de esperança e depois a seca que já três meses seguidos come tudo, como a falta de Ulisses a seu reino, ilha materna d'Ithaque. Talvez seja isso. Ulisses, o pai, faltando como a chuva, água no sertão. E a saudade do pai como a seca queimando a boca de Telêmaco que cuida de Penélope para o retorno do pai e a colheita que se segue.
Zeus.
Que cheguem as trovoadas de Ulisses no sertão!
Meus sobrinhos que amo.
Hypatie, minha égua, com seu filho no ventre, as águas que caíram no sertão molhando a terra toda de esperança e depois a seca que já três meses seguidos come tudo, como a falta de Ulisses a seu reino, ilha materna d'Ithaque. Talvez seja isso. Ulisses, o pai, faltando como a chuva, água no sertão. E a saudade do pai como a seca queimando a boca de Telêmaco que cuida de Penélope para o retorno do pai e a colheita que se segue.
Zeus.
Que cheguem as trovoadas de Ulisses no sertão!
Meus sobrinhos que amo.
Na madrugada de 17 para 18 de novembro, nasceu Ringo, filho
de Hypatie
Princesa do Lagoas.
Espero que vocês gostem dele
Beijo do tio Olney
Enviado por Olney São Paulo Junior
Princesa do Lagoas.
Espero que vocês gostem dele
Beijo do tio Olney
Enviado por Olney São Paulo Junior
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