Ao entregar às autoridades a
gravação do senador Delcídio Amaral (PT-MS) tramando contra Operação Lava Jato,
Bernardo Cerveró deu grande passo para diminuir a pena do pai, Nestor Cerveró,
ex-diretor da Petrobras, preso em Curitiba. A gravação fez o Supremo Tribunal
Federal mandar prender Delcídio, o banqueiro André Esteves e outros cúmplices é
já é parte do acordo de delação premiada recém-assinado.
Cerveró cedeu
O que a gravação revela é que Cerveró negociava de fato um
acordo de delação, mas os grampeados ainda não sabiam do acordo.
Sangue frio
Impressiona, na conversa com
Delcídio e o advogado Sergio Barros, o sangue frio de Bernardo Cerveró, que
gravava tudo.
Amenidades
Na parte de amenidades da conversa
da máfia, Bernardo conta com certa graça, e evidente amargura, a visita da sua
filha ao avô na prisão.
Crime continuado
"O governo Lula-Dilma, por si só, é um crime
continuado", afirmou Efraim Filho (DEM-PB), ironizando a prisão do líder do
governo.
Fuga no Falcon
Delcídio sugeriu a fuga de Nestor
Cerveró em um jato Falcon 50. Errou o modelo. O jato do banqueiro André
Esteves, presente na trama mafiosa, é um Falcon 7X, várias vezes mais caro e
mais luxuoso. E com autonomia para levar Cerveró à Espanha, como queria o
senador.
Senador no cardápio
A prisão de Delcídio do Amaral já
estava decretada, terça (24), quando cinco ministros do Supremo Tribunal
Federal foram matar a fome e relaxar um pouco no restaurante Grand Cru, em
Brasília.
Malandragem
Tão logo estourou a Lava Jato, e
para se livrar da ligação, Delcídio Amaral procurou jornalistas para espalhar
que Renan Calheiros foi quem indicou Nestor Cerveró à diretoria da Petrobras.
Era mentira. Cerveró foi braço direito de Delcídio, que o apadrinhou na
estatal.
Outro amigo
Delcídio do Amaral terá de faltar ao
encontro que havia marcado com Lula, nesta quinta-feira (26). São íntimos. O
senador integrava a "tropa de choque" do ex-presidente Lula no Congresso.
Fonte: Cláudio Humberto
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