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quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Movimento contra BRT impede contratação de trabalhadores

No programa "Diário da Feira", na Rádio Povo, na quarta-feira, 9, pessoas que estão à procura de emprego na obra do BRT protestaram na avenida Maria Quitéria sobre os transtornos causados pelo movimento contra a implantação do projeto de mobilidade urbana pelo Governo Cidade Trabalho.
Antonio Carlos disse: "Tem dois meses que fiz os exames e agora estou esperando liberar para começar a trabalhar, mas com essa manifestação não tem como trabalhar. Tenho um ano e dois meses sem trabalhar."
Trabalhador II: "Vim procurar emprego na área de armador e com a paralisação não consegui. Material tem no canteiro de obra, mas estamos aguardando a liberação. A manifestação está impedindo a gente de conseguir o emprego e trabalhar. A empresa vai contratar, mas com essa paralisação não tem como trabalhar. Tenho 11 meses sem trabalhar, só com bicos, mas o certo é assinar a Carteira, e se liberar a gente trabalha. Sou pai de família, muito tempo parado e queremos trabalhar, todos aqui precisamos trabalhar. Espero que libere logo para podermos trabalhar."
Trabalhador III: "O pessoal da empresa disse que ia empregar a gente, mas os manifestantes estão impedindo que os pais de família, nessa crise que o Brasil está tendo, que a gente trabalhe. Isso complica, porque tenho certeza que quem está ali não precisa, mas a gente está aqui, pessoas em busca de empregos. Alguma coisa eles devem estar ganhando, porque para ficarem aí acampados, de graça, abraçados em árvores, se eles estão defendendo as árvores, cada um pegue a sua e plante em casa. Tenho um ano e três meses desempregado e a esperança é essa obra aqui."
O repórter Carlos Valadares comentou: "De um lado um movimento unificado contra o BRT, e do outro, pessoas que buscam emprego. Tem trabalho, mas não podem ser admitidos por conta da obra que está parada."
O âncora Juarez Fernandes arrematou: "Infelizmente o Brasil não está preparado para democracia. Não sabemos em alguns momentos se é democracia ou esculhambação generalizada."
Transcrição por Patrícia Barbosa, da Divisão de Mídia da Secretaria de Comunicação

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