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quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Abertura das atividades da Escola de Música Maestro Estevam Moura.




Filarmônica 19 de Setembro de Ibipeba-BA executa o dobrado "Tusca", de Estevam Moura. Assista ao vídeo.

Na tarde desta quinta-feira, 7, às 14h30, a Sociedade Filarmônica 25 de Março promove a abertura oficial das atividades da Escola de Música Maestro Estevam Moura. O evento ocorre no Centro Comunitário Ederval Fernandes Falcão, no bairro das Baraúnas.
Na oportunidade, os alunos da Escola recebem camisas doadas pela Cidade Propaganda.
professor Antonio Carlos Batista Neves Júnior, o Tony Neves, feirense e integrante da Filarmônica da Universidade Federal da Bahia (Ufba), é o regente da Sociedade Filarmônica 25 de Março e responsável pela formação de músicos na Escola de Música Estevão Moura.
Enquanto isso, benfeitores da instituição que apóiam a iniciativa com a doação de instrumentos musicais para a revitalização da secular Filarmônica - patrimônio cultural de inestimável valor para Feira de Santana - receberão camisa com a marca renovada da Vinte e Cinco.
Quem foi 
Estevam Pedreira de Moura (Foto: Reprodução) era filho de João Pedreira de Moura e Minervina Carvalho de Moura. Ele nasceu em Santo Estevão em 3 de agosto de 1907 - há 107 anos. Desde cedo teve o pendor pela música, pois fabricava flauta com o talo do mamoeiro, para acompanhar a Zabumba da Vila.
Ele foi aprendiz da Filarmônica 26 de Dezembro e depois chegou a maestro. Ele executava vários instrumentos, como piano, violão, flauta, sax e trombone, deixando um grande número de composições.
Aos 18 anos, veio para Feira de Santana, residir no distrito de Bonfim de Feira. A convite, passou a dirigir a Filarmônica Minerva. Depois, transferiu-se para Conceição do Almeida, onde regeu a filarmônica local. De volta a Feira de Santana, foi professor de Canto Orfeônico do Colégio Santanópolis e regeu a Sociedade Filarmônica 25 de março, onde permaneceu até sua morte, em 9 de março de 1951.
Em Santo Estevão, sua terra natal, existe a Sociedade Filarmônica Estevam Moura. Compôs os dobrados - era comum, na época, dedicar esse tipo de música a pessoas queridas e ilustres, colocando seus nomes como título) - "Tusca", em homenagem ao seu filho Ernani; "Arnold Silva", em homenagem ao então deputado federal, que foi prefeito de Feira de Santana, "Magnata", "João Almeida", "Sonho Azul" e "Vida e Morte". Também compôs a marcha "Constelação", o fox "Reveillon" que ficou bastante popular na cidade e que era tocado em muitas festas. Compôs ainda o "Hino do Congresso Eucarístico" (realizado na década de 40) e o "Hino da Festa de Santana" também é de sua autoria.
Seu sonho de compositor era fundar uma escola de música em Feira de Santana. Chegou a concretizá-lo ao lado da professora Georgina de Mello Lima Erismann, Gerson Simões e da professora Carmem, numa casa ao fundo do Asilo Nossa Senhora de Lourdes. Porém, não foi adiante, devido à falta de verbas e incentivo do poder público. 
Para incentivar os jovens nascidos em Feira de Santana ao gosto pela música, criou o Coral São Miguel com quarenta vozes masculinas. Recebeu convites para trabalhar como músico no Rio de Janeiro e não aceitou.
Estevam Moura também exerceu o cargo de chefe da Guarda Municipal de Feira de Santana.
Suas composições são lembradas e bastante executadas por diversas filarmônicas da Bahia e pelo Brasil afora. É bastante fácil encontrar partituras de composições atribuídas a Estevam Moura em filarmônicas de cidades como Cachoeira, Maragogipe, Santo Amaro, Serrinha e, inclusive, no Rio de Janeiro.

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