Por Reynaldo Rocha
Pode-se acusar Dilma
Rousseff de tudo, menos de não ter sido sincera (pelo menos uma vez) neste
período da Era da Mediocridade. Ela está realmente fazendo o diabo para ganhar
as eleições - e vai perder justamente porque o diabo é mau conselheiro.
Não há dúvida de que a
farsa da CPI da Petrobras nasceu nos salões do Palácio do Planalto. Por mais
que os petistas busquem justificativas para este crime, desta vez não cabe o "não sabia" ou o "é normal". Um dos estelionatários da investigação do Senado
assumiu ter feito o trabalho de esgoto em nome de uma pretensa ideologia que
privilegia o uso e o abuso do estado pelo partido, que confunde o Estado de
direito com o direito de mandar no Estado.
A
lama invadiu os corredores do Palácio do Planalto, verdadeira central de
desvios, chantagens, ameaças, ofensas, canalhice e falta de ética. De lá partem
as ordens e lá mesmo são operados os esquemas.
Agora é a Wikipédia que é
invadida pelos valorosos (no sentido de serem pagos) combatentes virtuais com
sala, assento e função no centro da Presidência. Jornalistas têm os currículos
alterados e difamados.
Já não basta existir uma
lista (elogiosa para quem nela está incluído) de adversários da imprensa, é
preciso mais. De modo escuso e vergonhoso, alteram dados e criam factoides com
o objetivo de denegrir imagens e diminuir a importância de quem assina opiniões
contrárias ao pensamento único.
Já não basta a vergonha do
agir sem mostrar a cara, escondidos em algum bueiro. Agora sabemos o endereço
do esgoto. São funcionários pagos com o nosso dinheiro.
Este é o chiqueiro do
Planalto nos dias atuais. Essa é Dilma. Uma presidente que ainda se surpreende
com a imensa rejeição que não a permite caminhar nas ruas durante a campanha,
que precisa de uma claque amestrada.
Quem ainda acredita em
Dilma ou no PT? Quem ainda acredita no que Dilma e a central de crimes
instalada no Palácio do Planalto diz? Talvez o diabo.
Fonte: Coluna do Augusto Nunes - "Veja"
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