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sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Médico belga se recusa a tratar judia e diz para ela "se livrar de dor em Gaza"

Um médico se recusou a tratar uma mulher com uma costela fraturada na região de Flandres, no Norte da Bélgica, e sugeriu que ela visitasse a Faixa de Gaza para se livrar da dor. O comentário foi feito na quarta-feira, quando o filho da paciente Bertha Klein, que é judia, ligava para a central telefônica para solicitar um atendimento hospitalar.
- Eu não vou - disse o médico ao filho e desligou. - Mande-a para Gaza por algumas horas, então ela vai se livrar da dor - afirmou o profissional quando o homem ligou pela segunda vez.
Após a recusa, a família ligou para um um vereador do conselho do distrito de Antuérpia e para um paramédico voluntário. Eles ainda chamaram o médico e gravaram a conversa.
Hershy Taffel, neto de Bertha Klein, apresentou uma queixa à polícia por discriminação.
- Isso me lembra do que aconteceu na Europa há 70 anos - disse Taffel. - Eu nunca pensei que aqueles dias se repetiriam.
De acordo a publicação judaica belga "Joods Actueel", o médico confirmou que fez os comentários e disse que teve uma "reação emocional". O profissional teria reconhecido o sotaque americano do filho da paciente e desconfiado que ele era judeu. O Ministério da Saúde está investigando o incidente.
Michael Freilich, o editor da revista disse que o caso é alarmante, porque ocorre em meio a uma série de incidentes recentes que envolvem boicotes contra os judeus na Bélgica, desde o início dos ataques de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza, em 8 de julho. Nesse período, uma judia ortodoxa não foi atendida em uma loja de roupas na Antuérpia, e a polícia removeu um cartaz em francês e turco em frente a um café perto que dizia que cães eram permitidos, mas sionistas e judeus não.
Fonte: http://julioadv.blogspot.com.br/ - Liberesfera


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