Um médico se recusou a tratar uma
mulher com uma costela fraturada na região de Flandres, no Norte da Bélgica, e
sugeriu que ela visitasse a Faixa de Gaza para se livrar da dor. O comentário
foi feito na quarta-feira, quando o filho da paciente Bertha Klein, que é
judia, ligava para a central telefônica para solicitar um atendimento
hospitalar.
- Eu não vou - disse o médico ao
filho e desligou. - Mande-a para Gaza por algumas horas, então ela vai se
livrar da dor - afirmou o profissional quando o homem ligou pela segunda vez.
Após a recusa, a família ligou para
um um vereador do conselho do distrito de Antuérpia e para um paramédico
voluntário. Eles ainda chamaram o médico e gravaram a conversa.
Hershy Taffel, neto de Bertha Klein,
apresentou uma queixa à polícia por discriminação.
- Isso me lembra do que aconteceu na
Europa há 70 anos - disse Taffel. - Eu nunca pensei que aqueles dias se
repetiriam.
De acordo a publicação judaica belga "Joods Actueel", o médico confirmou que fez os comentários e disse que teve uma "reação emocional". O profissional teria reconhecido o sotaque americano do filho
da paciente e desconfiado que ele era judeu. O Ministério da Saúde está
investigando o incidente.
Michael Freilich, o editor da revista
disse que o caso é alarmante, porque ocorre em meio a uma série de incidentes
recentes que envolvem boicotes contra os judeus na Bélgica, desde o início dos
ataques de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza, em 8 de julho. Nesse
período, uma judia ortodoxa não foi atendida em uma loja de roupas na
Antuérpia, e a polícia removeu um cartaz em francês e turco em frente a um café
perto que dizia que cães eram permitidos, mas sionistas e judeus não.
Nenhum comentário:
Postar um comentário