Por
Augusto Nunes
Os políticos presentes ao velório de Eduardo Campos
cumprimentaram com sobriedade a viúva, sussurraram duas ou três palavras de
consolo a algum parente que estivesse por perto e saíram do foco das câmeras.
Os limites da circunspecção foram respeitados por todos - com uma única e
previsível exceção. Lula, vaiado na chegada, não perdeu a chance de produzir
uma imagem que sugerisse um alto grau de intimidade (que nunca existiu) com a
família do morto.Ao topar com Renata Campos, o palanque ambulante capturou o caçula Miguel, até então posto em sossego nos braços da mãe, e posou para os fotógrafos beijando a testa do garotinho de sete meses. O truque eleitoreiro resultaria numa cena e tanto se o pequeno coadjuvante não tivesse rasgado o roteiro: assim que foi levantado por Lula, Miguel caiu no choro. Até bebê de colo acha que oportunismo tem limite.
Fonte: "Direto ao Ponto"
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