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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

"Comandante da PM não é dono de movimento"

Após a paralisação de milhares de PMs em todo o Estado, o comandante da PM-BA, tem feito declarações com a intenção clara de desqualificar o movimento de PMs, a insatisfação declarada por meio de paralisações de milhares de PMs em todo o Estado. Tentar não reconhecer a legitimidade de uma associação nacional de praças de soldados (Anaspra) que tem como um dos dirigentes Marcos Prisco, é tão somente se esconder dos reais problemas que a corporação da Polícia Militar tem enfrentado durante séculos e séculos de exploração de trabalho.
O comandante em entrevista diz que a associação não tem legitimidade, e quem é que pediu a legitimidade dele? Ninguém precisa da legitimidade de nenhum comandante e de nenhum governador, e conhecemos o Jaques Wagner, muito bem... Tentar dizer que há interesses eleitorais na paralisação é uma outra farsa, pois os oficiais da PM que historicamente sempre ficou do outro lado do jogo, não está na linha de frente enfrentado a violência nas ruas e em casa. Em casa por que quando um PM ou uma PM após um dia de trabalho explorado, volta para a casa e enfrenta uma decadência de necessidades no seio da sua família.
Por que o comandante não cita nada sobre os míseros salários que os PMs recebem? Nenhum movimento de greve depende de reconhecimento ou não de associações de oficiais da PM, que são associações que defendem o seu peixe e os sargentos e soldados são marginalizados e são a grande imensa maioria.
Sobre o argumento do comandante que o Prisco, tem tido comportamento irresponsável, o comandante deixa escondido por debaixo da língua dele, que irresponsabilidade é a do governo Jaques Wagner, seu patrão, que oferece um salário de miséria aos sargentos e soldados, aos filhos e descendentes dos escravizados que até hoje tem o seu trabalho explorados por um regime legitimado por leis que só favorecem aos senhores do "poder".
A paralisação de milhares de policiais pelo estado é significativa e mesmo que apenas meia dúzias de PMs fossem as ruas, já seria significativo, por que quem sente a dor é quem geme, e quem está sentindo as dores da exploração trabalhista, são os sargentos e soldados e não os oficiais, não é o comandante da PM e muito menos o Jaques Wagner, que dorme e acorda em um palácio em Ondina, sem preocupações no final do mês...
Na história da humanidade nada se foi conquistado se ajoelhando aos senhores do poder, mas sim através das lutas, reivindicações populares e os soldados e sargentos são povão, são pessoas do povo e diga-se de passagem, são usados pelo sistema para oprimirem o próprio povo quando convém ao sistema.
Todo apoio a greve dos policiais e sargentos e nenhum apoio ao Jaques Wagner e seus empregados oficiais!
Ronaldo Santos
Secretário geral do PSOL Bahia e membro da Direção Nacional do PSOL
Salvador, 1º de fevereiro de 2012.

2 comentários:

Thomas disse...

E a lei, onde fica? Entrar para a carreira de policial é opção. E todo policial sabe que não pode fazer greve, de acordo com a Carta Magna.

Anônimo disse...

Tá PARADO..